domingo, 16 de agosto de 2009

Ser-rá - cadê você?

arte de Guto Cassiano





O silêncio que começou há cinco meses está barulhento demais
O governador José Serra não tem nada a dizer sobre o colapso do Senado? Acha que José Sarney é um homem incomum, autorizado a fazer o que fez pela biografia que Lula tanto aprecia? O que pensa do filme de horror protagonizado pelo quarteto que juntou Lula, Sarney, Fernando Collor e Renan Calheiros?

Sentiu algum desconforto com a performance da base alugada? Não vai comentar o comportamento de Paulo Duque na presidência do Conselho de Ética? Conversou com Sérgio Cabral, de quem é amigo, sobre o suplente do suplente que o governador do Rio doou ao Senado?

Não acha que a Petrobras anda merecendo mais que uma CPI? Não o ofendem as provocações de Lula ao PSDB? Para Dilma Rousseff, “estão querendo demonizar o Sarney”. Concorda? Discorda?

Fernando Henrique declarou-se envergonhado com o que vem acontecendo no Senado. Concorda? Discorda?

Enfim, o que tem a dizer o governador de São Paulo sobre qualquer coisa que não seja a administração paulista?

A mais medonha crise da história do Senado, que arrastou o Planalto para o pântano, começou há cinco meses. Serra não dá um pio faz cinco meses (nem ele nem Aécio Neves). O candidato à Presidência pela oposição vive lembrando que só dirá que é candidato à sucessão no ano que vem.

Ok, está desobrigado de antecipar o que fará se for eleito. Mas nenhum político tem o direito de não ter opinião. O silêncio de Serra tornou-se tão barulhento quanto a discurseira de Lula.