De Eduardo de Paula Barreto,
RONALDÃO
Não sou gay, não sou gay
E isso eu posso provar,
Nas partidas que joguei
Os colegas que abracei
Foi só para comemorar.
E nos intervalos dos jogos
Eu sempre como macho agi,
Ao ver os rapazes musculosos
Jamais tive pensamentos libidinosos
E nunca deixei o sabonete cair.
Tive as mulheres mais lindas
No exterior e também aqui,
Mas nessas idas e vindas
Resolvi ampliar minha lista
E contratei um travesti.
Fiquei até animado
Com aquilo que ele fez,
Mas fiquei assustado
Quando ele olhou-me de lado
E disse: Agora é a minha vez.
Contrariado permiti
Que ele terminasse o programa
Foi quando percebi
Que gamei naquele guri
Mesmo sendo homem-dama.