Para que você não chegue ao Natal desinformado, eis aqui um resumo do quadro nacional depois do enterro da CPMF:
1. Metade do mercado financeiro e da oposição está nervosa porque Lula diz que não tem nenhum pacote para reaver os R$ 40 bilhões que lhe tiraram, mas sabe que ele está mentindo e vai anunciar o aumento de impostos a qualquer momento;
2. A outra metade do mercado e da oposição está nervosa porque Lula diz que não tem nenhum pacote e sabe que ele não tem mesmo.
3. E o governo está nervoso porque não sabe se diz que tem um pacote que não fez ou se faz um pacote e não diz o que tem dentro dele, para não enervar o mercado financeiro e a oposição.
Agora, sem querer incluir você no rol dos nervosos, é preciso anotar uma evidência enervante: criada sob FHC, em 1996, para vigorar por escassos dois anos, a Contribuição P-r-o-v-i-s-ó-r-i-a sobre Movimentação Financeira estava jurada de morte havia 11 anos. E o governo não se dignou a preparar o velório.
O Planalto e seus aliados perderam-se em indagações: Mas já? Por que tão cedo? Por que pra sempre? Não dá pra ressuscitar? Natural a surpresa. Embora jurada de morte desde o nascimento, a CPMF parecia cheia de vida. Tivera a morte procrastinada tantas vezes que já ganhara ares de imortal. Teve de ser assassinada.
Por isso as providências funerárias foram deixadas para a última hora. Mas não deixa de ser curioso que o imposto do cheque, responsável por uma coleta de R$ 36 bilhões em 2007, não tenha onde cair morto. Incrível que não lhe tenham preparado adequadamente a cova.
Nunca na história desse país uma morte foi tão aguardada e festejada. É o que indica pesquisa de um instituto que ninguém sabia que existia: o DataSenado. Trazidos a público pelo presidente do Senado, Garibaldi Alves, os dados revelam o seguinte: 78% dos brasileiros apóiam a morte da CPMF. Resultado óbvio até para Garibaldi: “Ninguém paga [imposto] contente.”
Ouviram-se, pelo telefone, entre quinta e sexta-feira, 784 moradores de capitais brasileiras. A maioria acha que o governo não aplica bem o dinheiro que subtrai do bolso do “contribuinte” (70%), que a extinção do tributo melhorou a imagem do Senado (52%) e que o melhor que Lula tem a fazer agora é cortar os gastos de seu governo (51%).
Não é sem motivo que Lula baixou a bola dos “pacoteiros” da Esplanada. Os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Paulo Bernardo (Planejamento) apresentaram-lhe um embrulho contendo, entre outras coisas, R$ 12 bilhões em elevações de alíquotas de impostos. O presidente ordenou aos ministros que voltassem à prancheta. E mandou dizer a ‘demos’ e tucanos que não cogita aumentar a carga tributária.
Mas não se deixe iludir pelo espírito natalino. Lembre-se do item número três, mencionado lá no alto: o governo está nervoso porque não sabe se diz que tem um pacote que não fez ou se faz um pacote e não diz o que tem dentro dele...” Passado o peru do Natal e a lentilha do Ano Novo, o país conhecerá o tamanho da mordida. Tudo leva a crer que o “inhaaaac” vai chegar em fevereiro, junto com o Carnaval. Época propícia para lançar na praça o samba do governo doido.
1. Metade do mercado financeiro e da oposição está nervosa porque Lula diz que não tem nenhum pacote para reaver os R$ 40 bilhões que lhe tiraram, mas sabe que ele está mentindo e vai anunciar o aumento de impostos a qualquer momento;
2. A outra metade do mercado e da oposição está nervosa porque Lula diz que não tem nenhum pacote e sabe que ele não tem mesmo.
3. E o governo está nervoso porque não sabe se diz que tem um pacote que não fez ou se faz um pacote e não diz o que tem dentro dele, para não enervar o mercado financeiro e a oposição.
Agora, sem querer incluir você no rol dos nervosos, é preciso anotar uma evidência enervante: criada sob FHC, em 1996, para vigorar por escassos dois anos, a Contribuição P-r-o-v-i-s-ó-r-i-a sobre Movimentação Financeira estava jurada de morte havia 11 anos. E o governo não se dignou a preparar o velório.
O Planalto e seus aliados perderam-se em indagações: Mas já? Por que tão cedo? Por que pra sempre? Não dá pra ressuscitar? Natural a surpresa. Embora jurada de morte desde o nascimento, a CPMF parecia cheia de vida. Tivera a morte procrastinada tantas vezes que já ganhara ares de imortal. Teve de ser assassinada.
Por isso as providências funerárias foram deixadas para a última hora. Mas não deixa de ser curioso que o imposto do cheque, responsável por uma coleta de R$ 36 bilhões em 2007, não tenha onde cair morto. Incrível que não lhe tenham preparado adequadamente a cova.
Nunca na história desse país uma morte foi tão aguardada e festejada. É o que indica pesquisa de um instituto que ninguém sabia que existia: o DataSenado. Trazidos a público pelo presidente do Senado, Garibaldi Alves, os dados revelam o seguinte: 78% dos brasileiros apóiam a morte da CPMF. Resultado óbvio até para Garibaldi: “Ninguém paga [imposto] contente.”
Ouviram-se, pelo telefone, entre quinta e sexta-feira, 784 moradores de capitais brasileiras. A maioria acha que o governo não aplica bem o dinheiro que subtrai do bolso do “contribuinte” (70%), que a extinção do tributo melhorou a imagem do Senado (52%) e que o melhor que Lula tem a fazer agora é cortar os gastos de seu governo (51%).
Não é sem motivo que Lula baixou a bola dos “pacoteiros” da Esplanada. Os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Paulo Bernardo (Planejamento) apresentaram-lhe um embrulho contendo, entre outras coisas, R$ 12 bilhões em elevações de alíquotas de impostos. O presidente ordenou aos ministros que voltassem à prancheta. E mandou dizer a ‘demos’ e tucanos que não cogita aumentar a carga tributária.
Mas não se deixe iludir pelo espírito natalino. Lembre-se do item número três, mencionado lá no alto: o governo está nervoso porque não sabe se diz que tem um pacote que não fez ou se faz um pacote e não diz o que tem dentro dele...” Passado o peru do Natal e a lentilha do Ano Novo, o país conhecerá o tamanho da mordida. Tudo leva a crer que o “inhaaaac” vai chegar em fevereiro, junto com o Carnaval. Época propícia para lançar na praça o samba do governo doido.