Este vídeo e a recordação dedico a Célia, minha sobrinha - na 1ª fase de vida de Cibele - e a Raimundo, meu irmão, que cuidou dela em sua 2ª fase, na fazenda.
Vendo este vídeo lembrei-me de uma cabra chamada Cibele. Não estranhe não, além dela ter nome também atendia por ele. Foi criada num sítio próximo a Salvador e ao ficar adulta foi levada para uma fazenda - onde também criávamos caprinos - que tínhamos no interior da Bahia, em Itaberaba.
Estava tão acostumada a ficar no meio de gente que demorou a se adaptar ao convívio com seus iguais.
Para acelerar a sua adaptação, durante o dia, era levada com os demais caprinos para um pasto apropriado e ao final da tarde era recolhida, junto com os demais, para o curral.
Mas é aí que entra o curioso do vídeo, no caminho de volta (que as cabras conheciam de cor e salteado, como dizemos aqui na Bahia) Cibele saía do rumo do curral e correndo ia refugiar-se na varanda da sede onde ficava que nem o gato do vídeo, esperando que o vaqueiro recolhesse as outras cabras e esquecesse dela.
Acho que ela pensava que assim - esquecida do vaqueiro - poderia ficar no meio da gente.
Acho que ela pensava que assim - esquecida do vaqueiro - poderia ficar no meio da gente.
E o gestual dela era exatamente igual ao do gato, na espreita - só os olhos apareciam na mureta da varanda - ou como nós baianos falamos, de mutuca.
Dava até vontade de deixá-la com a gente mas seria pior para ela, quanto à sua adaptação.
Dava até vontade de deixá-la com a gente mas seria pior para ela, quanto à sua adaptação.
Era uma bela cabra, dava apenas uma cria por barriga mas sempre um borrego da melhor qualidade. Era de raça anglo-nubiana.