quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Por Sandra Cavalcanti para o Estadão. Transcrito de Brickmann&Associados

Processo eleitoral perverso
Voto obrigatório, promessas facultativas... Tão bom se fosse o contrário! O voto poderia ser facultativo e as promessas deveriam ser obrigatórias.
Mas, não! Ainda não é desta vez. Em outubro vamos votar mais uma vez compelidos por obrigação legal, cheios de desencanto e desesperança. Vamos escolher um nome para a prefeitura e outro para a Câmara Municipal.
As urnas são eletrônicas, modernas, eficientes e nos livraram de antigos vícios eleitorais, é verdade. Aquele negócio de curral eleitoral, em que o caboclo recebia um envelope fechado e ia votar sob a guarda do capataz, acabou - se bem que eu desconfie, seriamente, que existam hoje outras formas de constranger os votantes, principalmente os que sobrevivem em favelas, liderados pelos tais milicianos comunitários...
De qualquer modo, até nessas comunidades oprimidas o eleitor, de modo geral, sente confiança no desempenho tecnológico daquele moderno engenho da informática. Com essas urnas eletrônicas, aquela malandragem terrível das mesas apuradoras foi para o espaço... O voto dado não é desviado. Até aí, tudo bem.
Mas depois começa a malandragem da própria Lei Eleitoral! O programa implantado segue fielmente os termos da lei. Faz, em primeiro lugar, a contagem dos votos dados às legendas partidárias. É o famoso e ultrajante voto proporcional!
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