Pêndulo da Justiça
A Abin se sente injustiçada e acha que está sendo vítima de conspiração externa; o Supremo se sente vítima de espionagem; os políticos e integrantes do governo estão amedrontados. Não foi a publicação do diálogo entre o ministro Gilmar Mendes e o senador Demóstenes Torres que provocou tudo isso. Ela foi apenas um indício que confirma o medo do país de ter virado a terra do grampo livre.
A Abin se sente injustiçada e acha que está sendo vítima de conspiração externa; o Supremo se sente vítima de espionagem; os políticos e integrantes do governo estão amedrontados. Não foi a publicação do diálogo entre o ministro Gilmar Mendes e o senador Demóstenes Torres que provocou tudo isso. Ela foi apenas um indício que confirma o medo do país de ter virado a terra do grampo livre.
Talvez mais importante que a divulgação de um diálogo que a Abin teria gravado tenha sido a declaração do ministro Tarso Genro em julho, tratando com naturalidade o que deveria ter visto como um ataque aos direitos individuais. "Estamos chegando a um ponto em que temos de nos acostumar com o seguinte: falar ao telefone com a presunção de que alguém está escutando." Ao dizer isso, o ministro naturalizou o inaceitável e aconselhou o país a se conformar com uma deformação.
... O país chega, portanto, a um dilema: muitos dos suspeitos de corrupção estão exatamente no poder político do país: Congresso, Executivo e Judiciário. Como fazer para manter o sigilo necessário de uma investigação, e dividir essa informação com outras autoridades? Qual é o ponto certo entre pôr um limite ao investigador e impedir a investigação?
Todos os escândalos dos últimos anos envolveram pessoas que estavam dentro da estrutura de poder, muitos desses ainda sem solução ou punição. Quem não se lembra do pacote de dinheiro encontrado com integrantes do escritório de campanha do presidente Lula na reeleição? Lula os chamou carinhosamente de aloprados.
Leia o artigo completo, clique aqui