Baú do Pilórdia - Postado em DEZ.2008
Se pensa que alguns medicamentos atuais, como o Prozac ou o Xanax, entre outros, são drogas muito fortes e tem receio em tomá-las talvez tenha razão. Só um especialista os pode prescrever e em condições muito específicas, pois cada doente é um caso.
Mas os nossos avós e bisavós tomavam outro tipo de remédios mais agressivos com toda a confiança e despreocupação. Os tempos eram outros, é certo, mas eles sobreviveram para criar os nossos pais e ainda criar os netos (nós) em muitos casos.
Dá que pensar. Muitos desses remédios, que não eram vendidos sequer em farmácias, eram feitos com substâncias que hoje são consideradas "ilegais", ou seja, drogas. Ópio, heroína, cocaína, maconha eram as mais comuns. Custa-lhe a acreditar? Então veja.
A heroína, por exemplo, era considerada benéfica no tratamento das dores há cerca de 100 anos atrás. Utilizava-se como um substituto da morfina pois, dizia-se, não era viciante.
Para além do efeito analgésico, possuía também outras propriedades no combate à asma, tosse ou pneumonia. A empresa farmacêutica Bayer comercializava-a como um remédio para a tosse das crianças.
Muitas vezes misturava-se com glicerina, com açúcar e com outros aromas para quebrar o seu sabor amargo, como se pode ver neste rótulo (acima) da empresa americana Martin H. Smith Company, de Nova Iorque.
O ópio nem sempre foi mal visto. Conhecido há centenas de anos no Oriente pelas suas propriedades relaxantes e sedativas, foi adotado pela medicina ocidental durante muito tempo como anestesiante.
Podia ser usado também para o tratamento da asma ou mesmo para "acalmar" bebés recém-nascidos. Com 45% de álcool, além do mais, devia ser realmente muito eficaz.
E por falar em crianças, um dos melhores remédios para as dores de dentes infantis eram os drops de cocaína. Não apenas acalmavam a dor como também melhoravam o humor de quem os chupava.
Para os cantores, professores e oradores era "indispensáveis" as drágeas de cocaína e mentol, pois acalmavam gargantas irritadas e davam "suavidade e elasticidade" às cordas vocais. Serviam ainda para animar estes profissionais, fazendo com que atingissem o máximo da performance.
Uma das formas mais vulgares de consumir cocaína com fins terapêuticos era misturada no vinho. Estes vinhos tinham propriedades medicinais e ainda "recreativas", atuando como uma espécie de anti-depressivo.
Destacamos o vinho Mariani, muito famoso no seu tempo (1865) sobretudo devido ao Papa Leão XIII. Consta que Sua Eminência carregava sempre consigo um frasco deste líquido abençoado e, inclusive, premiou o seu criador com uma medalha de ouro!
rtigo copiado do Obvious
Se pensa que alguns medicamentos atuais, como o Prozac ou o Xanax, entre outros, são drogas muito fortes e tem receio em tomá-las talvez tenha razão. Só um especialista os pode prescrever e em condições muito específicas, pois cada doente é um caso.
Mas os nossos avós e bisavós tomavam outro tipo de remédios mais agressivos com toda a confiança e despreocupação. Os tempos eram outros, é certo, mas eles sobreviveram para criar os nossos pais e ainda criar os netos (nós) em muitos casos.
Dá que pensar. Muitos desses remédios, que não eram vendidos sequer em farmácias, eram feitos com substâncias que hoje são consideradas "ilegais", ou seja, drogas. Ópio, heroína, cocaína, maconha eram as mais comuns. Custa-lhe a acreditar? Então veja.
A heroína, por exemplo, era considerada benéfica no tratamento das dores há cerca de 100 anos atrás. Utilizava-se como um substituto da morfina pois, dizia-se, não era viciante.
Para além do efeito analgésico, possuía também outras propriedades no combate à asma, tosse ou pneumonia. A empresa farmacêutica Bayer comercializava-a como um remédio para a tosse das crianças.
Muitas vezes misturava-se com glicerina, com açúcar e com outros aromas para quebrar o seu sabor amargo, como se pode ver neste rótulo (acima) da empresa americana Martin H. Smith Company, de Nova Iorque.
O ópio nem sempre foi mal visto. Conhecido há centenas de anos no Oriente pelas suas propriedades relaxantes e sedativas, foi adotado pela medicina ocidental durante muito tempo como anestesiante.
Podia ser usado também para o tratamento da asma ou mesmo para "acalmar" bebés recém-nascidos. Com 45% de álcool, além do mais, devia ser realmente muito eficaz.
E por falar em crianças, um dos melhores remédios para as dores de dentes infantis eram os drops de cocaína. Não apenas acalmavam a dor como também melhoravam o humor de quem os chupava.
Para os cantores, professores e oradores era "indispensáveis" as drágeas de cocaína e mentol, pois acalmavam gargantas irritadas e davam "suavidade e elasticidade" às cordas vocais. Serviam ainda para animar estes profissionais, fazendo com que atingissem o máximo da performance.
Uma das formas mais vulgares de consumir cocaína com fins terapêuticos era misturada no vinho. Estes vinhos tinham propriedades medicinais e ainda "recreativas", atuando como uma espécie de anti-depressivo.
Destacamos o vinho Mariani, muito famoso no seu tempo (1865) sobretudo devido ao Papa Leão XIII. Consta que Sua Eminência carregava sempre consigo um frasco deste líquido abençoado e, inclusive, premiou o seu criador com uma medalha de ouro!
rtigo copiado do Obvious