quarta-feira, 3 de junho de 2015

BBC divulga falsa morte da rainha



O G1 noticia que a BBC anunciou, por engano, a morte da rainha Elizabeth. Até aí, nada tão inusitado, a não ser que se trata da conceituada emissora oficial o Reino Unido.




Jornais brasileiros já "mataram" personalidades. Para citar um caso relativamente recente, a Folha de São Paulo promoveu o Romeu Tuma a defunto e ele estava vivo, embora hospitalizado, e ainda viveu mais um tempo. Curiosamente, quando ele morreu, comprovadamente, a Folha on line não deu logo a notícia. Talvez por ter mandado um repórter ao local para pegar uma via autenticada e com firma reconhecida do atestado de óbito. 

Voltando à "barriga" da rainha. A origem da falsa notícia teria sido um "exercício de simulação do falecimento de Elizabeth II, que já emplacou 89 anos, e que uma repórter vazou no twitter como se verdade fosse. 

"URGENTE: a rainha Elizabeth recebe cuidados no King Edward VII Hospital de Londres. Comunicado seguirá em breve @BBCWorld", dizia às 9h30 local (5h30de Brasília), a conta do Twitter de Ahmen Khawaja, uma jornalista do serviço em urdu.

Enquanto a informação era rapidamente reproduzida pela CNN e pelo jornal alemão Bild, um segundo tuíte da mesma jornalista da BBC anunciava: "Rainha Elizabeth está morta".

Sabe-se que é prática antiga nos jornais e revistas manter um arquivo de "funéreos". São textos biográficos sobre sujeitos que os editores acham que estão na fila para o paraíso. Fica lá prontinha a matéria e se o focalizado bater as botas é só pegar alguns depoimentos de amigos, levantar as circunstâncias do desfecho e está pronto o pacote jornalístico.

 O que nunca havia ouvido falar era no tal "exercício de simulação". Gostei. Talvez a rainha não soubesse que a emissora estatal está "secando" sua pessoa, mas o defunto real vai dar tanto trabalho às equipes da BBC que é compreensível o "laboratório". 



Mas gostaria de saber detalhes? Usaram uma sósia da rainha? Ensaiaram um cortejo. Contrataram carpideiras para chorar na beira da cova? Acho que a moda pode pegar aqui entre os editores brasileiros. Temos algumas figuras com o chamado pé na cova. Qualquer dia, o São João Batista vai estar movimentado com o enterro fake de algum famoso e um passante vai perguntar: 

- "Fulano morreu"

E vai se surpreender com a resposta do produtor de "simulação":
- "Não, parceiro, ele ainda está no hospital, nós só estamos ensaiando o velório".