terça-feira, 11 de dezembro de 2012

RoseMary Lulla da Silva

Por André Carvalho (*)  em 10 de dezembro de 2012




ROSE, A BOA E BELA MARY.
 Uma tremenda maldade o que estão insinuando a respeito da relação do ex-presidente Lula com a ex-chefe do gabinete da Presidência da República em São Paulo. Não é justo desqualificar uma relação estabelecida desde quando ambos nem eram ex alguma coisa e onde sempre imperou o interesse maior da nação e do povo brasileiro. Jamais, uma dupla composta por Presidente da República e Chefe de Gabinete fez tanto em tão pouco tempo.
 
Charge de Paixão
 


É preciso alertar aos exploradores de circunstâncias alheias que Inácio vive maritalmente, há anos, com Dona Letícia – apelidada de Galega – uma companheira de todas as horas e quase todas as viagens mundo afora.
 
Desde que veio ao grande público, durante a campanha política de 2002, a Galega mantêm uma postura dignificante. Sempre fiel, nos primórdios do governo se atrapalhou um pouco ao colocar, nos jardins do Palácio da Alvorada, uma enorme estrela vermelha. Resignada, trajou na maioria de suas aparições o vermelho pêtê e portou-se com oportuno mutismo de forma a disfarçar sua beleza externa e interna. Quando necessário, fantasiou-se de caipira para receber, na Granja do Torto, (nenhuma referência ao maridão) a raspa da política brasileira para animadas quermesses juninas.
 
Como veem, não houve nem há razão alguma para o nosso grande líder extrapolar em coexistências outras, na medida em que sempre teve, em casa, na granja e no palácio, aquilo que todos os homens desejam: uma fiel esposa!!!
 
Acredito, portanto, que a senhora Rosemary Noronha, ex-chefe de muitos e chefiada por poucos, não passa de uma eficiente profissional muito bem relacionada e longe de qualquer estripulia ou devassidão. Você deve estar se perguntando: e as viagens com o presidente? Ora, ora, trabalho! Rose acompanhou o Presidente para atendê-lo em momentos nos quais somente pessoas da mais alta confiança e competência devem atuar.
 
É fácil exemplificar. Digamos que num desses voos transcontinentais Inácio tivesse uma crise claustrofóbica. Quem iria socorrê-lo, revirando seus pensamentos para coisas mais brandas, mais frutíferas, mais naturais? Em caso de uma insônia a bordo do aerolula, por exemplo, quem o acudiria senão Rosemary entoando ao pé do ouvido uma cantiga de ninar: boi, boi, boi; boi da cara preta; pega esse travesso que faz mais do que careta. Por favor, não façam aqui ilações perversas com ministros do Supremo.
 
Rose e Mary – ela vale por duas – deve ter passado por situações dificílimas na medida em que ela e seu chefe maior viajaram para muitas paragens, umas maravilhosas outras cavernosas. Fico imaginando uma situação trivial que poderia se transformar num grande problema. Digamos que num desses “buracos” a camareira não esticasse corretamente o lençol da cama e o Presidente, ao chegar, exausto e às quedas, percebesse a não conformidade! Quem resolveria o problema? Você pensa que o descobridor da maior reserva pré-sal do mundo iria ligar para a recepção do hotel, gastando seu inglês ou seu francês? Claro que não. A Rose estaria a postos e pronta para amaciar o lençol. É parte do protocolo.
 
Quer outra situação? Digamos que da Silva estivesse deitado em seus aposentos, em Gana, na África Ocidental e, de repente, não mais que de repente como poetizou Vinicius de Morais, acontecesse um apagão semelhante aos que ocorrem do Oiapoque ao Chuí. Quem iria acender uma vela para amenizar o temor da escuridão que, em última análise, é a representação visual do ostracismo? Ou Rose ou Mary...
 
E se durante o apagão o gerador da hospedaria estivesse sem combustível, assim como os poços da Petrobras estão, quem iria aplacar o calor sufocante causado pela falta do ar condicionado? Lembre-se que estamos falando do calor da África Ocidental! Sejamos mais objetivos: quem iria soprar o cangote e o sovaco do Presidente? Você acha que o Itamaraty deixaria “o cara” suando em bicas? Cadê a Rose?...
 
Vida de presidente não é como a vida das demais pessoas. Certos procedimentos requerem aptidão e confiabilidade e ninguém mais apta e segura que Mary para executá-los. Segura de si, segura em Zé Dirceu, segura em Lula.
 
Seguuuuuura que vai fazer bobagem... Chega, por hoje chega. Um beijão Rose. Você é tudo que sempre desejei.

 (*) André Carvalho não é jornalista, é "apenas" um cidadão que observa as coisas do dia-a-dia. Um free lancer. Ou segundo sua própria definição: um escrevinhador. Seus sempre saborosos textos circulam pela web via e-mails.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Charges

Cazo
 

Jader
 

Duke
 

Nani
 

Pelicano
 

Samuca
 

Duke
 












Paixão
 

Zédassilva
 

Dalcio
 
 
 
 

domingo, 2 de dezembro de 2012

História e estória

Por André Carvalho em 20 de novembro de 2012
 
 
 
 
TOMADAS.
Em tempos do politicamente correto e da máxima de que o cliente tem sempre razão peço licença para contar uma piada e descrever um fato que têm, por elo, uma simples tomada, dessas que conectamos à rede elétrica para que a maravilha da eletricidade chegue às nossas vidas, exceto quando os apagões de Dona Dilma estragam tudo.
 
Não há, nas próximas linhas, qualquer afronta aos credos, nacionalidades, profissões ou coeficientes de inteligência. Ao contrário! O que veremos adiante deve ser compreendido com bom senso: a força dos Deuses, a conversão milagrosa e a honestidade inconteste. É uma questão de ponto de vista.
 
Estive semana passada num churrasco em casa de meu bom amigo Francisco Almeida, o Chiquinho, e lá pelas tantas a sessão piada tomou conta dos convivas. A mais hilária delas reproduzo aqui, sem a força interpretativa de Aurélio Mendes, um dos maiores piadistas que já conheci.
 
Um muçulmano, um americano e um português foram condenados à morte em cadeira elétrica. Por questões de logística a execução dos três foi marcada para o mesmo dia e hora. Iniciada a sessão deram ao primeiro condenado, o muçulmano, a chance de um derradeiro pedido desde que atendível.
 
Sem pestanejar, o muçulmano virou-se em direção a Meca, pôs-se ao chão e clamou ao Grande Alá para que a morte não o consumisse. Malmente se compreendia o Alá, Alá, Alá repetido pelo condenado. Terminada a prece, o carrasco acionou o botão da cadeira elétrica, que, para espanto de todos, não funcionou. Sem saber como proceder em tão inusitada circunstância as autoridades presentes liberam o homem, tementes ao seu “Glorioso Alá”.
 
O seguinte foi o americano, uma figura esperta, utilitária e voltada ao resultado. Não foi difícil escolher, como último pedido, rezar para o Deus Alá. Afinal, havia dado certo com o primeiro deles. Quedou-se na mesma posição e direção do anterior e, sem saber como rezar, apenas repetiu por dezenas de vezes; Alá, Alá, Alá, Alá. Acionado o botão da morte a cadeira elétrica não funcionou e, a exemplo do primeiro condenado, o americano foi posto em liberdade.
 
Chegou a vez do português que optou, por derradeiro ato, rezar. Afinal, havia dado certo para o muçulmano e para o americano. Sem considerar a latitude e a longitude de Meca, o patrício arriou-se para o lado contrário e começou a rezar: Alá, Alá. Alá, Alá, Alá. Alá a tomada desligada. Foi sua última fala! O operador da geringonça mortífera conectou a tomada na rede, apertou o botão “start” e o português, após um tremelique, adentrou o inferno.
 
Corta: fim da década de 1970, Brasília, Ópera Studio, uma loja de venda, instalação e manutenção de equipamentos e sistemas de som da qual fui sócio. Entra um cidadão, típico funcionário público graduado, disposto a comprar um amplificador. Convenci-o a levar um equipamento nacional, da marca Spectro, fabricado em Benfica, zona norte do Rio de Janeiro. Poucos dias depois o cliente reapareceu, entre agressivo e ameaçador, reclamando que (sic) o caríssimo aparelho havia queimado com menos de uma semana de uso.
 
Agendamos uma visita à sua casa para aquele mesmo dia, no fim da tarde. Precavido, levei um equipamento igual e um outro modelo similar, importado, de uma das marcas mais conceituadas do mundo, ambos, em embalagens lacradas. Logo que a porta da residência do irritado cliente foi aberta, Armando, um competente eletrotécnico que me acompanhava, observou que debaixo do móvel onde estava o equipamento havia uma tomada de força desconectada. Cutucou-me e esbanjou um sorriso maroto! Após ouvirmos calados, a uma série de impropérios, Armando conectou a tomada à rede, girou o botão Liga/Desliga e o belíssimo painel do amplificador se acendeu.
 
Poucas vezes vi uma pessoa tão sem graça, tão sem chão, como aquele cliente, naquele momento. Silenciosamente ouvimos seus incontáveis pedidos de perdão após deduzirmos que a sua empregada doméstica havia, no dia anterior, desconectado a tomada de força do sistema de som para ligar a tomada de força da enceradeira. Acontece... Nem sempre o cliente tem razão.
 
O mais Interessante é que no caso real não havia lusitanos. Éramos todos brasileiros!
 
(*) André Carvalho não é jornalista, é "apenas" um cidadão que observa as coisas do dia-a-dia. Um free lancer. Ou segundo sua própria definição: um escrevinhador. Seus sempre saborosos textos circulam pela web via e-mails.