sexta-feira, 25 de março de 2011

A casa que é uma igreja


Coleção Casas Singulares
Uma família na Inglaterra comprou uma igreja por 92 mil libras e investiu 300 mil libras na reforma. Agora, vejam as fotos e me digam: essa tranquilidade tem preço?


A cama está colocada sobre o antigo altar.



Colaboração da Sara, por e-mail.

Postado em 10.11.2009

quarta-feira, 23 de março de 2011

Especial Déjà vu - "Apagão didático"

Este artigo de André Carvalho foi postado neste blog em 21 de fevereiro de 2009. Em vista dos recentes, e diários, apagões de energia elétrica que Salvador, esta bela mas mal administrada cidade, vem sofrendo regularmente com qualquer ameaça de chuva no horizonte - e as águas de março mal deram o ar de sua graça - resolvi republicá-lo. Continua pertinente.

XXX



 Por André Carvalho (*)
btreina@yahoo.com.br



Apagão didático
O recente ”apagão” que atingiu mais de oitenta milhões de pessoas em dezoito estados brasileiros confirma a máxima do “aqui se faz, aqui se paga” expondo de forma didática como o feitiço pode virar contra o feiticeiro, mesmo sendo este um candidato a deus.


ique

Em 2001, durante o governo Fernando Henrique, a ausência de chuva nas cabeceiras dos rios secou os reservatórios das hidrelétricas e, como consequência, tivemos uma crise energética de grande monta. A partir daí a questão recebeu um tratamento específico, reconhecido como competente por quem entende do assunto, com o redesenho, inclusive, da nossa matriz energética.

A falta de chuva, circunstância que foge ao controle do homem foi desconsiderada pelo Partido dos Trabalhadores e por seu candidato na campanha de 2002, os quais, cinicamente, depositaram sobre os ombros do governo e do candidato situacionista a responsabilidade pela crise e ponto final. A campanha que elegeu Lula também “gravou” no candidato José Serra a marca de ministro da dengue.

Agora, a rebordosa veio com força, pois jamais o mosquito esteve tão ativo, transformando o Lula, este sim, no “presidente da dengue e do apagão”. Só não podemos falar abertamente porque com os deuses não se brinca. Veja o caso do Caetano Veloso, alvo de patrulhamento por dizer verdades sobre o analfabetismo e a grosseria do “cara”.

Há menos de três meses, dona Dilma, ex titular de Minas e Energia, e agora candidata petista, afirmou não haver possibilidade de blecaute. Para quem pleiteia o cetro, uma bobagem ímpar, até porque se sabia, naquela data, que “apagões” estavam ocorrendo de norte a sul e já ultrapassavam os cinquenta no ano. Isso com chuvas abundantes e termoelétricas em regime de “stand by”. Cabe perguntar: incompetência ou enganação? Como devemos tratá-la durante a campanha? Ministra do apagão ou ministra apagada?

Depois apareceu o Presidente dizendo que estávamos (seu governo) na fase do achismo em relação ao apagão. Com os reservatórios cheios, Inácio da Silva buscava ganhar tempo para entabular uma desculpa convincente que descaracterizasse a incompetência. Caso ainda exista, sua consciência deve estar pesadíssima.

Para fechar a ópera bufa em palco sombrio o Ministro Lobão declarou que o blecaute até que foi bom porque evitou um acidente maior. Lobão deve achar que somos chapeuzinhos vermelhos para acreditar em suas malandragens. Que nariz grande, que orelhas tortas, que olhos míopes, que boca enorme a dizer tolices. No entendimento dele um mal menor a evitar outro maior, no meu, um desentendido a proferir uma grande bobagem. Vá ser estúpido assim no raio que o apague Ministro...

Lula sempre acha que tem absoluta convicção de alguma coisa e tome blá, blá, blá. Na verdade são sete anos de achismo, o que desvirtua o debate sério das questões nacionais. Para a maioria do eleitor brasileiro, questões didáticas são de somenos importância e tendem muito mais para o enfadonho e desinteressante do que para o esclarecedor. Pão, circo, e mais recentemente, uma bolsa ou uma cota, preenchem o universo cognitivo de parte significativa da população.

Haja apagão!!!

(*) André Carvalho não é jornalista, é "apenas" um cidadão que observa as coisas do dia-a-dia. Um free lancer. Ou segundo sua própria definição: um escrevinhador. Seus sempre saborosos textos circulam pela web via e-mails.

terça-feira, 22 de março de 2011

Especial Déjà vu - Está no mapa!

Como sair de Repente para Kagar!

e se não deu tempo suficiente, Kagarsee está ali do lado, lave-se...

Colaboração por e-mail, de nosso cartógrafo oficial Maialli.com

O que ele não disse é que as cidades de Repente e Kagar, ficam na Alemanha e provavelmente foram colonizadas por alguns brasileiros sacanas! Possivelmente aparentados dos outros brasileiros que colonizaram Boston e Chicago, nos States!




Em tempo: O percurso a pé para Kagar, saindo de Repente, é extremamente aprazível e demora quase duas horas e meia, como informa o Google Earth, de carro, cerca de 20 minutos. Para esta informação adicional obtive ajuda do Milton Ribeiro



Postado primeiramente em 11.02.2010

segunda-feira, 21 de março de 2011

Ecos do carnaval

Vou não, quero não, posso não...

Por André Carvalho (*)
em 110de março de 2011
btreina@yahoo.com.br




CHAVES DA CIDADE
Estou decepcionado com o resultado de meu árduo trabalho, durante o carnaval, em busca de adesões a um abaixo assinado. Apesar do empenho não cheguei a trinta signatários, número insuficiente e ridículo, face a importância da causa. Muitos viajaram, outros, alcoolizados, não entenderam a proposta e os descrentes, em número avantajado, argumentaram: “isso não vai dar em nada”.

Não coube alternativa senão me desabafar com você, caro leitor, que faz parte de um grupo restritíssimo avaliado em quinze companheiros. Companheiro não, que é coisa de petista. Camaradas! Não, não, camarada é coisa de comunista. Paciente! Isso, paciente, porque é preciso “sangue de Jó” para chegar até aqui lendo toda esta lengalenga.

Está bem, vamos ao que interessa. Risonho, sem que se saiba o porquê, o Prefeito de Salvador marcou presença na abertura oficial do carnaval da cidade, evento que já teve seus dias de glória em que se cantava Chiquinha Gonzaga: “ó abre alas que eu quero passar, ó abre alas que eu quero passar, eu sou da lira não posso negar, eu sou da lira não posso negar”. Neste ano, para o alcaide soteropolitano, bem que caberia um “vou não, quero não, posso não, minha mulher não deixa não, vou não, quero não”.

Silenciando as más línguas e desconsiderando letras de músicas, João compareceu, choramingou e entregou as chaves da cidade ao rei momo, um cidadão dotado de portentosos cento e oito quilos, simpaticíssimo e que se declarou emocionado com tudo aquilo (desculpe o trocadilho a quilo). Ao seu lado, a rainha do carnaval, acompanhada por duas belas princesas.

A idéia do abaixo assinado nasceu aí, na entrega das chaves. Com o rabisco da maioria da população, o momo de 2011 não devolveria as chaves ao fim seu reinado e continuaria no comando da cidade, coisa que o Prefeito, em seis anos de praça, jamais conseguiu.
Fiquei convencido da pertinência do comando de Salvador em mãos carnavalescas após saber que o Secretário de Turismo do Estado Sr. Domingos Leonelli – um político com nome de padre e ideias de Berlusconi – comentou estatísticas anteriores e atuais sobre o quantitativo de turistas durante o evento. Na oportunidade – e político vive de oportunidades – Domingos declarou que nem que se fizesse a maior suruba (sic) do mundo, conseguiríamos reunir um milhão de turistas como propagaram os governos anteriores, todos, dirigidos por seus desafetos.

Com Marta Suplicy, Pedro Novais e Domingos Leonelli à frente do turismo brasileiro não há como reclamar dos agentes internacionais que nos vendem – o país e seu povo – como paraíso do turismo sexual.
Não entendo de suruba (sic) e jamais participei de alguma, mas uma coisa é certa: com João Henrique prefeito, jamais promoveremos um bacanal capaz de comprovar o entendimento estatístico do Senhor Secretário. “Vou não, quero não, posso não, minha mulher não deixa não, vou não, quero não”... Confesso-me curioso em saber a opinião da mulher do secretário, do rei momo, da rainha e de suas princesas. A de João, creio que sei!

No carnaval do Rio de Janeiro, tão invejado por políticos baianos, canta-se uma marchinha composta por Mirabeau, Milton Oliveira e Urgel de Castro, que veste bem nosso turístico dirigente. Diz assim:

Chegou, a turma do funil
Todo mundo bebe mas ninguém dorme no ponto
Há há há há, mas ninguém dorme no ponto
Nós é que bebemos e eles que ficam tontos.

Engov não cura bebedeira, mas alivia a ressaca secretário...

quinta-feira, 17 de março de 2011

Porque não há (havia) alagamentos em Tóquio?

Esse post foi feito dias antes do terremoto no Japão. Inicialmente decidir suspender mas repensei e resolvi postar para mais uma vez comprovar a competência da engenharia japonesa.



Colaboração de Carlos Michelli

Anualmente uns 25 tufões assolam o território japonês. Desses, dois ou três atingem Tóquio em cheio, com chuvas fortíssimas durantre várias horas ou até um dia inteiro. Mas nem por isso ocorrem enchentes ou alagamentos na cidade.



O subsolo de Tóquio alberga uma fantástica infraestrutura cujo aspecto se assemelha ao cenário de um jogo de computador ou a um templo de uma civilização remota. Cinco poços de 32 m de diâmetro por 65 m de profundidade interligados por 64 Km de túneis formam um colossal sistema de drenagem de águas pluviais destinado a impedir a inundação da cidade durante a época das chuvas.




A dimensão deste complexo subterrâneo desafia toda a imaginação. É uma obra de engenharia sofisticadíssima realizada em betão, situada 50 m abaixo do solo, fato extraordinário num país constantemente sujeito a abalos sísmicos e onde quase todas as infraestruturas são aéreas.



A sua função é não apenas acumular as águas pluviais como também evacuá-las em direção a um rio, caso seja necessário. Para isso dispõe de 14.000 HP de turbinas capazes de bombear cerca de 200 t de água por segundo para o exterior.

Seriedade e comprometimento na administração pública, sem dúvida, geram bons resultados.

Giselle!

Amigos pilordianos, há alguns dias estava com os amigos na visgueira - barzinho sem grandes atrações mas que os frequentadores não deixam de ir - relembrando o que líamos quando éramos adolescentes.

De minha parte  gostava especialmente de três - Asterix, Tex (faroeste) e lembrei-me de Giselle, a espiã nua que abalou Paris

Era uma série em livro de bolso, lançada com muito sucesso pela Editora Monterrey no final da década de 60, e relançada várias vezes depois, algumas delas em um único volume.



A capa! Ah, a capa! trazia sempre um desenho de uma mulher em formas voluptuosas que enchia-me os olhos e a imaginação...

A saga emocionante narrava as aventuras da corajosa e bela francesa Giselle Montfort  lutando pela resistência, na segunda Guerra Mundial, contra os nazistas.

Ela usava – além da astúcia - o seu corpo espetacular para seduzir e aniquilar os oficiais alemães.



Algumas vezes inoculava uma capsula de veneno mortal na própria vagina, o que causava uma terrível morte instantânea nos taradões germânicos.

Giselle morreu no último capítulo. Foi fuzilada nua, gritando "Vive la France !"
 
Recentemente, ao ler Cobras Criadas do jornalista Luiz Maklouf Carvalho vim a saber que era o David Nasser quem escrevia as histórias e o besta aqui achava que era uma tradução de algum romance frances.

Hoje eu rio da enganação. Mas na época eu nunca que acreditaria que a minha "musa"  era fruto da imaginação de um brasileiro sacana pois minha adolescência "latente" de imaginação não permitiria.

As fotos das capas tirei do avenida copacabana

Post originalmente publicado em 12.03.2010

Ela = Shayene Cesário

E deus criou a mulher

O susto do dia!

Nova geração olímpica!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Formiga morta tem cheiro?

Pergunta bizarra essa, né não? Nem questiono se o cheiro seria ruim ou não, apenas se tem? O que voces, pilordianos, acham?

Vamos a aula de zoologia:

Quando uma formiga morre leva aproximadamente 48 horas até que um companheiro pega o cadáver, a carrega e a transporta para o formigueiro. Nenhuma formiga morta permanece abandonada.




Por muitos anos, os biólogos sabem que as formigas são recicladores consumados e armazenam os corpos daqueles que morreram em um recipiente especial, onde se decompõem e geram nitrogênio para a comunidade.

Mas como as formigas reconhecem seus companheiros mortos?

O entomologista (quem estuda insetos)  americano Edward O. Wilson percebeu esse fato ao estudar a comunicação desses insetos. Como ele diz, ele pensou que as formigas emitiam um sinal tipo "estou morto", e que outros colegas de trabalho cuidariam das formalidades do "funeral".

Mas o segredo foi a descoberta do ácido oléico.

Após as primeiras 48 horas, o corpo da formiga morta começa a expulsar esta substância, o ácido oélico,  até que o resto da comunidade detecte e inicie os esforços de recuperação do corpo.

O sinal químico é tão poderoso que quando Wilson derramou ácido em uma formiga viva, seus próprios colegas de classe a pegaram e a carregaram até o "cemitério"  apesar de suas tentativas de oposição.



O mecanismo que o ácido oélico "liga"  faz com que as formigas ajam de forma cega e obstinada independente se for uma outra formiga morta ou outra coisa qualquer, como um bastão ou outro objeto que seja pulverizado com a substãncia.

A primeira formiga que passar pelo local vai pegá-lo em suas mandíbulas e tentar levar o "corpo" em velocidade máxima, sem se perguntar se aquilo é um corpo de outra formiga, ou não.

Então, já sabe a resposta?
 
libro

Post originalmente publicado em 16.03.2010

Honestidade acima de tudo!