sábado, 31 de maio de 2014

Jogadores da Copa hackeados



Ativistas pintam máscaras pretas nos rostos dos jogadores

A menos de um mês da Copa, as manifestações estão mais intensas. Em abril, um grupo de mascarados queimou um álbum de figurinhas em São Paulo; a mesma atitude se repetiu no Rio de Janeiro na semana passada. Agora, a proposta de alguns ativistas é ‘hackear’ e estragar as figurinhas do álbum da copa.
 
 (Foto: Reprodução Facebook)

No sábado, os ativistas publicaram na página ‘coletivo vinhetando’ sobre ação e ainda anunciaram a necessidade de mão-de-obra para estragar as figurinhas. Quem compra o pacote, não consegue perceber, mas, ao abrir, poderá ter a desagradável surpresa de ver várias figurinhas com os rostos dos jogadores rabiscados com caneta preta. Os ativistas desenham umas máscara preta nos jogadores e selam o pacote com cola. De acordo com a página, a ação já acontece há quatro semanas.

Marli Gonçalves

Porta dos Fundos: Amigos


sexta-feira, 30 de maio de 2014

Ruth de Aquino: O complexo do mega-Brasil

Por Ruth de Aquino. Publicado na revista Época em 20MAI2014
O complexo do mega-Brasil
Por que prometer a "Copa das Copas"? Por que não só uma Copinha alegre e hospitaleira?

 O problema do Brasil não é ter complexo de vira-lata, mas cultivar a obsessão do “mega”. Uma obsessão cafona e perniciosa. Tudo precisa ser o “maior do mundo”. E assim foi o Maracanã em 1950, construído em apenas dois anos. Que inveja de nós mesmos.
 

Cláudio
 
 
Por que prometer a “Copa das Copas”? Por que não se conformar com uma Copinha alegre e hospitaleira, organizada e bem planejada, com dignidade? Não está no DNA tupiniquim? A ostentação é coisa nossa. A construção de Brasília é um dos exemplos do megadesperdício – seu estádio, agora, é uma continuação da megaincompetência na gestão de quase tudo.
 
Só um país sem noção como o nosso, com tantos problemas sérios e crônicos de prazos, infraestrutura, internet e transporte, numa área continental, resolve submeter estrangeiros e brasileiros a uma Copa em 12 sedes.
 
Duke
 
 
O Brasil populista é mais megalomaníaco. As promessas ufanistas são típicas do populismo, de direita ou esquerda. Conclamar as massas ao patriotismo e a cerrar fileiras contra inimigos internos ou externos é um recurso primário, que já deu muito errado na história da humanidade.
 
A Copa mais bilionária das Copas passa a atrair, no gramado esburacado das ruas, a ira de uma população descontente e dos vândalos de ocasião. As cenas em Pernambuco, de saques de multidões, durante a greve da PM, são assustadoras, pela anarquia e pelos risos dos assaltantes, muitos menores de idade ou pais e mães.
 
Jarbas
 
 
É essa a população que se beneficia das bolsas do governo do PT? Imagens e relatos de um país lúmpen rodam o mundo. As fezes, lixos e pneus no mar, lagos e baías. Os ônibus depredados e incendiados. As lojas e escolas fechadas por medo de violência. As filas da vergonha nos hospitais públicos. Os confrontos sangrentos nas favelas. O vaso sanitário arremessado em pleno estádio, que matou um torcedor. Não foi uma banana, foi uma privada.
 
Por enquanto, a Copa das Copas se traduz pelo lado negativo. O maior atraso do mundo nas obras de estádios e aeroportos. A maior desorganização e falta de planejamento. O maior número de operários mortos. As maiores manifestações contra a Copa. Os maiores problemas nos aeroportos inacabados. Os custos mais altos. Os maiores preços nos hotéis. É o mega-Brasil em ação. Pra frente Brasil, salve a Seleção.
 
 
Sponholz
 
 
 
O grau de frustração segue o grau de promessas não cumpridas. Não fique de queixo caído, pessoal do Planalto. É só puxar pela memória e ler. A Refinaria Premium 1, no Maranhão, anunciada com estardalhaço por Lula e Dilma em 2010, deveria ser “a maior do país”. Uma megarrefinaria. Deveria gerar 25 mil empregos. Está parada. Foi orçada em R$ 38 bilhões pela Petrobras. O mesmo aconteceu com muitas obras.
 
Uma sondagem da Fundação Getulio Vargas revelou que o Brasil terá o terceiro pior PIB da América Latina neste ano. É a pior avaliação desde 1999, segundo a FGV.
 
 

 
A coisa está tão feia que a presidente Dilma Rousseff, gerentona do caos, fez um apelo na quinta-feira, para que os brasileiros recebam bem os torcedores nacionais e estrangeiros durante a competição.
 
“Ninguém que vem aqui leva consigo, na sua mala, aeroporto, porto, obras de mobilidade urbana e estádios. Eles podem levar na mala a garantia de que este é um povo alegre e hospitaleiro.”
 
Dilma disse que o Brasil não vai explodir, mas sim bombar em 2015. Já está bombando, mas o cheiro é de gás lacrimogêneo. O Brasil é a terra do improviso, segundo a imprensa estrangeira. Alguém discorda?
 
Sponholz

 
 
Já se prevê um festival de vaias. Dilma é vaiada. Pelé é vaiado. Bem capaz que Lula também seja. Ler que o governo Dilma prepara um Centro Integrado para proteger os turistas na Copa faz pensar no que o brasileiro enfrenta todos os dias, sem megaevento.
 
Enfrenta uma megazona.

O Brasil sempre será assim? Só 41% das 167 intervenções prometidas para a Copa estão prontas, a 30 dias da competição. Precisamos enfeitar o passe e dar toque de calcanhar, mesmo com a meia puída. A criatividade, para ser eficaz, exige enorme disciplina. Caso contrário, até o futebol vira caricatura de nós mesmos.
 
?
 
 
Pela primeira vez em 23 anos, os clubes brasileiros estão ausentes das semifinais da Libertadores. O período de treino da Seleção para a Copa é o mais curto desde 1930 – apenas 18 dias. Só quatro dos 23 convocados por Felipão jogam no Brasil. Sete jogadores brasileiros lutarão contra os canarinhos, com uniformes de seleções estrangeiras.
 
Há um descrédito profundo no jeitinho verde-amarelo. Não precisamos virar alemães ou japoneses. Eles não são ideais de nada se contemplarmos a História. Podemos ser melhores se reivindicarmos com firmeza e serenidade nossos direitos. Sem cair na lorota de políticos caras de pau. Porque pernas de pau não somos. Quem sabe será esse o verdadeiro legado da Copa?

 

Dilma Rousseff e o pileque, em Lisboa

Por Maria Helena RR de Sousa.
Publicado no blog do Noblat em 27JAN2014.
Imagens recebidas, hoje, por e-mail.

'Lisboa e Tejo e tudo',

O título é do poema Lisboa Revisited (1926, Álvaro de Campos (Fernando Pessoa).

- "Como é possível que uma senhora que já não é mais criança, ocupante do mais alto cargo de uma Nação cheia de problemas, se comporte como uma Maria-Chuteira que não sabe mais nem em quê gastar pois a conta quem paga não é ela apesar dessa Senhora depois ter vindo a público dizer que foi ela quem pagou a conta. Pode até ser mas o dinheiro não saiu de sua conta corrente, com certeza não saiu.
 
 

À menina que sai da periferia de qualquer de nossas cidades e vai parar em Barcelona ou Madrid e fica extasiada com as purpurinas de sua nova vida, dá-se um desconto: é natural que queira pavonear-se para os da sua turma.

Mas dona Dilma ir se exibir em Lisboa e nos fazer passar pelo vexame de mostrar que no fundo ainda somos os mesmos tupinambás boquiabertos com os espelhos e as miçangas?

Será que ela porventura acha que os grandes empresários do mundo não vão pôr num prato da balança a estadista e seu discurso em Davos e no outro a deslumbrada sem limites?
 



Será que ela por um átimo de segundo achou que esse piquenique às margens do Tejo ia passar despercebido e que não ia ser comparado com o rastilho de pólvora que começa a unir nossas cidades?

Eu mesma respondo. Acho que ela está convencida que nós, os trouxas absolutos, não faremos nada e que ela, retroalimentada pelo PT e seu dono, seu Guru, pode mesmo tudo e que nada de mau lhe acontecerá, a não ser a reeleição e aí...
 


Bem, aí entra a Carta do Leitor de O Globo, que copio abaixo:

- 'Estou cansado de ver oportunistas manipularem pessoas, usando a religião e a política para ganhar dinheiro fácil e poder. De ver tantas mortes e acidentes em estradas esburacadas, perigosas e mal conservadas. De ver políticos jogando pretos contra brancos, empregados contra patrões, pobres contra ricos, incentivando o preconceito e botando lenha na fogueira da luta de classes. De ver ministérios inúteis, criados para acomodar companheiros, no esquema do toma lá dá cá. Estou cansado da carga tributária de 37,5% do PIB, uma das mais altas do mundo, com quase nenhum retorno. De ter medo de sair à rua, apavorado com bala perdida, assalto e arrastões. Do trânsito e do transporte público sempre infernais. De ver políticos e governantes zombarem da nossa inteligência. Da educação cada vez mais desvalorizada. Estou cansado de muitas coisas, mas, principalmente, de ver a mediocridade tomando conta do país. Rubem Paes, Niterói, RJ'.

É carta que seria assinada por mim e por muita e muita gente. Perfeita. E com o timbre da Verdade.

Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa, professora e tradutora, escreve semanalmente para o Blog do Noblat desde agosto de 2005.


Governo arca com 30% dos salários dos brasileiros

 Por Luiza Beroni Veronesi, para o Infomoney
Governo é responsável por pagar 30% dos salários do país
O salário médio pago pela administração pública ficou acima da média salarial dos empregados em 2012. Somando todos os setores, a média recebida pelos ocupados foi de R$ 1.943,16 ao mês, enquanto no setor público, essa média sobe para R$ 2.682,50. No entanto, o setor que mais se destacou em relação ao salário médio mensal para o ano foi de Eletricidade e Gás, que ficou 207,1% acima da média nacional, com R$ 5.968,28.
Comparando com os dados de 2008, o CEMPRE mostrou que houve uma redução da participação dos servidores públicos quatro anos mais tarde. O percentual do pessoal ocupado assalariado diminuiu de 18,9% para 16% entre os anos. Embora a redução, o crescimento do salário médio mensal dos servidores públicos teve um aumento de 10,7% entre 2008 e 2012 e, novamente, ficou acima da média total, que apresentou expansão de 10,1%.
Mulheres são maioria entre servidores
Diferentemente do cenário empresarial, no qual os homens são maioria, as mulheres ocupam 58,9% dos cargos públicos. Nas entidades empresariais, a taxa se inverte e 37,2% são ocupados por mulheres e 62,8% por homens.

12 anos de Brasil pelo traço de IVAN CABRAL







E o Papa já viu isso?

 


quinta-feira, 29 de maio de 2014

Copa do Mundo: gols e crise econômica?

BRASIL NO EXTERIOR
O jornal espanhol Expansion publica uma análise sobre a relação de Copas do Mundo e crises econômicas mundiais.

Para ler no original, clique aqui

 
Contagem regressiva para a Copa do Mundo: jogos, objetivos, amigos, festas, clubes, cerveja e ... crise? Sim crise. O evento esportivo mais assistido do planeta, a começar em 12 de junho, poderia causar problemas para a economia. " Os mercados também sofrem quando a Copa do Mundo começa ", alerta Dario Perkins, um analista de renome da Lombard Street Research.


Sua teoria começa com a  1º Copa em  1930, o primeiro ano na íntegra do que foi batizada de A Grande Depressão.


Tiago Recchia

Mais recentemente, em 1990  coincidiu com uma recessão nos EUA, e em 1994 com a crise no mercado de títulos, que começou em solo americano e se espalhou pelos demais países desenvolvidos.

Em 1998, tivemos a crise financeira asiática e o colapso do Long Term Capital Gestão (LTCM), o maior fundo de hedge na década de noventa que  controlava 5% do mercado de renda fixa global e esteve prestes a causar um grande terremoto  na economia internacional.

Ivan Cabral


E neste século, ocorreu a ruptura com a euforia em 2002 ocasionando, em 2006, a bolha imobiliária nos EUA, cujas consequências ainda reverberam pelo mundo, dando lugar em 2010 - quando a Espanha ganhou a Copa do Mundo na África do Sul - uma  verdadeira crise da zona do euro.

Essas coincidências me fazem pensar ... O que poderia dar errado desta vez? É bom ficar de olho nas bolhas... e dessas, destacaria três: o boom imobiliário chinês, possíveis choques no estímulo do Federal Reserve e, acima de tudo, o Abenomics, nome do plano de recuperação econômica anunciado pelo primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, com base em um estímulo econômico proporcionado pelo estado.

 Olho aberto!

Joaquim Barbosa anuncia aposentadoria

Este blog, modestamente, deseja tudo de bom ao cidadão Joaquim Barbosa e, torce para que, do alto de seus conhecimentos, continue prestando bons serviços à esta Nação!
Paixão

Amarildo
 

?



 
Aroeira
 

Pelicano

 
 
 


 
 



O medo no dia-a-dia

 Por Hardy Guedes.
Transcrito do ótimo Besta Fubana
Pânico generalizado
O recente episódio ocorrido numa delegacia de polícia em S. Paulo, quando um médico, que ali e encontrava para registrar um boletim de ocorrência por conta de um acidente de trânsito, foi morto, demonstra inequivocamente o grau de pânico generalizado em que o país está mergulhado.




Segundo o delegado encarregado do caso, os policiais cometeram um erro de interpretação. Na hora em que o médico ali se encontrava, um policial militar que tentava escapar de um ataque de bandidos, procurou abrigo na delegacia. A chegada repentina desse policiai fez com que as pessoas que registravam queixas corressem para o interior da delegacia para se proteger. Um agente policial pensando que eram bandidos invadindo a delegacia, sacou da arma e atirou contra os cidadãos, provocando o caos, já que o investigador também atirou no agente.

Obviamente, que a primeira coisa que nos passa pela cabeça é o despreparo desses policiais que sacaram das armas e atiraram a esmo. Mas não deixa, ao mesmo tempo, de ser um reflexo dos tempos sem lei e sem ordem em que vivemos. Foi-se o tempo em que os marginais temiam a polícia. Hoje, em lugar de temê-la, eles a enfrentam. Não têm sido raros os ataques a delegacias, UPPs e outros.



E as armas dos bandidos têm, via de regra, mais poder de fogo que as dos policiais sequer podem andar fardados. Uma vez descoberta a sua profissão, eles e suas próprias famílias passam a ser alvo de ataques de criminosos.

Como diz o ditado: “quem tem cu, tem medo”, esse pânico generalizado há muito tempo domina a nossa sociedade, incluindo-se os que têm a incumbência de nos defender.

Ganhar um salário baixo, correndo risco constante de vida, para defender uma sociedade descontrolada, mal governada e com uma justiça ineficiente que deixa à solta marginais de alta periculosidade e passa a mão na cabeça de menores infratores, não deve ser nada estimulante.


É uma profissão para poucos que talvez já não a procurem por vocação, mas por necessidade de ter alguma renda para garantir a sua sobrevivência e a dos seus.

Enquanto isso e por conta disso, o cidadão comum evita sair às ruas para não ser assaltado, o que pode ocorrer a qualquer hora do dia.

Essa é a situação caótica na qual se encontra a Nação e expõe a fragilidade dos números com os quais o governo federal tenta iludir a nação e o mundo, sobre distribuição de renda e desemprego.

Nas nações onde a Justiça é ágil e onde a situação econômica da população é, realmente, boa e os cidadãos têm educação compatível, os índices de criminalidade só decrescem.


Aqui, os números divulgados não correspondem à realidade e são apresentados de forma distorcida numa tentativa de se mostrar uma mágica que não convence. A mais recente pesquisa do IBGE aponta para 92 milhões de empregados, corresponde a 57% das pessoas em idade de trabalhar.
O governo, no entanto, tenta nos dizer que somente 4% estão desempregados, já que representam o número dos que, efetivamente, estão procurando emprego, ou 6 milhões de pessoas. Os que não trabalham e não estão procurando emprego são somente 62 milhões de pessoas.




Estão todos coçando o saco, recebendo bolsa-família ou desanimados? Estão todos ricos, a ponto de não precisarem mais de emprego, ou estão caindo na marginalidade, no subemprego… ?

Pode uma Nação que precisa crescer prescindir de tamanha força de trabalho? Quanta riqueza deixamos de produzir?

Há muito de podre no reino da Dilmamarca!


Fumar é coisa de gay?

Nova campanha antitabagismo nos EUA
procura atingir adolescentes com uma mensagem simples:
"se você fuma você é gay!"

em inglês

O politicamente correto foi deixado de lado


E o Fuleco pediu arrego


quarta-feira, 28 de maio de 2014

O Brasil da Copa dos bilhões é o lanterninha na saúde mundial

BRASIL NO EXTERIOR

 Uma pesquisa divulgada pela agência de notícias Bloomberg no dia 19 de agosto do ano passado colocou o Brasil na última posição entre os sistemas de saúde do mundo inteiro.




O levantamento considerou apenas as nações com populações maiores que 5 milhões, com o PIB per capita superior a 5.000 dólares e expectativa de vida maior que 70 anos.
Assim, 48 países foram classificados em critérios de expectativa de vida e custo per capita dos tratamentos de saúde. Diante disto, o Brasil ficou na última posição da lista atrás de países como Romênia, Peru e República Dominicana.

De acordo com o documento, os brasileiros possuem uma baixa expectativa média de vida atualmente, em 73,4 anos. Apenas o Irã, a Argélia e a República Dominicana possuem valores piores que os brasileiros, no entanto, nenhum deles ficou abaixo dos 73 anos.

Outro fator relevante que prejudicou a posição brasileira foi o alto custo per capita pago para a se obter qualquer tratamento. Atualmente, uma pessoa gasta em média por ano mais de 1.200 dólares (R$ 2.900) com os cuidados da saúde na Brasil. Em Cuba, que está 20 posições à frente dos brasileiros no índice total, o mesmo custo é pouco maior que US$ 600 (1.400 reais).

O relatório foi feito com base em dados oficiais do Banco Mundial, FMI (Fundo Monetário Internacional) e a OMS (Organização Mundial de Saúde).

Hong Kong, Cingapura, Japão e Israel são respectivamente os quatro primeiros colocados. Apesar da crise financeira europeia, a Espanha e a Itália vêm em seguida na quinta e na sexta colocação.

12 anos de Brasil pelo traço de SPONHOLZ, II





O mineirim ladrão

Vídeos Engraçados


III - O mineirim ladrão



3 milhões de visualizações

terça-feira, 27 de maio de 2014

E este é país da Copa dos bilhões...

 Fantástico percorre hospitais do Brasil
e encontra UTI sem médicos

O Fantástico deste domingo mostrou o resultado de um estudo inédito para entender o que há de errado na saúde brasileira. Pela primeira vez, o Tribunal de Contas da União examinou a qualidade do atendimento em 116 hospitais públicos, os mais procurados pela população em todo o país.
O resultado é assustador.
Arte de Guto Cassiano

É assim que a saúde pública tem tratado seus pacientes.

Eu estou com dor, desde cedo.
Estou aqui desde 9h30 da manhã e até agora nada”,
 disse uma paciente.

Faltam enfermeiros e médicos.

“Como é que não tem pediatra num hospital desses,
 para atender uma criança no hospital, desmaiando?”,
 questiona outra paciente.

Não tem médico na UTI.
 São vários plantões em que não há medico na UTI”.

Faltam equipamentos para exames.
 E faltam remédios.
Ivan Cabral


Fantástico: E quando não tem o antibiótico, como faz?
Médico: Você conhece o "seguro senhor do Bonfim"?

A gente amarra uma fita do lado e vai.

Os repórteres do Fantástico foram aos hospitais para conferir o resultado de um relatório recente do Tribunal de Contas da União sobre a saúde brasileira e confirmaram:
falta quase tudo na rede pública
e sobra desorganização.


(...) Esta é uma situação comum em Cuiabá
e em vários outros pontos do Brasil.
Muitos pacientes só conseguem
tratamentos por força de liminares...

Rico


Para ver a reportagem completa, clique 


“Minha tia tem deficiência,
nem ela que tem prioridade não está sendo atendida”,
conta uma estudante.

De acordo com o estudo do TCU, na maioria dos hospitais,
as emergências estão sempre superlotadas, sempre.


Uma médica, de folga, 

veio acompanhar um tio doente,
 quando viu a situação, decidiu trabalhar.


Médica: Está faltando médico. 
E familiar me ajudando a fazer o procedimento.
Familiar me ajudando como um técnico auxiliar de enfermagem
 porque não tinha ninguém para me ajudar.
Fantástico: Como senhora se sente?
Médica: Desesperada pelos pacientes, porque eles são os que mais sofrem.



A falta de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem é um problema crônico. Em 81% dos hospitais visitados pelo TCU, os administradores reconheceram que há menos profissionais do que seria necessário para atender a todos os pacientes que procuram atendimento.


UTI sem médicos
A UTI do maior hospital de Cuiabá chega a funcionar sem médicos.
Vamos repetir:
uma unidade de tratamento intensivo funciona sem médicos.


São vários plantões em que não há medico na UTI.
 É como estar num avião sem piloto”, disse.


Amarildo


O pediatra apresentou um atestado médico para não trabalhar
 e não havia substituto para cuidar da criança.

“Eu chorei mesmo, 
me ajoelhei nos pés dele chorando,
 pedindo ajuda. 
‘Ajuda uma mãe que está angustiada,
porque meu filho está morrendo ali fora
e vocês não querem me ajudar’”,
desabafa a mãe de Ismael.




Segundo o Tribunal de Contas da União,
na maioria dos estados,
 há menos leitos do que seria necessário.
E para piorar,
 entre janeiro de 2011 e agosto do ano passado,
a rede pública de saúde perdeu 11.576 leitos,
são doze leitos fechados por dia,
 ou um a cada duas horas! 


Médico: Aqui tinha como ser mais dois leitos, aí serve de depósito.
Fantástico: Por que, cara? Por que isso?
Médico: Porque não tem funcionário. 

Não tem funcionário, não tem cabo, não tem monitor, 
só tem o espaço físico mas não tem o leito em si de UTI. 
Não tem técnico de enfermagem suficiente para tomar conta.
 Aqui seria outro também. 
Outro leito. Outro espaço.
Fantástico: E não funciona?
Médico: Não.



Quando o hospital não tem condições 
de operar todos que precisam,
 os pacientes se acumulam nas salas e nos corredores, 
à espera de uma vaga.
Homens e mulheres dividem o mesmo espaço.


Fantástico: Quanto tempo tem que o senhor está aqui?
Paciente: Está com 11 dias.
Fantástico: Onze dias? No corredor?
Paciente: No corredor.



Ivan Cabral

Falta equipamentos no maior hospital de Salvador
Fantástico: E qual exame ele tá precisando?
Homem: Ressonância magnética
Fantástico: Ele tem o quê?
Mulher: Hemorragia cerebral.


Em 85% dos hospitais visitados pelo TCU,
os administradores disseram que a estrutura física das unidades não era adequada.
 E em 77% dos hospitais falta algum tipo de equipamento.
 Em 23%, eles não foram instalados e muitas vezes ficam encaixotados no corredor, como no hospital Clériston Andrade, em Feira de Santana, na Bahia.

A secretaria estadual de saúde da Bahia diz que começou o processo de licitação da sala, mas ainda não tem previsão de quando o aparelho novo vai começar a funcionar.


Sinfrônio


“Nós temos dois pacientes internados com endocardite grave
 e não temos nenhum antibiótico
de escolha pra tratar esse tipo de infecção”.


O Conselho Federal de Medicina diz que para salvar os pacientes,
 o principal é melhorar muito a administração da saúde pública.


“Mais saúde depende de maior financiamento, melhor gestão administrativa, mais capacitados médicos e um bom sistema nacional de controle e avaliação.

Infelizmente, 
a vontade política ainda não foi suficiente
 para a implementação desses parâmetros 
fundamentais à mais saúde”,
 disse o vice-presidente do CFM, Carlos Vital.


Arte de Guto Cassiano


O TCU enviou o relatório ao Ministério da Saúde
 e a vários outros órgãos públicos. 

150 milhões de brasileiros dependem
exclusivamente do SUS para cuidar da saúde.