Por Hardy Guedes.
Transcrito do ótimo Besta Fubana
Pânico generalizado
O recente episódio ocorrido numa delegacia de polícia em S. Paulo, quando um médico, que ali e encontrava para registrar um boletim de ocorrência por conta de um acidente de trânsito, foi morto, demonstra inequivocamente o grau de pânico generalizado em que o país está mergulhado.
O recente episódio ocorrido numa delegacia de polícia em S. Paulo, quando um médico, que ali e encontrava para registrar um boletim de ocorrência por conta de um acidente de trânsito, foi morto, demonstra inequivocamente o grau de pânico generalizado em que o país está mergulhado.
Segundo o delegado encarregado do caso, os policiais cometeram um erro de interpretação. Na hora em que o médico ali se encontrava, um policial militar que tentava escapar de um ataque de bandidos, procurou abrigo na delegacia. A chegada repentina desse policiai fez com que as pessoas que registravam queixas corressem para o interior da delegacia para se proteger. Um agente policial pensando que eram bandidos invadindo a delegacia, sacou da arma e atirou contra os cidadãos, provocando o caos, já que o investigador também atirou no agente.
Obviamente, que a primeira coisa que nos passa pela cabeça é o despreparo desses policiais que sacaram das armas e atiraram a esmo. Mas não deixa, ao mesmo tempo, de ser um reflexo dos tempos sem lei e sem ordem em que vivemos. Foi-se o tempo em que os marginais temiam a polícia. Hoje, em lugar de temê-la, eles a enfrentam. Não têm sido raros os ataques a delegacias, UPPs e outros.
Obviamente, que a primeira coisa que nos passa pela cabeça é o despreparo desses policiais que sacaram das armas e atiraram a esmo. Mas não deixa, ao mesmo tempo, de ser um reflexo dos tempos sem lei e sem ordem em que vivemos. Foi-se o tempo em que os marginais temiam a polícia. Hoje, em lugar de temê-la, eles a enfrentam. Não têm sido raros os ataques a delegacias, UPPs e outros.
E as armas dos bandidos têm, via de regra, mais poder de fogo que as dos policiais sequer podem andar fardados. Uma vez descoberta a sua profissão, eles e suas próprias famílias passam a ser alvo de ataques de criminosos.
Como diz o ditado: “quem tem cu, tem medo”, esse pânico generalizado há muito tempo domina a nossa sociedade, incluindo-se os que têm a incumbência de nos defender.
Ganhar um salário baixo, correndo risco constante de vida, para defender uma sociedade descontrolada, mal governada e com uma justiça ineficiente que deixa à solta marginais de alta periculosidade e passa a mão na cabeça de menores infratores, não deve ser nada estimulante.
É uma profissão para poucos que talvez já não a procurem por vocação, mas por necessidade de ter alguma renda para garantir a sua sobrevivência e a dos seus.
Enquanto isso e por conta disso, o cidadão comum evita sair às ruas para não ser assaltado, o que pode ocorrer a qualquer hora do dia.
Essa é a situação caótica na qual se encontra a Nação e expõe a fragilidade dos números com os quais o governo federal tenta iludir a nação e o mundo, sobre distribuição de renda e desemprego.
Nas nações onde a Justiça é ágil e onde a situação econômica da população é, realmente, boa e os cidadãos têm educação compatível, os índices de criminalidade só decrescem.
Aqui, os números divulgados não correspondem à realidade e são apresentados de forma distorcida numa tentativa de se mostrar uma mágica que não convence. A mais recente pesquisa do IBGE aponta para 92 milhões de empregados, corresponde a 57% das pessoas em idade de trabalhar.
O governo, no entanto, tenta nos dizer que somente 4% estão desempregados, já que representam o número dos que, efetivamente, estão procurando emprego, ou 6 milhões de pessoas. Os que não trabalham e não estão procurando emprego são somente 62 milhões de pessoas.
Estão todos coçando o saco, recebendo bolsa-família ou desanimados? Estão todos ricos, a ponto de não precisarem mais de emprego, ou estão caindo na marginalidade, no subemprego… ?
Pode uma Nação que precisa crescer prescindir de tamanha força de trabalho? Quanta riqueza deixamos de produzir?
Há muito de podre no reino da Dilmamarca!
Pode uma Nação que precisa crescer prescindir de tamanha força de trabalho? Quanta riqueza deixamos de produzir?
Há muito de podre no reino da Dilmamarca!