Por André Carvalho (*)
btreina@yahoo.com.br
Sou pela Guerra
Quanta celeuma por conta de um terrorista a mais, um terrorista a menos. Incrível como o que nos é pitoresco virou “cavalo de batalha” para o governo italiano. Nossos terroristas estão todos aí, em cargos de comando da república, enquanto a Europa quer a cabeça de um pobre coitado. Dizem que Cesare Battisti matou pessoas na Itália e que deve pagar por isso. Uma bobagem! Quantos de nossos compatriotas já mataram seus semelhantes e continuam livres e fagueiros, curtindo a vida numa boa?
Tem gente reclamando da minha parcialidade, argumentando que o mesmo governo e o mesmo ministro extraditaram, recentemente, dois jovens cubanos, lutadores de boxe. Fizeram muito bem! Nosso companheiro Fidel não resistiria a uma desfeita dessas. Além disso, aqueles cubanos, fortes e bem treinados, iriam nocautear os “maguilas” e os “popós”, vencendo campeonatos e estreitando mais ainda nosso panteão de glórias e o mercado pugilístico.
Penso que, se a Itália endurecer, devemos, em nome da soberania, declarar guerra aos “mafiosos” do hemisfério norte. Em tempos de crise, nada melhor do que uma guerrinha para enrolar os trouxas, diminuir as bocas e criar herois. Lembram-se das Malvinas? O General Galtieri perdeu a guerra e o governo, mas escreveu seu nome na história. Lula e Tarso podiam fazer o mesmo.
Sou favorável à guerra, até porque dela jamais participarei por “incapacidade física para o exercício militar podendo, contudo, exercer atividades civis”, segundo consta no meu certificado de reservista. Entretanto, tenho ótimas idéias: mandaremos para frente de batalha, um exército de desocupados que vive às custas do bolsa família. Na segunda linha de combate, militantes do MST, armados de foices e martelos, estrategicamente comandados pelo Stédile, com a missão de ocupar fazendas e territórios inimigos, como fazem diariamente no Brasil. Na terceira fileira, um pouco atrapalhada, porém decidida, toda a militância do PT, instigada por Marco Aurélio Garcia e comandada por Tarso Genro, nosso grande general.
Imagino que, por decisão do presidente LILS, a força aérea contornará o globo pelo oeste surpreendendo os italianos com um desembarque massivo de paraquedistas, usando a mesma tecnologia dos “pousos” em cargos públicos. Espero que Evo e Hugo hipotequem solidariedade e, em nome da América Bolivariana e do Foro de São Paulo, disponibilizem seus exércitos de “cocaleiros” e “chacareiros” em busca da vitória final.
Bem que podíamos aproveitar e resgatar nossos briosos jogadores de futebol e as magérrimas modelos, prisioneiros de salários incomensuráveis, que o capitalismo selvagem europeu lhes paga em troca da exibição de sua arte e de suas partes. Mostraremos ao mundo a força de uma nação soberana e de uma elite governante da mais alta envergadura.
E que não venha a ONU com essa conversa mole de estabelecer a paz, muito menos trégua! Onde já se viu brasileiro fazendo trégua? Isso é coisa de maricas e não temos maricas em nossas Forças Armadas nem no Ministério da Justiça, tchê! Até já tivemos alguns efeminados por lá e foi tri legal, mas os encaminhamos para a batalha no centro de São Paulo e nas bordas da Avenida Atlântida!
Falta o Jobim da defesa? Considere: o ministro anda atrapalhado, até agora, com o “grooving” de congonhas. Deixe o guapo longe dessa guerra.
Quanta celeuma por conta de um terrorista a mais, um terrorista a menos. Incrível como o que nos é pitoresco virou “cavalo de batalha” para o governo italiano. Nossos terroristas estão todos aí, em cargos de comando da república, enquanto a Europa quer a cabeça de um pobre coitado. Dizem que Cesare Battisti matou pessoas na Itália e que deve pagar por isso. Uma bobagem! Quantos de nossos compatriotas já mataram seus semelhantes e continuam livres e fagueiros, curtindo a vida numa boa?
Tem gente reclamando da minha parcialidade, argumentando que o mesmo governo e o mesmo ministro extraditaram, recentemente, dois jovens cubanos, lutadores de boxe. Fizeram muito bem! Nosso companheiro Fidel não resistiria a uma desfeita dessas. Além disso, aqueles cubanos, fortes e bem treinados, iriam nocautear os “maguilas” e os “popós”, vencendo campeonatos e estreitando mais ainda nosso panteão de glórias e o mercado pugilístico.
Penso que, se a Itália endurecer, devemos, em nome da soberania, declarar guerra aos “mafiosos” do hemisfério norte. Em tempos de crise, nada melhor do que uma guerrinha para enrolar os trouxas, diminuir as bocas e criar herois. Lembram-se das Malvinas? O General Galtieri perdeu a guerra e o governo, mas escreveu seu nome na história. Lula e Tarso podiam fazer o mesmo.
Sou favorável à guerra, até porque dela jamais participarei por “incapacidade física para o exercício militar podendo, contudo, exercer atividades civis”, segundo consta no meu certificado de reservista. Entretanto, tenho ótimas idéias: mandaremos para frente de batalha, um exército de desocupados que vive às custas do bolsa família. Na segunda linha de combate, militantes do MST, armados de foices e martelos, estrategicamente comandados pelo Stédile, com a missão de ocupar fazendas e territórios inimigos, como fazem diariamente no Brasil. Na terceira fileira, um pouco atrapalhada, porém decidida, toda a militância do PT, instigada por Marco Aurélio Garcia e comandada por Tarso Genro, nosso grande general.
Imagino que, por decisão do presidente LILS, a força aérea contornará o globo pelo oeste surpreendendo os italianos com um desembarque massivo de paraquedistas, usando a mesma tecnologia dos “pousos” em cargos públicos. Espero que Evo e Hugo hipotequem solidariedade e, em nome da América Bolivariana e do Foro de São Paulo, disponibilizem seus exércitos de “cocaleiros” e “chacareiros” em busca da vitória final.
Bem que podíamos aproveitar e resgatar nossos briosos jogadores de futebol e as magérrimas modelos, prisioneiros de salários incomensuráveis, que o capitalismo selvagem europeu lhes paga em troca da exibição de sua arte e de suas partes. Mostraremos ao mundo a força de uma nação soberana e de uma elite governante da mais alta envergadura.
E que não venha a ONU com essa conversa mole de estabelecer a paz, muito menos trégua! Onde já se viu brasileiro fazendo trégua? Isso é coisa de maricas e não temos maricas em nossas Forças Armadas nem no Ministério da Justiça, tchê! Até já tivemos alguns efeminados por lá e foi tri legal, mas os encaminhamos para a batalha no centro de São Paulo e nas bordas da Avenida Atlântida!
Falta o Jobim da defesa? Considere: o ministro anda atrapalhado, até agora, com o “grooving” de congonhas. Deixe o guapo longe dessa guerra.
(*) André Carvalho não é jornalista, é "apenas" um cidadão que observa as coisas do dia-a-dia. Um free lancer. Ou segundo sua própria definição: um escrevinhador. Seus sempre saborosos textos circulam pela web via e-mails.