quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Os jovens de Santa Maria


Por Antônio Sérgio Altieri de Moraes Pitombo (*)
Transcrito do Migalhas

Qual Brasil?
Faz dois dias que não durmo. Leio sobre cada detalhe do incêndio em Santa Maria. Vejo todas as fotos. Procuro vídeos para conhecer a causalidade dos fatos. Observo o sofrimento dos pais. Quero conhecer os rostos dos que morreram. Deparo com imagens dos corpos. Vem uma dor de quem não pode ver o acontecimento, sem se colocar no lugar da vítima, do parente, ou do amigo.

arte de Simanca


Presenciei as consequências de muitas tragédias, como advogado. Muitas vezes, visitei locais de acidente. Infelizmente, em detrimento ao encanto com a vida, na memória, guardei cenas de crime e de mortos em estado incompatível com a beleza que compõe a integridade física do ser humano. 

Não acho que envelheci tanto, nem me parece a desculpa da paternidade suficiente para justificar minha insônia e esse sofrimento que não me abandona. Esse amargo no céu da boca, de quem se sente inconformado. Também, não perdi a fé, a esperança no porvir em outra dimensão. 

Na realidade, algumas percepções ordinárias me torturam e me obrigam a desabafar, sem qualquer outra intenção a não ser de falar com outros apaixonados por este país. 

Sabemos todos que, em diversas atividades corriqueiras, há negligência. Assistimos desatenção de profissionais, quebra de deveres de cuidado, omissão na conservação de equipamentos, incapacidade técnica de operadores de máquinas, desrespeito a regras administrativas, desconsideração a experiências negativas que tornam reincidentes ocorrências mais do que previsíveis. 

Também, sabemos que são, as prefeituras, uma fonte inesgotável de corrupção. Há cancros em diversos setores da administração pública das cidades, sendo evidente que a fiscalização de posturas municipais apresenta-se maneira de arrecadação indevida, sob a desculpa de que seria necessária para fins de campanha e de ideais de partido - pouco importa qual, ou a ideologia. 

Aqui e ali, pessoas acabam por admitir que não conseguem se livrar das exigências desses funcionários públicos e sucumbem ao ilícito, até mesmo porque o Judiciário não lhes dá proteção para continuar os negócios e enfrentar o poder da localidade num campo de batalha justo, com prazo e custo razoáveis.

Portanto, o ocorrer dessa tragédia não advém de uma causalidade nova, ou mesmo desconhecida. Mostram-se concausas que conhecemos – conhecemos, porque presenciamos outras similares no nosso bairro, no nosso condomínio, em estabelecimentos nos quais adentramos, os mais variados, ontem e hoje. 

Confessemos: o brasileiro - desde o café da manhã na padaria da esquina ao jantar no novíssimo restaurante, inaugurado em região imprópria para tal fim, sem alvará de funcionamento, sem respeito à legislação sanitária – convive, com complacência, com a ilicitude e se autodesculpa, pois a considera pequena perante outras vicissitudes do país. 

Fingimos compreender a iniciativa privada e as mazelas do município, num caldo de que assim as coisas são, por origem, por história, por herança jurídica até. Voltamos a Cabral, ou mais generosos, blasfemamos sobre 1808 com a chegada de D. Joao VI et caterva. 

Nessa linha do corriqueiro, esperamos o óbvio das notícias desses próximos dias. Mais manifestações emocionadas de autoridades do Executivo. Vereadores, deputados e senadores céleres na apresentação de projetos de lei em pretensa resposta ao que aconteceu. Judiciário eficaz no esquartejamento midiático dos novos bodes expiatórios - e, nesse ponto, não estou a defender quem quer que seja responsável pelo crime. 

O tempo vai passar. O assunto há de caminhar ao esquecimento. Isso pode ser logo, inclusive. Vivemos na era digital, da internet e do e-mail, temos de ser rápidos. Mensagens curtas. Essa juventude dos que morreram consome os fatos, o fast food os tornou devoradores do fast thought. Eu sei. 

Desculpe, não consigo dormir. Esse Brasil não faz parte do sonho. Não consigo dormir, sem me sentir culpado por não ser mais intransigente com o descuido dos particulares, bem como com a desídia do poder público. Não consigo dormir, pois me sinto culpado pelo país que permitiu o incêndio em Santa Maria. 

Eu e você, de certo modo, matamos esses jovens por omissão. Não consigo mais dormir.
__________
* Antônio Sérgio Altieri de Moraes Pitombo é advogado do escritório Moraes Pitombo Advogados, é mestre e doutor na USP

Falou e disse

"A verdadeira inclusão digital
é o exame de próstata."

por e-mail

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Rotatória para pedestres

Eliminando semáforos



 Imagens do fotógrafo Viktor Lakics

Por e-mail, de Gilvan Q.

Quando muitas vias convergem para – ou partem de – um único ponto da cidade, o trânsito costuma ficar caótico. E a melhor solução que a engenharia apresentou para o problema até hoje foi a rotatória, um recurso que permite os cruzamentos, mas não elimina a bagunça. Pior, dificulta a vida do pedestre, o último a ser notado por motoristas mais preocupados em sair ilesos da roleta.



Mas não no bairro de Pudong, em Xangai, na China. Ali, os pedestres ganharam uma rotatória só para eles: a passarela circular Lujiazui, construída do lado leste do rio Huangpu, na zona econômica e financeira da cidade, cercada por arranha-céus onde não havia nada além de terra há 15 anos.



Suspensa quase 20 metros acima da rua, a ponte permite que os pedestres passem de um lado a outro da rotatória em segurança, desde que estejam dispostos a percorrer o mesmo trajeto circular dos automóveis. De brinde, eles ainda têm a chance de assistir de camarote às confusões em que os motoristas se metem logo abaixo.



A passarela dá acesso ao edifício Oriental Pearl Tower, conectando os prédios de escritórios do centro financeiro das redondezas a áreas de lazer e compras, como shoppings e cafés.



Com 5,5 metros de largura, a ponte permite que 15 pessoas caminhem lado a lado, facilita o acesso aos transportes públicos e ainda é toda iluminada à noite, o que dá um bonito efeito à região. 




Além disso, vãos longos entre colunas também proporcionam agradáveis experiências em relação ao nível da rua, de onde se pode ver a cidade um pouco mais do alto, tornando a rotatória ideal também para passeios turísticos. Estilo Xangai.

domingo, 27 de janeiro de 2013

A Semana

Sponholz

Aroeira

Dalcio

Frank



Sinfronio

Jorge Braga


Luscar

Nani

Nani

Aroeira

Fontes - charge online

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Lula desconstruído

Por André Carvalho (*) - Em 21JAN.2013
btreina@yahoo.com.br





LULA DESCONSTRUÍDO
Confesso jamais haver imaginado que em tão curto espaço de tempo o ex-presidente Lula tivesse sua história reescrita de forma tão precisa e, por conseguinte, absolutamente inversa àquilo que, até então se soube, se pensou ou se disse a seu respeito. Os fatos, via de regra, exercem menor poder que as versões e foi sobre tal pressuposto que Inácio e seus acólitos gracejaram nos últimos dez, quinze anos.

Tal e qual um torcedor capcioso que narra aos embriagados parceiros de bar uma jogada qualquer como perigo de gol, Inácio bradou suas incompetências e desvarios como grandes conquistas a milhões de eleitores embasbacados por sua tagarelice boçal, canal de transmissão de uma ignorância ímpar e de um mugir popularesco.

Ao cunhar, quando eleito – após quatro ou cinco derrotas fragorosas – a história da herança maldita, Lula foi mais do que deselegante com o governo a que sucedeu. Grosso modo, foi desonesto com Fernando Henrique Cardoso que se pôs distante da disputa eleitoral mesmo tendo, no páreo, um amigo e correligionário.

Abancado no Palácio do Planalto e abarracado no Alvorada e na Granja do Torto, Inácio protagonizou episódios lamentáveis da nossa história recente. Enquanto a pátria era subtraída em tenebrosas transações – Chico Buarque é sempre bem vindo – Inácio dormia em berço esplêndido repetindo, monocórdio, o fajuto refrão “não sei de nada”.

Diante do fracasso retumbante do “Fome Zero”, a maior promessa de sua campanha, tomou para si os programas sociais já implantados e usurpou sorrateiramente os incalculáveis benefícios do Plano Real cuja implantação não contou com o apoio, com os votos nem mesmo com o silêncio do Partido dos Trabalhadores.

Governou para si e para os seus vendendo ilusões a um povo majoritariamente inculto e comprando consciências de bandidos engravatados e jornalistas de ocasião. Se houve, em seus dois governos, uma ilha de competência, esta se restringiu ao marketing. Mentiroso, porém convincente.

Dorival Caymmi, certo dia, cantou assim: se sabe que muda o tempo / se sabe que o tempo vira / ai, o tempo virou. Óbvio que da Silva não considerou tal hipótese. Ao contrário. Pôs-se acima de tudo e de todos satisfazendo sua psicótica vaidade e engabelando meio mundo. Não duvido que tenha debochado dos incautos “fregueses” e se vangloriado da astúcia, considerada por muitos, sinônimo de competência.

Hoje, aquele que foi o cara, que se autointitulou o melhor presidente da história do Brasil e que se imaginou um mito, esconde-se por trás de seguranças, silencia a cada questão formulada pela mídia independente e busca sustentação entre aqueles a quem beneficiou com suas trapaças, indicações e favorecimentos.

A história de Inácio se apequenará a cada instante. Apequenar-se-á a cada episódio esclarecido, a cada bravata desqualificada, a cada marmelada descoberta e a cada golpe investigado. Apequenar-se-á fortemente, não tenham dúvida, todas as vezes em que for comparado a Fernando Henrique Cardoso ou a Itamar Franco, por exemplo. Nem mesmo o sonhado retorno à Presidência da Republica será capaz de inverter a tendência, que hoje o assombra, de ter sua história revista e reescrita à luz da verdade.

Não pairam dúvidas quanto à máxima “você é o resultado de suas escolhas”. Desatento às que fez – desde o migrar para o sul maravilha até o enrosco com José Dirceu e companhia – as opções do ex-presidente geraram, por resultado, a glória rasteira e o caminho da cadeia que somente não prevalecerá por vivermos num país desonrado.

Ao Inácio da Silva nada disso importa. Afinal, falta-lhe sensibilidade para entender a hecatombe moral por que passa. Voltando a Chico Buarque: “Tem dias que a gente se sente / como quem partiu ou morreu / a gente estancou de repente ou foi mundo então que cresceu / a gente quer ter voz ativa / no nosso destino mandar / mas eis que chega roda viva e carrega destino pra lá”.

Lula, escute o companheiro Chico...

(*) André Carvalho não é jornalista, é "apenas" um cidadão que observa as coisas do dia-a-dia. Um free lancer. Ou segundo sua própria definição: um escrevinhador. Seus sempre saborosos textos circulam pela web via e-mails.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

A nova elite..., por Elio Gaspari

Por Elio Gaspari - Transcrito do Blog do Murilo
Publicado em O GLOBO em 20JAN.2013


A nova elite do Congresso do PMDB e do PT
Senadores e deputados devem refletir sobre a seleção que vem sendo escalada para dirigir o Congresso e ocupar cargos relevantes no plenário. A cúpula do Parlamento tem algo como 20 posições de destaque, que refletem a essência da liderança das duas Casas. Sempre houve casos esparsos, e graves, em que foram escolhidos parlamentares com mais prontuário que biografia. Jamais se chegou ao que se está armando agora.
Para a presidência do Senado, o favorito é Renan Calheiros (PMDB-AL). Ele já esteve nessa cadeira (ocupada pelo padre Diogo Feijó) e em 2007 renunciou porque foi revelada uma rede de relações perigosas na qual a empreiteira Mendes Júnior pagava as despesas da namorada com quem tivera uma filha. O episódio valeu à senhora a oportunidade de posar para um ensaio de J.R. Duran na revista "Playboy".


charge de Zop

Para a presidência da Câmara, já ocupada por Ulysses Guimarães, o favorito é o deputado Henrique Alves (PMDB-RN). Mantinha em sua assessoria (paga pela Viúva) o sócio da empresa Bonacci Engenharia, que recebeu R$ 6 milhões em verbas federais direcionadas para obras em 20 municípios do Rio Grande do Norte governados por correligionários. Na sede da empresa o repórter Leandro Colon encontrou o bode Galeguinho.
Para a vice-presidência da Câmara, a bancada do PT escolheu o deputado André Vargas. Há poucos dias, quando o ex-governador gaúcho Olívio Dutra disse que José Genoino deveria renunciar ao mandato, Vargas exibiu a ética do PT 2.0: "Quando ele passou pelos problemas da CPI do Jogo do Bicho, teve a compreensão de todo mundo. (...) Ele já passou por muitos problemas, né ?".
Para a liderança da bancada do PMDB de Calheiros e Alves, exercida em outros tempos por Mario Covas, o favorito é o deputado Eduardo Cunha (RJ). Começou sua carreira política durante o collorato, quando tinha o beneplácito de Paulo César Farias. Tornou-se poderoso padrinho nas Centrais Elétricas de Furnas e no seu fundo de pensão. Em 2011 fechou todos os salões do Copacabana Palace para uma festa familiar com mil convidados. Tem o apoio de Sérgio Cabral e do prefeito Eduardo Paes.


charge de Amarildo

Cunha disputa o lugar com o deputado Sandro Mabel, um dos homens mais ricos do Congresso. Acusado de ter oferecido R$ 1 milhão de luvas e R$ 30 mil de mesada a uma colega para que mudasse de partido, viu-se absolvido pelo plenário.
Na liderança do PT está o deputado José Guimarães (CE), irmão de José Genoino, ex-presidente do partido, que aguardará no plenário o desfecho da sentença do Supremo Tribunal Federal que o condenou a seis anos e 11 meses de prisão, impondo-lhe uma multa de R$ 468 mil. Em outra encarnação, ele liderou a bancada petista.
Em 2005 um assessor de Guimarães foi preso no aeroporto de Congonhas com R$ 200 mil numa mala e US$ 100 mil na cueca.
Juntos, o PMDB e o PT controlam 31 da 81 cadeiras do Senado e 165 das 513 na Câmara.


Charge de Sponholz

Essa nova elite parlamentar reflete um sentimento das bancadas e de boa parte do plenário. Elas seguem uma norma de Don Vito Corleone:
"Para mim, não tem importância o que uma pessoa faz para ganhar a vida. Entendeu?"

Sorria, voce... por Guilherme Fiúza

Por Guilherme Fiúza - transcrito do Perca Tempo
Publicado em O GLOBO em 19JAN.2013



Sorria, você está sendo roubado
O "Financial Times" disse que o jeitinho brasileiro chegou ao comando da política econômica. O jornal britânico se referia à solidariedade entre os companheiros Fernando Haddad e Guido Mantega, num arranjo para que a prefeitura de São Paulo retardasse o aumento nas tarifas de ônibus, ajudando o Ministério da Fazenda a disfarçar a subida da inflação. A expressão usada pelo "Financial Times" é inadequada. Os britânicos não sabem que esse conceito quase simpático de malandragem brasileira está superado. O profissionalismo do governo popular não mais comporta diminutivos.

cartoon de Tonho Oliveira


No Brasil progressista de hoje, os números dançam conforme a música. E a maquiagem das contas públicas já se faz a céu aberto: o império do oprimido perdeu a vergonha. No fechamento do balanço de 2012, por exemplo, os companheiros da tesouraria acharam por bem separar mais 50 bilhões de reais para gastar. Faz todo o sentido. Este ano as torneiras têm que estar bem abertas, porque ano que vem tem eleição e é preciso irrigar as contas dos aliados em todo esse Brasil grande. A execução do desfalque no orçamento foi um sucesso.

Entre outras mágicas, o governo popular engendrou uma espécie de "lavagem de dívida" para fabricar superávit. Marcos Valério ficaria encabulado. O Tesouro Nacional fez injeções de recursos em série no BNDES, que por sua vez derramou financiamentos bilionários nas principais estatais, e estas anteciparam sua distribuição de dividendos, que apareceram como crédito na conta de quem? Dele
mesmo, o Tesouro Nacional - o único ente capaz de torrar dinheiro e lucrar com isso. Ao "Financial Times", seria preciso esclarecer: isso não é jeitinho, é roubo.

A "contabilidade criativa" - patente requerida pelos mesmos autores dos "recursos não contabilizados" que explicavam o mensalão - não é vista como estelionato porque o brasileiro é um amistoso, um magnânimo, deslumbrado com seu final feliz ao eleger presidente uma mulher inventada por um operário. Não fosse isso, era caso de polícia. A falsidade ideológica nas contas do governo Dilma rouba do cidadão para dar ao governo. Ao esconder dívidas e "esquentar" gastos abusivos, a Fazenda Nacional fabrica créditos inexistentes - que serão pagos pelos consumidores e contribuintes, como em toda desordem fiscal, através de impostos invisíveis. O mais conhecido deles é a inflação.

Em outras palavras: o jeitinho encontrado pelo companheiro-ministro da Fazenda para maquiar a inflação é um antídoto contra o jeitinho por ele mesmo usado para aumentar a gastança pública.

via web


O maior escândalo não é a orgia administrativa que corrói os fundamentos da estabilidade econômica, tão dificilmente alcançada. O grande escândalo é a passividade com que o Brasil assiste a isso, numa boa. Se distrai com polêmicas sobre "pibinho" ou "pibão", repercute bravatas presidenciais sopradas por marqueteiros, e não reage ao evidente aumento do custo de vida, aos impostos mais altos do mundo que vêm acompanhados, paradoxalmente, por recordes negativos de investimento público. A bandalheira fiscal é abençoada por um silêncio continental. Nem a ditadura conseguiu esse milagre.

No auge da era da informação, o Brasil nunca foi tão ignorante. Acha que as baixas taxas de desemprego - fruto de um ciclo virtuoso propiciado pela organização macroeconômica - são obra de um governo com "sensibilidade social". Justamente o governo que está avacalhando a estabilização, estourando a meta de inflação e matando a galinha dos ovos de ouro. Esse Brasil obtuso acha que as classes C e D ascenderam ao consumo porque o que faltava, em 500 anos de história, era um governo bonzinho para inventar umas bolsas e distribuir dinheiro de graça.

Esse mal-entendido pueril gera uma blindagem política invencível. Os passageiros que assaram no Galeão e no Santos Dumont, no vergonhoso colapso simultâneo de dezembro, são incapazes de relacionar seu calvário ao caso Rosemary - a afilhada de Lula e Dilma que protagonizou o escândalo da Anac, por acaso a agência responsável pela qualidade dos aeroportos. O governo popular transforma as agências reguladoras em cabides para os companheiros e centrais de negociatas, e o contribuinte sofre com a infraestrutura depenada como se fosse uma catástrofe natural, um efeito do El Niño. Novamente, nem os generais viveram tão imunes à crítica.

arte de Guto Cassiano


Com a longevidade do PT no Planalto, o assalto ao Estado vai se sofisticando. A área econômica, que era indevassável à politicagem, hoje tem a Secretaria do Tesouro devidamente aparelhada - um militante do partido com a chave do cofre. E tome contabilidade criativa. Definitivamente, o Brasil não aprendeu nada com a lição do mensalão. Os parasitas progressistas estão aí, deitando e rolando (de tão gordos), rumo ao quarto mandato consecutivo.

Não contem para o "Financial Times", mas a conta vai chegar.

sábado, 19 de janeiro de 2013

Chove granizo na Chapada Diamantina


Segundo o Itaberaba Notícias na madrugada de ontem, 18 de janeiro, choveu granizo na cidade de Itaberaba, situada na Chapada Diamantina, aqui na Bahia.
 
 
A chuva que teve inicio por volta das 23:00 do dia 17 veio acompanhada de ventos trazendo em sua carga muito gelo, raios e trovões.
 
Apesar de equipamentos elétricos terem sido danificados não há registros de ocorrências de feridos.
 
Pilordianos, Itaberaba é uma cidade que conheço desde menino pois tínhamos uma fazenda onde passei minha infância  e adolescência e que, portanto, conheço bem e nunca tinha sabido de registro semelhante.
 
Abaixo, uma foto da PEDRA situada no KM-40 da BR-242 e que batiza o município cujo nome, ITABERABA, se traduz na antiga língua indígena maracá como "pedra que brilha".
 

foto de Aldem Bourscheit

Encravada no sertão baiano, a pedra de Itaberaba desponta no horizonte a quilômetros de distância.
Os três enormes blocos graníticos estão dentro de uma fazenda. Um deles guarda gigantesca cavidade, à maneira de um abrigo, forrada de desenhos em vermelho vivo.

Do alto da Pedra que Brilha avista-se a Serra do Orobó
 
Ela nunca sairá de minhas lembranças pois era a visão frontal que tínhamos na casa da fazenda, menos de meia légua nos separando - a visitei diversas vezes.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

A gravidez no Século 21...


A Gravidez no Século 21...
As abelhas, as flores, uma sementinha, a cegonha, tudo isto já está fora de moda! Esta é a explicação mais moderna e tecnologicamente correta:


Certo dia, um filho pergunta ao seu pai:
- Pai, como é que foi que eu nasci?
- Muito bem meu filho, chegou o momento de falar disso, pois então vou explicar o que você deve saber:


Um dia, o papai e a mamãe entraram no Facebook, fizeram amizade e ficaram amigos.
Depois o pai mandou um e-mail à mãe para se encontrarem num cybercafé.

Descobrimos que tínhamos muitas coisas em comum e que nos entendíamos muito bem.
Quando não estávamos à frente do laptop, conversávamos no chat do iPhone. Desta forma, fomo-nos conhecendo e nos apaixonamos, até que um belo dia decidimos partilhar os nossos arquivos.

Entramos escondidos numa lanhouse e o papai introduziu o seu Pendrive na entrada USB da mamãe.

Quando começou o download dos arquivos, nos demos conta de que tínhamos esquecido do software de segurança e que não tínhamos Firewall.

Já era tarde demais para cancelar o download e impossível apagar os arquivos baixados.

Passados nove meses apareceu tu, o Vírus...

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Alá, meu bom Alá!



Tradução:

Ele: “Deus nos ama, Rabia. Alá é o maior!”


Ela: “Abdullah, meu eterno amor, Deus nos ama mesmo! Meu marido acaba de passar diante de nós... e não me reconheceu!”



Também agradeçamos, mas ao nosso colaborador André Carvalho, que  nos enviou!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

A política, segundo Tim Maia’- por Nelson Motta


PUBLICADO NO GLOBO EM 10JAN.2013
Por Nelson Motta - transcrito do blog de Augusto Nunes

A política, segundo Tim Maia’
Sempre que perguntada, a maioria da população brasileira tem se manifestado contra a liberação do aborto, da maconha e do casamento gay, e a favor da pena de morte e da maioridade penal aos 16 anos. Sem dúvida são posições conservadoras, ou “de direita”, como diz o Zé Dirceu, e, no entanto, são esses que elegem os governos e as maiorias parlamentares ditas “de esquerda” hoje no Brasil. Como harmonizar o conservadorismo na vida real com o progressismo na política?


Talvez Tim Maia tivesse razão quando dizia que, “no Brasil, não só as putas gozam, os cafetões são ciumentos e os traficantes são viciados, os pobres são de direita”. Uma ingratidão com a esquerda que lhes dá o melhor de si e luta pelo seu bem estar. Mas tanto a maioria dos velhos pobres como dos novos, da antiga classe média careta e da nova mais careta ainda, e, claro, as elites, acreditam em Deus, na família e nos valores tradicionais, e rejeitam ideias progressistas. Discutir, apenas discutir as suas crenças, é considerado suicídio eleitoral.
Quando Abraham Lincoln, em 1862, promulgou a Homestead Law, a lei da reforma agrária nos Estados Unidos, assegurando a cada cidadão o direito de requerer uma propriedade de até 4 mil metros quadrados de terra do Estado, pagando 1 dólar e 25 centavos, criou milhões de pequenos proprietários rurais ─ que deram origem às grandes maiorias conservadoras de hoje, que ganharam sua bolsa-terra e não querem mudar mais nada. Uma ação politicamente progressista gerou milhões de novos reacionários.

Um século e meio depois, no Brasil, a nossa “nova classe média”, que tem casa, carro, crédito, viaja de avião e é eleitoralmente decisiva, parece ser ainda mais conservadora do que a “velha”. A ascensão social exige segurança e instituições sólidas, quer conservar o que conquistou e reage a mudanças que ameacem suas conquistas. Como Tim Maia, querem sossego.
Então por que não param de falar em esquerda e direita como se fosse de futebol e tentam entender o que está acontecendo? Como disse o ex-comunista Ferreira Gullar, “no meu tempo ser de esquerda dava cadeia, hoje dá emprego”.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Banheiro aéreo

A prefeita eleita em Itajuípe, no sul baiano, Gilka Badaró (PSB), foi surpreendida por um banheiro inusitado ao entrar pela primeira vez em seu gabinete. Segundo o site Políticos do Sul da Bahia, a obra foi batizada de “banheiro aéreo” e foi deixada pelo ex-prefeito Marcos Dantas (PSD).

Foto: Políticos do Sul da Bahia / Reprodução

 A entrada do cômodo está a uma altura de 80 centímetros e não há escada para acesso e muito menos estrutura para porta.

A Semana


Sponholz


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http://www.chargeonline.com.br/doano.htm