Por Carlos Brickmann, em seu site
De volta ao berço esplêndido Delúbio Soares, que foi tesoureiro do PT, acabou expulso do partido e é um dos 39 réus do caso do Mensalão, em julgamento no Supremo Tribunal Federal, quer voltar ao PT. Dois terços do comando partidário o aceitam de volta. E por que não?
Delúbio é réu, mas não foi condenado (e, se Sílvio Pereira, que na denúncia ao Supremo era mencionado como um dos chefes do grupo mensaleiro, fez acordo com a Promotoria, que desistiu do processo por que não ele?).
É fundador do PT; e, exceto por motivos eleitorais (eventual exploração política de seu retorno na campanha presidencial), por que impedi-lo de aninhar-se ao lado de velhos e fiéis companheiros como Berzoini, Tarso Genro, José Eduardo Cardozo, Genoíno, Luiz Gushiken, Arlindo Chinaglia, Tião Viana?
Hoje está cada vez mais claro que a expulsão de Delúbio Soares foi jogo de cena, para acalmar a opinião pública. Ele foi o bode expiatório.
Os outros acusados continuaram tranquilamente no partido, sem problemas, sem repressão. E ninguém se preocupou também com a vida pós-partidária de Delúbio – uma vida que todos conhecem e que a todos pareceu absolutamente normal.
Pelo que se sabe, ele é professor licenciado em Goiás; e dos proventos mantém seu sustento e o de sua família, o que inclui as viagens por todo o país para articular a volta ao partido. Dali certamente retirou também o necessário para alugar os carros blindados em que costumava locomover-se bem depois de deixar o partido. Que seja aceita, portanto, a volta de Delúbio. Lugar de petista é no PT.
(*) para petistas deste quilate, eu acho que é na cadeia, mas ...