Pesquisa Datafolha realizada no mês passado acaba de revelar que 45% dos brasileiros acham o Congresso Nacional ruim ou péssimo, e que 13% o consideram ótimo, contra 16% da pesquisa realizada em março passado. A novidade, em minha análise, reside apenas na constatação de que ainda há quem ache a já chamada “casa de mãe Joana” ótima, apesar de sua irrefreada caminhada para o fundo do calabouço fétido da decadência moral.
Analisando bem, apesar de se autodenominar um democrata, coube ao Presidente Lula dar uma boa mãozinha para desacreditar Câmara e Senado. Ele começou seu mandato referindo-se aos “300 picaretas” do Congresso, de quem trabalhou para fazer presidente seu correligionário João Paulo Cunha, defenestrado pouco tempo depois por envolvimento na gangue do mensalão.
A partir daí, embrenhou-se na espessa mata da cooptação e da compra de votos para aprovar projetos de governo ou angariar dividendos políticos, usando orçamento e cargos da União para ajustar “picaretas” rebeldes a suas pretensões de governabilidade. E agora, com a novela Renan Calheiros, manipulou sua saída da presidência do Senado e continua no mesmo ritmo para que Renan não renuncie, a fim de não assanhar o PMDB, dono do cargo, e não comprometer ainda mais a aprovação da CPMF.
Claro, posso estar equivocado se, como em tudo que aconteceu até aqui desde que o Presidente assumiu Brasília, ele não estiver “sabendo de nada”. Mas se realmente o Presidente quisesse dar um basta neste lamaçal que vem emporcalhando nosso Congresso, bastaria enviar a suas excelências uma avançada proposta de reforma política, iluminada por destacadas cabeças pensantes vida culta nacional, e assim estaria mostrando sua verdadeira face progressista e jogando sobre o Congresso a responsabilidade pela permanência da falta de vergonha e de compostura que lá impera.
Mas o Congresso é infenso a reformas, deputados e senadores preferem manter este imenso país na condição de grande elefante branco da burocracia e da irracionalidade, do atraso e da vetustez, e assim ficam o Judiciário, a Previdência, a cultura fiscal e tributária – para citar somente esses - fazendo do Brasil uma África de decrepitude.
Falta de vergonha e de decência rende mais no bolso e não cria atritos com ninguém que tenha a força.
Analisando bem, apesar de se autodenominar um democrata, coube ao Presidente Lula dar uma boa mãozinha para desacreditar Câmara e Senado. Ele começou seu mandato referindo-se aos “300 picaretas” do Congresso, de quem trabalhou para fazer presidente seu correligionário João Paulo Cunha, defenestrado pouco tempo depois por envolvimento na gangue do mensalão.
A partir daí, embrenhou-se na espessa mata da cooptação e da compra de votos para aprovar projetos de governo ou angariar dividendos políticos, usando orçamento e cargos da União para ajustar “picaretas” rebeldes a suas pretensões de governabilidade. E agora, com a novela Renan Calheiros, manipulou sua saída da presidência do Senado e continua no mesmo ritmo para que Renan não renuncie, a fim de não assanhar o PMDB, dono do cargo, e não comprometer ainda mais a aprovação da CPMF.
Claro, posso estar equivocado se, como em tudo que aconteceu até aqui desde que o Presidente assumiu Brasília, ele não estiver “sabendo de nada”. Mas se realmente o Presidente quisesse dar um basta neste lamaçal que vem emporcalhando nosso Congresso, bastaria enviar a suas excelências uma avançada proposta de reforma política, iluminada por destacadas cabeças pensantes vida culta nacional, e assim estaria mostrando sua verdadeira face progressista e jogando sobre o Congresso a responsabilidade pela permanência da falta de vergonha e de compostura que lá impera.
Mas o Congresso é infenso a reformas, deputados e senadores preferem manter este imenso país na condição de grande elefante branco da burocracia e da irracionalidade, do atraso e da vetustez, e assim ficam o Judiciário, a Previdência, a cultura fiscal e tributária – para citar somente esses - fazendo do Brasil uma África de decrepitude.
Falta de vergonha e de decência rende mais no bolso e não cria atritos com ninguém que tenha a força.