Não ensinaram a Lula e ele chegou a presidente sem saber
Quando a gente começava a trabalhar numa redação de jornal, já se vão cinqüenta anos, recebíamos do chefe de reportagem, no primeiro dia, um papel mimeografado com instruções sobre o que não fazerLogo no início, éramos alertados: "Sacerdote não é prelado", "capitão de navio não é lobo do mar", "hospital não é nosocômio", "cemitério não é campo santo", "mãe não é genitora", "idoso não é venerando", e outros princípios fundamentais para o dia-a-dia da profissão. Guardadas as proporções, e com todo o respeito, deixaram de fornecer ao presidente Lula certas instruções básicas, logo no seu primeiro ano de governo. O resultado, senão uma administração malograda, assistimos ao menos uma administração confusa e incompleta. Senão, vejamos: "Amazônia não é jardim botânico para dirigentes de ONGs passearem." "Lucros dos bancos não significam redenção para os famintos." "Bolsa Família não exprime solução para a falta de empregos." "Corrupção não é sacanagem, é crime." "Tolerância não é impunidade."
Essas e quantas outras regras de bem governar poderiam ter sido entregues ao presidente Lula, afinal, como os jovens focas de outrora para o jornalismo, sem a menor experiência para governar? Dependeria dele ter estabelecido desde o início de seu mandato um plano de desenvolvimento sustentável para a Amazônia, inclusive com a investigação e a expulsão de umas tantas ONGs empenhadas em transformar tribos brasileiras em nações indígenas, pretendendo a internacionalização da região. Poderia também o presidente, ao assumir o poder, determinar que a partir de certo percentual os lucros dos bancos fossem obrigatoriamente destinados à melhoria das condições de vida do trabalhador, nos diversos setores da vida nacional. Aproveitaria também para dispor prazos mínimos de permanência entre nós do capital especulativo, esse capital-motel que chega de tarde, passa a noite e vai embora de manhã depois de haver estuprado um pouquinho mais nossa economia. Quem sabe seguisse à risca o conselho de fiscalizar e impedir que muitos cidadãos, por receberem o bolsa-família, desinteressam-se de trabalhar e até de colocar os filhos na escola. Deveria o presidente ter determinado, à maneira de um dos antecessores, no caso, Itamar Franco, que acusações de corrupção evidente feitas contra seus auxiliares provocassem automático desligamento das suas funções, para poderem defender-se. Por último, que a Advocacia Geral da União desse apoio ao Ministério Público, ao Judiciário e ao Legislativo para votarem leis mais drásticas e iniciarem processos e punições imediatas quando se tratasse de peculato e demais crimes envolvendo funcionários públicos. Muitas outras instruções poderiam ter constado de colaborações espontâneas e desinteressadas a presidentes sem experiência com a coisa pública. O País ganharia pelo menos cinco anos e meio de desenvolvimento político e social, base para o desenvolvimento econômico."
Essas e quantas outras regras de bem governar poderiam ter sido entregues ao presidente Lula, afinal, como os jovens focas de outrora para o jornalismo, sem a menor experiência para governar? Dependeria dele ter estabelecido desde o início de seu mandato um plano de desenvolvimento sustentável para a Amazônia, inclusive com a investigação e a expulsão de umas tantas ONGs empenhadas em transformar tribos brasileiras em nações indígenas, pretendendo a internacionalização da região. Poderia também o presidente, ao assumir o poder, determinar que a partir de certo percentual os lucros dos bancos fossem obrigatoriamente destinados à melhoria das condições de vida do trabalhador, nos diversos setores da vida nacional. Aproveitaria também para dispor prazos mínimos de permanência entre nós do capital especulativo, esse capital-motel que chega de tarde, passa a noite e vai embora de manhã depois de haver estuprado um pouquinho mais nossa economia. Quem sabe seguisse à risca o conselho de fiscalizar e impedir que muitos cidadãos, por receberem o bolsa-família, desinteressam-se de trabalhar e até de colocar os filhos na escola. Deveria o presidente ter determinado, à maneira de um dos antecessores, no caso, Itamar Franco, que acusações de corrupção evidente feitas contra seus auxiliares provocassem automático desligamento das suas funções, para poderem defender-se. Por último, que a Advocacia Geral da União desse apoio ao Ministério Público, ao Judiciário e ao Legislativo para votarem leis mais drásticas e iniciarem processos e punições imediatas quando se tratasse de peculato e demais crimes envolvendo funcionários públicos. Muitas outras instruções poderiam ter constado de colaborações espontâneas e desinteressadas a presidentes sem experiência com a coisa pública. O País ganharia pelo menos cinco anos e meio de desenvolvimento político e social, base para o desenvolvimento econômico."