Manda quem pode, e obedece quem tem juízo
Era uma sexta-feira, 9 de outubro. Chegando a Brasília, pouco antes de pousar, o Boeing 737, prefixo 2116, da FAB, teve de sair da rota para voltar a São Paulo.
A bordo, o presidente do BC, Henrique Meirelles.
O que parecia um preocupante problema da aeronave logo se tornou um problemão ético. O avião voltou para SP para buscar o empreendedor Fábio Luís Lula da Silva, conhecido como Lulinha, com 15 caroneiros seus.
Meirelles afirma, por meio de sua assessoria, que solicitou o avião para transportá-lo de São Paulo para Brasília e que apenas no momento do embarque soube que, "por solicitação da Presidência", o filho de Lula e mais 15 pessoas "aproveitariam o voo da aeronave colocada à disposição do BC".