Há uma frase em latim que cura mordida de cobra e facilita o parto.
É “Sator Arepo Tenet Opera Rotas” (o semeador Arepo mantém o curso com atenção), que ao ser lida da direita para a esquerda é literalmente igual. Ou seja, é um palíndromo. Segundo Otto Lara Resende, uma senhora mineira escrevia cada palavra dessa oração num pedaço de papel, enfiava num bentinho e amarrava no pescoço dos doentes, dizendo que, para coqueluche e asma, era tiro e queda. A frase é considerada o palíndromo mais antigo do mundo, e além disso, se as palavras forem dispostas em pilha, uma embaixo da outra, o sentido é preservado em todas as direções. Há inúmeras traduções possíveis, como “Deus, Criador, mantém com cuidado o mundo em sua rota”, mas ninguém sabe ao certo o que ela quer dizer. O escritor pernambucano Osman Lins baseou seu romance Avalovara nessas cinco palavrinhas enigmáticas. Existem palíndromos atribuídos ao demônio. Alguns trazem azar. O gramático Napoleão Mendes de Almeida, autor de Questões Vernáculas, diz que uma das provas de soberania entre os incas era que seus reis tinham nomes palindrômicos, como Capac. Na década de 70, um casal de Ohio, nos Estados Unidos, batizou seus filhos como Noel Leon, Lledo Odell, Lura Arul, Loneya Ayenol, Norwood Doowron, Lebanna Annabel e Leah Hael. A certa altura, alguém criou a palavra “aibofobia” para designar o medo mórbido e irracional de palíndromos. O termo não tem raiz grega ou latina, mas funciona de trás pra frente.
É “Sator Arepo Tenet Opera Rotas” (o semeador Arepo mantém o curso com atenção), que ao ser lida da direita para a esquerda é literalmente igual. Ou seja, é um palíndromo. Segundo Otto Lara Resende, uma senhora mineira escrevia cada palavra dessa oração num pedaço de papel, enfiava num bentinho e amarrava no pescoço dos doentes, dizendo que, para coqueluche e asma, era tiro e queda. A frase é considerada o palíndromo mais antigo do mundo, e além disso, se as palavras forem dispostas em pilha, uma embaixo da outra, o sentido é preservado em todas as direções. Há inúmeras traduções possíveis, como “Deus, Criador, mantém com cuidado o mundo em sua rota”, mas ninguém sabe ao certo o que ela quer dizer. O escritor pernambucano Osman Lins baseou seu romance Avalovara nessas cinco palavrinhas enigmáticas. Existem palíndromos atribuídos ao demônio. Alguns trazem azar. O gramático Napoleão Mendes de Almeida, autor de Questões Vernáculas, diz que uma das provas de soberania entre os incas era que seus reis tinham nomes palindrômicos, como Capac. Na década de 70, um casal de Ohio, nos Estados Unidos, batizou seus filhos como Noel Leon, Lledo Odell, Lura Arul, Loneya Ayenol, Norwood Doowron, Lebanna Annabel e Leah Hael. A certa altura, alguém criou a palavra “aibofobia” para designar o medo mórbido e irracional de palíndromos. O termo não tem raiz grega ou latina, mas funciona de trás pra frente.
PALÍNDROMO DO AMOR TOTAL
Rômulo Marinho
ÁVIDO?
AMÁ-LA NA TABA,
NO TOCO DA CASA,
NO MURO NO PAÇO,
NA POÇA, NA MACA,
NA LIVRE SALA,
SERVI-LA NA CAMA,
NA COPA, NO CAPÔ, NO RUMO,
NA SACA DO COTO, NA BATA, NA LAMA...
Ó DIVA!
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