segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Playboy, Anos 60

Teddy Smith

Solda

Não há democracia sem advogado, mas ....

Por Ancelmo Góis

Não há democracia sem advogado. Mas na Lava-Jato, acho, teve uma minoria exorbitando, e não só este Edson Ribeiro, já punido pela OAB, preso tramando um crime. É um mistério a advogada Beatriz Catta Preta, que negociou as primeiras delações, sair de cena e ir morar nos EUA. Além disso, tem advogado da Lava-Jato tomando lugar de lobista.

Arte de OLIVEIRA



Cunha tinha razão
Em fevereiro, dias antes da divulgação da “Lista de Janot”, com os nomes dos parlamentares citados na Lava-Jato, Delcídio Amaral tomou uma medida profilática.

Visitou ministros contando por que o seu nome seria citado na lista e por que isso era uma injustiça. Dias depois, surpresa, a lista foi divulgada sem o nome do senador.

Ao não ver o nome de Delcídio, um dos ministros, que havia sido procurado antes pelo senador, perguntou a ele o que ocorrera:

— Ah, viram que era um absurdo jogar meu nome na lama.

Na época em que saiu a “Lista de Janot”, o deputado Eduardo Cunha, que do assunto entende, divulgou na internet um texto atacando o procurador-geral da República:

— Janot escolheu a quem investigar.

E citou, para justificar sua tese, a ausência na lista de Delcídio Amaral.

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Crise é oportunidade

Arte de ADÃO ITURRUSGARAI

O PT contaminado

por Ruth de Aquino
Época

O PT contaminado
Foi o maior rompimento de barragem de lama na Nova República. As palavras turvas que jorraram da boca do líder do governo Dilma no Senado inundaram o Congresso e o país, mas, especialmente, o PT e suas bases, soterrando esperanças e convicções. O partido está mais dividido que nunca. Quantos anos serão necessários para recuperar a bacia das almas desse acidente ou crime? Onde a lama vai parar? Boias de contenção me parecem em vão.

Arte de ELVIS


Os bons petistas, idealistas, não sabem mais em quem acreditar. Eles se contorcem para ficar à margem, para não ser atingidos e contaminados pelos rejeitos tóxicos da bandidagem institucionalizada. O protagonista desse último filme B pertence à “cúpula da turma do Lula”. Lula foi cabo eleitoral de Delcídio do “Amoral”, ops, Amaral. Lula saiu em carro aberto em Mato Grosso do Sul, pediu o voto dos companheiros para o governador, suou a camisa. 

Mais um traidor, ex-presidente? Ou, como o senhor disse, “um idiota” que fez “uma trapalhada”, uma “coisa de imbecil”? Será que, como os já condenados – o ideólogo Zé Dirceu e o tesoureiro João Vaccari Neto –, Delcídio figurará como guerreiro do PT na história revisitada do partido? Ou será sumariamente expulso, como querem os camaradas linha-dura? A expulsão de Delcídio impedirá que a lama tinja de laranja o lago do Palácio do Planalto?

Arte de MYRRIA



Um guerreiro, quase um terrorista suicida, que não hesitou em tentar calar a todo custo, pelo suborno e pelo tráfico de influência, um delator preso. Com o nobre objetivo de livrar sua cara, a cara do partido e a cara da presidente na compra da refinaria de Pasadena nos Estados Unidos em 2006, Delcídio planejou fugas mirabolantes do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró pelo Paraguai com destino à Espanha. Delcídio se gabou de pressionar juízes do STF. Delcídio prometeu melar a Lava Jato, anular sentenças.

Ah, mas, segundo o PT, Delcídio “agia por conta própria” e não “a mando do partido”, embora fosse o principal articulador de Dilma na mais alta casa de nosso Parlamento. Delcídio não merece compaixão nem solidariedade – ou merece? Nem o PT se decide. 

Arte de SID


Na sessão no Senado, a maioria dos senadores do PT quis a volta do obscurantismo e apoiou o voto secreto para que eleitores não soubessem sua posição sobre a prisão de Delcídio. A única bancada que fechou questão a favor do voto secreto foi a do PT. E, mesmo assim, não conseguiu a fidelidade de todos os seus. 

Também entre os poucos que votaram a favor de soltar Delcídio, o PT foi maioria: nove dos 13. Tudo acompanhado ao vivo pelas redes sociais e pela TV Senado. Era um velório, no qual foi enfim desafiada a expressão dúbia “imunidade parlamentar” – usada no Brasil para garantir impunidade para crimes comuns, e não para proteger o direito constitucional do legislador. 



Ganhou a compostura. Ganharam as instituições. Mas, para os senadores, foi “um dia trágico”. De nervos expostos, de vísceras reviradas. E de clara divisão no PT e no PMDB. O presidente do Senado, Renan Calheiros, o grande aliado de Dilma e representante do vice Michel Temer, perdeu em tudo o que votou. Falou indignado contra “o Poder (Judiciário) que prendeu um senador em exercício de mandato sem culpa formada”. O Supremo respondeu, pela emocionada ministra Cármen Lúcia: “Criminosos não passarão sobre juízes”.

No fim, restou a Renan submeter-se ao plenário e atacar o PT por negar qualquer solidariedade a Delcídio. “A nota do PT sobre esse episódio, além de intempestiva, é oportunista e covarde”, disse Renan. Para onde foi o código de ética entre mafiosos? O senador Delcídio está preso. Por crime inafiançável, flagrante e permanente. Não era um dos “nossos”?

Arte de OLIVEIRA


Para variar, Dilma não sabe o que faz. Uma hora, a presidente se rende à ala de Rui Falcão e apoia a nota. Outra hora, Dilma se rende a assessores que recomendam cautela. Não vamos abandonar nem isolar nosso querido Delcídio. E se ele também se torna delator premiado? Que “solidariedade” ele mostrará ao PT se for jogado às traças? Nenhuma.

Calou fundo no coração de muitos petistas o que o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, ex-ministro da Educação, disse na véspera do rompimento da barragem de Delcídio. Uma fala cândida e premonitória.


Quando você tem um sonho de transformar a sociedade em favor da igualdade e você se desvia para se apropriar de recursos ou para beneficiar quem quer que seja, você está cometendo dois crimes: o primeiro é colocar a mão em recurso público, o segundo, você está matando um projeto político (...) Não tenho nada contra quem quer ganhar dinheiro, mas não venha para a política (...Se vier,) garanta que você não vai matar o sonho das outras pessoas.” 

O sonho de Haddad virou pesadelo. O prefeito de São Paulo não está sozinho. Tem uma multidão com ele.

Ninguém sabe, ninguém viu

Por Carlos Brickman

Acredite: mexeram-se!
Nesta sexta, dia 27, três semanas após o rompimento da barragem da Samarco em Mariana, o Governo Federal deu um sinal de vida: a presidente Dilma Rousseff convocou os governadores de Minas, Fernando Pimentel, do PT, e do Espírito Santo, Paulo Hartung, do PMDB, para uma reunião. 

Objetivo: saber como está a região após o desastre ecológico e econômico. 

Mas, caro leitor, tenha calma: não se precipite. Não é, obviamente, para tomar alguma providência em favor dos atingidos. É para montar a apresentação que a presidente fará em Paris durante a reunião da cúpula da comissão internacional de mudanças climáticas. A população nacional que se vire. O importante é fingir bem para os gringos.

Arte de NEWTON SILVA


Ninguém sabe, ninguém viu
Delcídio Amaral sempre ganhou bem: engenheiro eletricista, trabalhou para a Shell na Europa por dois anos, foi diretor da Eletrosul, secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, ministro de Minas e Energia, diretor de Gás e Energia da Petrobras, secretário da Infraestrutura do Governo de Mato Grosso; é senador desde 2002. 

Sempre ganhou bem, mas sempre viveu de salário. Por mais que ganhasse, não seria suficiente para ter a casa que tem em Campo Grande - lá, no aniversário de 15 anos de sua filha, couberam 700 convidados, atendidos por seis chefs de cuisine, com divisões para comidas típicas de diversos países (http://wp.me/pO798-96r). 

Ninguém notou - nem políticos, nem jornalistas?

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domingo, 29 de novembro de 2015

Porta Aberta ao Juízo - LXI





Se me fossem dados poderes sobrenaturais, 
ao invés de curar leprosos, 
eliminaria a lepra.

[Gilberto Quadros]
{extraído do livro Porta Aberta ao Juízo}

A deslegitimação de um sistema político

Por Elio Gaspari
FOLHA SP


A deslegitimação de um sistema político
Estava tudo planejado. Nestor Cerveró conseguiria um habeas corpus, atravessaria a fronteira com o Paraguai, tomaria um jatinho Falcon e desceria na Espanha. Deu errado porque Bernardo, o filho do ex-diretor da Petrobras, gravou a trama do senador Delcídio do Amaral e a narrativa de sua conversa com o banqueiro André Esteves. Depois do estouro, estava tudo combinado. 

Em votação secreta, o plenário do Senado mandaria a Justiça soltar Delcídio, ou talvez o transferisse para prisão domiciliar num apartamento funcional de Brasília. Deu errado porque a conta política ficou cara e sobretudo porque o ministro Luiz Fachin ordenou que a votação fosse aberta.



A Operação Lava Jato, com seus desdobramentos, está chegando ao cenário descrito há 11 anos pelo juiz Sergio Moro num artigo sobre a "Operação Mãos Limpas" italiana. Ela deslegitimou um sistema político corrupto.

É isso que está acontecendo no Brasil. Na Itália, depois da "Mãos Limpas", o partido Socialista e o da Democracia Cristã simplesmente desapareceram. Em Pindorama parece difícil que a coisa chegue a esse ponto, mas o Partido dos Trabalhadores associou sua imagem a roubalheiras. Já o PMDB está amarrado ao deputado Eduardo Cunha, com suas tenebrosas transações. O PSDB denuncia os malfeitos dos outros, mas os processos das maracutaias ocorridas sob suas asas estão parados há uma década.

Arte de AROEIRA


A Lava Jato criou o primeiro embate do Estado brasileiro com a oligarquia política, financeira e econômica que controla o país. Essa oligarquia onipotente vive à custa de "acordões" e acreditava que gatos gordos não iam para a cadeia. Foram, mas Marcelo Odebrecht não iria. Foi, mas os políticos seriam poupados e a coisa nunca chegaria aos bancos. Numa mesma manhã foram encarcerados o líder do governo no Senado e o dono do oitavo maior banco do país. Desde o início da Lava Jato a oligarquia planeja, combina e quando dá tudo errado ela diz que a vaca vai para o brejo. Talvez isso aconteça porque ela gosta do brejo, onde poderá comer melhor.

Arte de CAU GOMEZ


Eduardo Cunha ainda acredita que terminará seu mandato. Sua agenda de fim do mundo desandou. A doutora Dilma Rousseff continua achando que não se deve confiar em "delator". Lula diz que Delcídio fez uma "grande burrada", mas não explica qual foi a "burrada".

Nunca é demais repetir. O artigo do juiz Moro está na rede. Chama-se "Considerações sobre a Operação Mani Pulite". Lendo-o, vê-se o que está acontecendo e o que poderá acontecer.

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Toquinho & MPB-4 - 40 anos de música



1H 10 min 10 seg


Novo sítio no caminho de Lulla

Por Joice Hasselmann

O escondido sítio de luxo de Bumlai agora na mira da PF

A Polícia Federal vai investigar agora um importante e luxuoso endereço que já hospedou petistas de alto coturno, inclusive o amigão Lula. Lá foram oferecidos muitos jantares e costuradas diversas negociatas. 

Arte de IOTTI


Trata-se do sítio de Bumlai, o agropecuarista/lobista, que tinha "passe livre" no gabinete do ex-presidente e que agora está preso por boa obra da Lava Jato. A PF até agora não sabia da existência do imóvel e foi avisada por bons informantes. 

Fica a dica: casa de luxo, estrada de terra, sem placa na porteira, imóvel localizado atrás do aeroporto de Campo Grande. É só chegar lá.

Fotografias raras da Guerra do Paraguai

Curiosidades em Guerra

XLVI - A Guerra do Paraguai
-  fotografias raras -

Oficial brasileiro passando em revista as tropas


145 anos atrás terminava o mais sangrento conflito armado da história da América Latina, a Guerra do Paraguai mobilizou centenas de milhares de brasileiros, paraguaios, argentinos e uruguaios. Este episódio, ainda pouquíssimo detalhado nos livros de História, decorreu numa drástica mudança no cenário econômico da chamada Região Platina. 

Uma sequência de desentendimentos diplomáticos desencadeou na mobilização conjunta de Brasil, Argentina e Uruguai contra as forças paraguaias. Sob o comando do intitulado Ditador Perpétuo, Solano López, a então muitíssimo próspera República do Paraguai lutou até o último suspiro, no que resultou no massacre de quase toda população economicamente ativa do país. 

Dom Pedro II em trajes de campanha

Francisco Solano Lopez,
 ditador paraguaio


A Guerra do Paraguai (1864-1870) teve consequências sérias para os dois lados combatentes, e entre os milhares de mortos, o mais radical resultado foi a conversão do Paraguai de uma pioneira república autossuficiente em uma nação dependente de seus vizinhos. Entre outros efeitos, também podemos destacar o fortalecimento do exército brasileiro e do pensamento abolicionista, dois pontos que influenciaram no processo que iria desencadear na Proclamação da República do Brasil em 1889. 

General Mitre e seus oficiais do Estado-Maior
 durante a Guerra do Paraguai 
Artilharia uruguaia na Batalha do Boqueirão, 
e ao fundo tropas da tríplice aliança indo para o combate,1866.


A bandeira do Brasil Imperial tremula na cidade paraguaia de Humaitá, 
ao fundo podemos ver mastros de navios de guerra
ancorados no Rio Paraguai,1868.
Oficiais brasileiros posando para fotografias (1865; 1868).


Oficiais brasileiros nos momentos finais da Guerra do Paraguai,
 entre eles está o Conde d´Eu (com a mão na cintura), 
1870.

Prisioneiros paraguaios


As fotos acima são do acervo da Biblioteca Nacional do Brasil.

A Semana.

Arte  de DUKE



JEAN GALVÃO


CAU GOMEZ


GENILDO


AMARILDO


AROEIRA


CAZO


MARIO


MYRRIA


NICOLIELO


PELICANO


SID


SPONHOLZ


THIAGO


SPONHOLZ


SPONHOLZ


DUKE


ELVIS


SPONHOLZ


MARIO


MARIO ALBERTO


OLIVEIRA


PAIXÃO


SPONHOLZ




AROEIRA


AMARILDO


?


CLAUDIO



GENILDO


IVAN CABRAL


JARBAS


JARBAS


LUSCAR


MARCO AURELIO


MARCO AURELIO



NICOLIELO


PELICANO


SANTO


SID


SID


SID


SINFRONIO


SPONHOLZ


ZÉ DASSILVA


DALCIO

NANI



DUKE


NICOLIELO


SPONHOLZ


IOTTI


JBOSCO


NANI


SPONHOLZ



MARIANO


MARIANO


MARIO






MIGUEL

NANI


NANI


OLIVEIRA


PAIXÃO



PAIXÃO


PAIXÃO


PAIXÃO


RONALDO

Fontes
  • charge 
  • humor politico