Roberto Fendt
Diga-me com quem andas . . .
Quem resumiu melhor os resultados práticos da desastrada acolhida de Mahmoud Ahmadinejad ao País foi o Wall Street Journal:
“O Brasil será o primeiro país do mundo a receber Ahmadinejad, que estava posto para escanteio, [em um gesto que] apequena a diplomacia do país e o presidente Lula”.
Falou e disse.
charge de Sponholz
Há razões de sobra para evitar a proximidade com o senhor presidente do Irã. Entre diversos outros crimes, é acusado de “roubar uma eleição, apoiar o terrorismo, assassinar homossexuais e membros das forças de coalizão no Iraque ao longo dos anos, manter um programa nuclear ilícito e [de quebra] negar o Holocausto”, disse em matéria de capa hoje o Diário do Comércio de São Paulo.
Como se já não bastasse os afagos ao gauleiter da Venezuela; o abrigo descabido ao golpista fracassado de Honduras em nossa embaixada, transformada em hotel; o passar a mão na cabeça dos senhores Morales e Correa, agora vamos perpetrar a inglória façanha de receber entre nós o presidente Ahmadinejad.
Em meio a tudo isso, até onde sei, a Petrobras não foi devidamente indenizada pela invasão e truculenta expropriação de seus ativos na Bolívia. Diuturnamente enfrentamos barreiras comerciais do nosso parceiro argentino. Até onde iremos?
É costume, no início de investigações criminais, perguntar: a quem beneficia o crime? Pois bem, já que a pergunta se aplica ao caso: a quem beneficia acobertar da justiça um assassino comum italiano e a visita do presidente Ahmadinejad?
Roberto Fendt é vice-presidente do instituto Liberal