domingo, 21 de agosto de 2011

Artigo nº 100, de André Carvalho, aqui no Pilordia!

Por André Carvalho  (*)      
                                                   
Em 08 de agosto de 2011

VATICÍNIO E AGOURO
O vaticínio jamais esteve dentre os meus dons, se é que eles existem, nem é prática especulativa na minha vida, o que a torna, ela, a vida, mais amena se comparada a outras, cujos titulares exercem o dom ou hábito de prenunciar algo. Digo assim, mais amena, por acreditar na existência de uma estreita relação entre o vaticínio e o agouro, crença reforçada por verbetes encontrados no imprescindível dicionário Aurélio. Desde pequeno escuto dizer que agouro é coisa do mau, o que me deixou gravada a certeza de que o “demo” está sempre presente quando prenunciamos, vaticinamos, pressagiamos ou prognosticamos algo, mesmo que pensando num bem.

Neste universo, assistir aos seres humanos conjeturando sobre os enredos da vida deve ser o maior divertimento do demônio, quem sabe, sua atividade mais ardilosa em benefício do bel prazer. Você já percebeu que as grandes fofocas – aquelas que arrasam reputações – por mais que apoiadas em verdades descobertas ou redescobertas, trazem em si uma carga considerável de suposições, hipóteses, aventamentos e prognósticos? Prognóstico do tipo “agora lenhou”, para não usar da terceira pessoa do pretérito perfeito daquele verbo chulo, de segunda conjugação, iniciado por “f“.

O pior é que sem querer e mesmo agindo com o máximo cuidado, todos nós, os escribas, os pessimistas e, majoritariamente, os ignorantes, acabamos por prognosticar, aqui e ali, como se estivéssemos apenas emitindo uma reles opinião. Neste sem querer a coisa acaba indo longe. Exemplo característico e recente ocorreu com a queda de um helicóptero no sul da Bahia. Um caso verídico que gerou suposições sobre o passado e o futuro do Governador do Estado do Rio de Janeiro.

Uma fofoca dos diabos!!!

Eu mesmo, reconhecendo-me agora dentre uma das três categorias citadas acima – escriba, pessimista ou ignorante – conjeturei sobre a morte política do eminente governador, sem sequer perceber que, no Brasil de hoje, algo semelhante jamais acontecerá. Mais um vaticínio besta, daqueles que alegra o capeta mesmo entristecendo toda a nação brasileira. Toda a nação brasileira também não: outro aventamento besta! Entristecendo, na verdade, uma pequeníssima parcela dos cidadãos de bem, nascidos neste país.

Entretanto, e é exatamente aí que desejo chegar, em artigo datado de 15 de junho passado, comentei sobre a beleza das trocas ministeriais – Hoffman no lugar de Palocci e Ideli no lugar de Luis Sérgio – e, por extensão, pressagiei a possibilidade de termos um governo “boliche”, com a derrubada de um “pino” após o outro. Finalizei o texto me dizendo curioso com a bola da vez.

Não demorou muito e a queda de dezessete ou dezoito “pinos” do Ministério dos Transportes matou minha curiosidade mostrando que, pela primeira vez na vida, mesmo sem o dom e sem o hábito, prognostiquei algo crível. Temos, indubitavelmente, um governo boliche!!!

Preferiria acertar a “mega sena”. Paciência!

Em se tratando do governo Dilma da Silva, acabo por acreditar que o demônio está de parceria comigo. Senão vejamos: semana passada, como previ, mais um “pino” graúdo foi para o beleléu! Caiu o Ministro da Defesa, professor doutor Nelson Jobim e em seu lugar assumiu o “espetado” Celso Amorim. Jobim por Amorim é uma das piores rimas que a maltratada língua portuguesa possibilita, além de ser uma das mais ignóbeis trocas que a nação brasileira suportará. Novamente, haja paciência.

Posso até vaticinar bem, mas Amorim na Defesa não é agouro meu, é coisa do capeta. E como boliche combina com cerveja, com tantos “strikes” corro o risco de me embriagar.


Neste espaço André Carvalho estreou em 25 de setembro de 2007, e sabem qual foi o título? TREM BALA. Quem quiser reler basta clicar  aqui . E para os outros 98 artigos, basta clicar em seu nome, na seção Articulistas.

(*) André Carvalho não é jornalista, é "apenas" um cidadão que observa as coisas do dia-a-dia. Um free lancer. Ou segundo sua própria definição: um escrevinhador. Seus sempre saborosos textos circulam pela web via e-mails.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

A dor da traição!


Como diria o Magri:
cachorro também é ser humano!

Então, quando a "dor de corno" ataca os neurônios...
DAS DUAS UMA...

Ou entrega-se 'a bebida...


... ou ao suicídio!



Propaganda dos Pneus Brigestone

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

André Carvalho, parcos comentárrios...



   

Por André Carvalho (*)
Em 18 de julho de 2011

PARCOS COMENTÁRIOS
Assunto não me falta: corrupção quilométrica no Ministério dos Transportes e adjacências; sigilo nas licitações e contratos das obras da Copa do Mundo de maneira a facilitar, mais que qualquer outra circunstância, o superfaturamento; aeroportos, quem diria, privatizados por um governo petista sindical; empreiteiros fugindo dos trinta bilhões do trem bala como os anjos fogem do diabo e a seleção de Mano Meneses jogando pedra nos santos e nos orixás.
Indo de encontro ao senso comum, o macabro que lhes escreve opta por conversar sobre mortes. Não aquelas de concidadãos comuns, ocorridas nas filas dos hospitais, nos desmoronamentos e enchentes, por balas perdidas ou disparadas por homicidas, por drogas ou suicídio. Estas, somadas, acontecem aos milhares e não mais acarretam a preocupação do poder público ou do público despudorado.

Quero comentar sobre três ocorrências pontuais, nem todas, contudo, objeto de morte física.

A primeira delas, o passamento do ex-ministro Paulo Renato de Souza, exige comparações porque traz a baila o resultado de seus oito anos à frente do Ministério da Educação, em comparação aos quase nove anos de gestão do Partido dos Trabalhadores na mesma pasta. Migramos da implantação do FUNDEF por Paulo Renato para a implantação do KIT GAY do Fernando Haddad; da implantação do ENEM para a incapacidade de sua correta e lícita aplicação, sem falar da mobilização trazida pelo programa bolsa escola versus o incentivo para o nois pode e nois vai. Paulo Renato morreu ainda jovem, vítima de um ataque cardíaco, o que até faz sentido, posto ser, o desgosto, axioma mortal.

O falecimento de Itamar Franco, segunda das minhas ocorrências, requer outra espécie de análise. Numa geração de grandes corruptos e bandidos poderosos, o ex-presidente da república pousou de anjo. É verdade que nada se questiona sobre desvios de conduta, quando o assunto é dinheiro. Porém, isso não é tudo! Será que o falecido foi mesmo o cidadão íntegro que tanto se propaga? O que pensa o Senador Collor sobre a atuação do Franco por ocasião de seu processo de impeachment? Será que o presidente afastado acha que seu vice foi um exemplo de ética e solidariedade ou, a boca pequena, conspirou para o desfecho que todos conhecemos?

Anos após deixar a Presidência da Republica o político mineiro tentou, desesperadamente, atribuir a si todo o sucesso do Plano Real. Chegou a declarar que Fernando Henrique Cardoso não existiria sem ele, Itamar. Não seria o inverso? Quem reuniu e comandou a equipe de grandes economistas que desenhou e implantou o Plano Real? Sem a estabilização econômica, o que teria sido o Governo de Itamar Franco? Perguntar não ofende!

A terceira das ocorrências a que me reporto, aconteceu ao sul do Estado da Bahia, lá pelas bandas de Porto Seguro e Trancoso, terra de gente bonita, rica e poderosa, mas, nem sempre, acima de quaisquer suspeitas ou vicissitudes.

Apesar das sete vítimas fatais na queda de um helicóptero que voava a sorrelfa, a morte do Governador do Rio de Janeiro, Sr. Sergio Cabral, merece incontidas comemorações. Não estranhe a morte do governador: ela ocorreu sim! Não a morte do corpo físico, aquela que costumamos chorar. O que morreu foi sua alma! Sua alma política! Suja, leviana, desonesta, marcada por acordos espúrios com empreiteiros e engalanada por uma riqueza infame.

A alma política de Sérgio Cabral poderá ressuscitar como já ocorreu com as almas de Delúbio, Genoino, João Paulo e companhia ilimitada. Todavia, ao ressuscitar da alma, o corpo físico de Cabral não terá mais aquela imagem pura do Arcanjo Gabriel. Certamente Cabral voltará com traços do demônio Sarney, outro que teve a morte de sua alma política festejada e que o todo poderoso Lula, necessitado de discípulos fiéis, ressuscitou.

Benza Deus.

(*) André Carvalho não é jornalista, é "apenas" um cidadão que observa as coisas do dia-a-dia. Um free lancer. Ou segundo sua própria definição: um escrevinhador. Seus sempre saborosos textos circulam pela web via e-mails.

Foto que pode provocar uma guerra

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