segunda-feira, 19 de maio de 2008

Ecos do Passado: O trote da Telerj

* Nota do Pilórdia: Matei as saudades no ótimo http://www.acidezmental.com/ e descobri a verdadeira história por trás do "Trote da Telerj". Aliás, tenho guardado o áudio em meu acervo pessoal, e quem tiver interesse é só indicar um e-mail no campo Comentários ou transmitindo para meu e-mail que terei o prazer de enviar. Apenas um alerta, tem muitos palavrôes cabeludos mas é de morrer de rir.

Abaixo transcrevo o texto e as imagens extraídas do Acidez Mental

"A história é a seguinte: Início dos anos 90, na era do Plano Collor, da escuridão pré-internet, pré-celular, pré-câmeras digitais e pré-MP3. Operadores de Mercado Financeiro do Banco Bamerindus não tinham o que fazer pra matar o tempo em dias de vacas magras, Plano Collor, Zélia, poupanças confiscadas e de mercado totalmente parado.
Toda ligação errada que por engano caía na mesa de operações proporcionava um alvoroço e quase sempre rendia um belo trote na mão dos sacanas corretores desocupados. E foi exatamente isso que aconteceu nesta filial carioca (sim, carioca... essas sacanagens só podem sair da cabeça de cariocas) da corretora do liquidado banco paranaense.
Luiz Pareto, "adêvogado", ligou para a TELERJ a fim de reclamar de um defeito em sua linha telefônica. Para seu azar a ligação caiu nessa mesa de operações financeiras - que por questão de segurança tinha todas as suas linhas gravadas - e o cidadão se tornou protagonista do melhor trote que se tem registro.
Você só ouvia os palavrões mas dava para entender direito que a história tinha uma seqüência: um advogado telefonava para um local pensando que falava com a Telerj. Pessoas fingiam ser da Telerj. Depois, um cara atendia e dizia, “grandes merdas ser adêvogado” (com e no meio mesmo).
Dias depois, a mesma turma ligava para o advogado – um certo Luiz Pareto – e perguntava se o conserto tinha sido adequado. E o pau quebrava de novo. Menos de cinco minutos de gravação, quase duas décadas de gargalhadas.
Aí veio a Internet e o “trote do adêvogado”, “trote da Telerj”, hoje “Trote do Pareto”, se popularizou de vez. A invasão de privacidade chegou ao extremo. Negozinho chegou ao ponto de ir na “Rua da Assembléia Número 10, mas amanhã não tem ninguém” só para fotografar a placa onde diz que o escritório do Pareto era ali (abaixo).


Descobriram que o Pareto morreu. Comunidades inteiras ficaram de luto. Milhões de homenagens por todo o país. Fizeram até remix do trote para tocar em festa. Arrumaram a foto do advogado no site da OAB (acima). A Paretomania chegou a tal ponto que, no Rio, existe o telefone 3378-1010 que, em tese, abriga uma versão gravada para o ouvinte curioso."
No site do AcidezMental voce também consegue efetuar o Download.