domingo, 7 de setembro de 2014

Tudo a esclarecer

Nem o mais justo e perfeito idiota consegue acreditar que Paulo Roberto Costa e o a turma de doleiros conectada por Alberto Youssef sejam os líderes máximos de um esquema que lavava mais de R$ 10 bilhões em negociatas com empresas estatais (principalmente a Petrobras) e empreiteiras, envolvendo poderosos políticos, artistas famosos e até craques e dirigentes de futebol.

Fotopiada de  JOHIL CAMDEAB



A pergunta que deveria ser respondida pelo processo da Operação Lava Jato é: Quem é o poderoso chefão acima de Paulo Roberto Costa (agora convertido em um temível delator premiado) e Alberto Youssef (que já foi um dedoduro beneficiado no escândalo do Banestado, que só pegou alguns doleiros como bodes expiatórios e poupou centenas de políticos que se beneficiavam de um grandioso esquema de corrupção)?

Dificilmente, tal pergunta fatal será respondida no Brasil da impunidade e da injustiça ampla, geral e irrestrita. Aqui é a terra onde o crime organizado compensa e muito para seus gestores públicos e privados. As denúncias, com provas, feitas por Paulo Roberto Costa ao Ministério Público Federal e ao juiz Sérgio Fernando Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, seriam suficientes para provocar uma compulsória revolução na República Sindicalista do Brazil, sob criminoso regime capimunista.

Infelizmente, deve acontecer o de (mau) costume: os bodes expiatórios serão punidos para poupar quem está acima deles. A Lava Jato comprovou que o Mensalão era roubo de galinha da vizinha faladeira. O esquema operado pela dupla dinâmica Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef, pelo volume movimentado de grana, deveria ser batizado de “Diarião”.  

Chamá-lo de “mensalão 2” é ingenuidade. Até porque o tal “mensalão” nunca deixou de operar, apesar do espetaculoso julgamento pelo Supremo Tribunal Federal que transformou Joaquim Barbosa em herói nacional apenas porque cumpriu o dever de julgar duro com políticos que davam mole para a corrupção. Na Ação Penal 470, quem efetivamente puxará cana por um bom tempo é Marcos Valério (que aparentemente continua quietinho na cadeia, com sua voz delatora providencialmente abafada, para não se tornar companheiro do Celso Daniel).

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