Foi nomeada de a capital mundial da cachaça, por ser uma grande produtora da aguardente Abaira, que é feita em cooperativas de toda a região. A cada 2 anos, no mes de setembro, acontece o Festival da Cachaça, que atrai inúmeras pessoas de todas as regiões do país e que faz com que a cidade se torne a cada ano mais conhecida.
Os associados da APAMA foram capacitados e orientados na execução dos processos de plantio, moagem, fermentação, destilação e armazenamento para fazer com que o município de Abaíra se destaque pela cultura, tradição e seja reconhecido na produção da melhor cachaça do país.
Mas, Abaíra não é só cachaça. Como todos os municípios da Chapada Diamantina, oferece a quem a visita lugares de rara beleza e opções para se praticar ecoturismo e turismo de aventura.
Entre as grandes atrações turísticas, destaque para o distrito de Catolés, fundado pelos bandeirantes em 1775, em arquitetura colonial, uma espécie de Pelourinho perdido nas matas da Chapada.
Um dos programas é escalar o Pico do Barbado, considerado o maior do Nordeste, com 2,3 Km de altura.
As cachoeiras da Samambaia e Antônio João, o Casarão da Água Suja, o rio Subterrâneo, as pinturas rupestres e os casarios em estilo colonial são outros importantes pontos turísticos que têm atraído milhares de turistas para o município.
O Casarão da Água Suja - nomeado assim por causa do rio que passa por ele e pela cidade, escurecido pelos minérios cavados na busca pelo ouro - é uma das principais e mais tradicionais fazendas de canavial de Abaíra, onde a cana plantada é moída, transformada em cachaça, adubo e ainda sobremesa para o gado.
Construído em 1785, o casarão preserva a estrutura física da época, com engenho, onde a cana é moída, e senzalas, que funcionam como depósito. O piso é original, em pedras de barro, o forno e o fogão à lenha ainda são utilizados para cozinhar.
Um cômodo que hoje funciona como quarto era uma cadeia, sendo que as portas mantêm ainda as fechaduras e chaves enormes. A vitrola de corda, fabricada nos Estados Unidos há mais de cem anos, ainda toca discos antigos, tão bem conservados quanto os móveis que ainda decoram a casa.