Ontem, em Interlagos, vi muita gente torcendo por Lewis Hamilton.
Amanhã, pela primeira vez, um brasileiro pode ser campeão mundial no Brasil. Em outros tempos, até quem acha uma bobagem ver carro dar volta em pista de corrida estaria torcendo por Felipe Massa. Mas não vejo o pessoal muito empolgado, não. No jornal “Lance”, o colega Flávio Gomes apresentou sua teoria sobre a falta de entusiasmo do torcedor tapuia em relação a Massa. Diz ele que o brasileiro se desacostumou a torcer pela vitória no campeonato, por conta dos anos seguidos de insucesso verde-amarelo na F-1. Acho a falta de fanatismo nacionalista um sinal de amadurecimento da torcida. Cada um torce pelo piloto que mais o agrada, independentemente de sua nacionalidade. Mas tenho a impressão de que o “fator negão” também entra na equação. Lewis Hamilton é o primeiro piloto negro na F-1 e, amanhã, pode vir a ser o primeiro negro campeão mundial. É inevitável traçar um paralelo entre ele e Barack Obama, o primeiro negro com chances reais de se tornar presidente dos EUA. Quer coisa mais atraente, neste mundão globalizado, do que ver o “underdog”, o eterno capacho, ganhar de todo mundo? Obama está na moda por todos os motivos certos. E, neste fim de semana em Interlagos, Lewis é Obama. Massa que me perdoe (e eu torço para que ele seja campeão mundial), mas não dá para ficar imune a esses dois monumentais superstars.
Amanhã, pela primeira vez, um brasileiro pode ser campeão mundial no Brasil. Em outros tempos, até quem acha uma bobagem ver carro dar volta em pista de corrida estaria torcendo por Felipe Massa. Mas não vejo o pessoal muito empolgado, não. No jornal “Lance”, o colega Flávio Gomes apresentou sua teoria sobre a falta de entusiasmo do torcedor tapuia em relação a Massa. Diz ele que o brasileiro se desacostumou a torcer pela vitória no campeonato, por conta dos anos seguidos de insucesso verde-amarelo na F-1. Acho a falta de fanatismo nacionalista um sinal de amadurecimento da torcida. Cada um torce pelo piloto que mais o agrada, independentemente de sua nacionalidade. Mas tenho a impressão de que o “fator negão” também entra na equação. Lewis Hamilton é o primeiro piloto negro na F-1 e, amanhã, pode vir a ser o primeiro negro campeão mundial. É inevitável traçar um paralelo entre ele e Barack Obama, o primeiro negro com chances reais de se tornar presidente dos EUA. Quer coisa mais atraente, neste mundão globalizado, do que ver o “underdog”, o eterno capacho, ganhar de todo mundo? Obama está na moda por todos os motivos certos. E, neste fim de semana em Interlagos, Lewis é Obama. Massa que me perdoe (e eu torço para que ele seja campeão mundial), mas não dá para ficar imune a esses dois monumentais superstars.