Por André Carvalho (*)
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ChinadantePor vezes sinto saudade do primeiro governo
LILS com toda a corrupção em que se envolveu juntamente com o Partido dos Trabalhadores! Dirceu, Silvinho, Genoíno, Delúbio, Valério, Berzoini e tantos outros citados, interrogados e acabrunhados ocuparam todo o tempo da fanática bancada petista nas duas casas do Congresso. Da tropa de choque em defesa dos companheiros – e haja companheiro nisso – participaram figuras de proa como o deputado Arlindo Chinaglia e o senador Aloísio Mercadante.
Arlindo e Aloísio viviam de plenário em plenário, de comissão em comissão, de redação em redação, de advogado em advogado defendendo o indefensável. Discursos, interrogatórios, relatórios, pareceres, questões de ordem, hábeas corpus preventivo, apartes e conchavos. O tempo de ambos absolutamente tomado, numa correria insana, pois que era difícil convencer o Brasil e o mundo da inocência da “patota”.
Penso que, dado o impedimento em provar essa tal inocência, colocaram sobre a história um cobertor bem grande, chamado justiça, e reelegeram uns, esconderam ou esqueceram outros e absolveram os demais. Presos, foram poucos!
Findo o sufoco, a tropa de choque, desobrigada e desocupada, passou a legislar, o que não é tarefa para qualquer um! Veja só no que deu:
Mercadante é autor de texto aprovado na CCJ do Senado, proibindo o cidadão de dirigir em rodovias, no seu primeiro ano de habilitação.
Na cabeça que “transporta” um dos maiores bigodes da república, a lei reduzirá os acidentes de trânsito, pois os jovens, (sic) inconsequentes e sem experiência, deixarão de transitar nas rodovias. Pergunta-se: o que ocorrerá com aqueles que se habilitarem após a puberdade? Estão proibidos de dirigir ou a lei não os atinge? Como os jovens adquirirão experiência em estrada se não poderão trafegar por elas? Será que em simuladores instalados nas sedes das prefeituras? O que ocorrerá em municípios onde a estrada corta ao meio a cidade, a vila, o lugarejo, a exemplo de Brasília? O recém habilitado escolherá um dos lados da cidade/ rodovia para trafegar? É muita bobagem para um senador da república, não?
O deputado Arlindo, que “desfila” a mais grisalha cabeleira republicana (elogiar me deixa mais sereno), é autor de projeto de lei, aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados, que concede “estabilidade” de um ano – isso mesmo 01 ano – ao trabalhador, cuja mulher ou companheira, estiver grávida.
Num país que precisa desonerar a geração e manutenção dos empregos a lei é um retrocesso e um viés demagógico. Num mundo que necessita controlar a natalidade em busca da sobrevivência do planeta a lei Chinaglia é um tiro no peito.
Parece que o deputado petista não conhece o ciclo reprodutivo da espécie a que pertence ou não sabe fazer conta. Se a cada nove meses é possível gerar e parir um ser humano e se a lei garante 12 meses de estabilidade, os “com registro”, apoiados por sindicatos e centrais sindicais, engravidarão suas mulheres e companheiras, ou talvez vítimas, a cada dez, onze meses, de forma a manter a estabilidade no emprego, “ad eternum”. Já imagino a CUT distribuindo Viagra ou Cialis para seus associados pouco afeitos.
Quem vai cuidar e abrigar a prole, gerada em troca da manutenção do emprego, é outra questão. Certamente abrigos, doadores de sopa, bolsas diversas, cotas separatistas, casas de passagens, pilares de pontes e viadutos, delegacias, cadeias e cemitérios.
Assim caminha nossa humanidade, petistas à frente!!!
(*) André Carvalho é articulista free-lancer. Escreve no jornal A Tarde/BA e neste blog.