sexta-feira, 30 de maio de 2014

Dilma Rousseff e o pileque, em Lisboa

Por Maria Helena RR de Sousa.
Publicado no blog do Noblat em 27JAN2014.
Imagens recebidas, hoje, por e-mail.

'Lisboa e Tejo e tudo',

O título é do poema Lisboa Revisited (1926, Álvaro de Campos (Fernando Pessoa).

- "Como é possível que uma senhora que já não é mais criança, ocupante do mais alto cargo de uma Nação cheia de problemas, se comporte como uma Maria-Chuteira que não sabe mais nem em quê gastar pois a conta quem paga não é ela apesar dessa Senhora depois ter vindo a público dizer que foi ela quem pagou a conta. Pode até ser mas o dinheiro não saiu de sua conta corrente, com certeza não saiu.
 
 

À menina que sai da periferia de qualquer de nossas cidades e vai parar em Barcelona ou Madrid e fica extasiada com as purpurinas de sua nova vida, dá-se um desconto: é natural que queira pavonear-se para os da sua turma.

Mas dona Dilma ir se exibir em Lisboa e nos fazer passar pelo vexame de mostrar que no fundo ainda somos os mesmos tupinambás boquiabertos com os espelhos e as miçangas?

Será que ela porventura acha que os grandes empresários do mundo não vão pôr num prato da balança a estadista e seu discurso em Davos e no outro a deslumbrada sem limites?
 



Será que ela por um átimo de segundo achou que esse piquenique às margens do Tejo ia passar despercebido e que não ia ser comparado com o rastilho de pólvora que começa a unir nossas cidades?

Eu mesma respondo. Acho que ela está convencida que nós, os trouxas absolutos, não faremos nada e que ela, retroalimentada pelo PT e seu dono, seu Guru, pode mesmo tudo e que nada de mau lhe acontecerá, a não ser a reeleição e aí...
 


Bem, aí entra a Carta do Leitor de O Globo, que copio abaixo:

- 'Estou cansado de ver oportunistas manipularem pessoas, usando a religião e a política para ganhar dinheiro fácil e poder. De ver tantas mortes e acidentes em estradas esburacadas, perigosas e mal conservadas. De ver políticos jogando pretos contra brancos, empregados contra patrões, pobres contra ricos, incentivando o preconceito e botando lenha na fogueira da luta de classes. De ver ministérios inúteis, criados para acomodar companheiros, no esquema do toma lá dá cá. Estou cansado da carga tributária de 37,5% do PIB, uma das mais altas do mundo, com quase nenhum retorno. De ter medo de sair à rua, apavorado com bala perdida, assalto e arrastões. Do trânsito e do transporte público sempre infernais. De ver políticos e governantes zombarem da nossa inteligência. Da educação cada vez mais desvalorizada. Estou cansado de muitas coisas, mas, principalmente, de ver a mediocridade tomando conta do país. Rubem Paes, Niterói, RJ'.

É carta que seria assinada por mim e por muita e muita gente. Perfeita. E com o timbre da Verdade.

Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa, professora e tradutora, escreve semanalmente para o Blog do Noblat desde agosto de 2005.