terça-feira, 4 de novembro de 2014

No sertão que a gente mora


No sertão que a gente mora

Um casarão alpendrado
Sentindo a falta do dono,
Hoje vive no abandono
Com o pé direito rachado.
Um angico desfolhado
Já não sombreia o batente
E a porta velha da frente
O cupim já lhe devora
No sertão que a gente mora
Mora o coração da gente


[Helio de Crisanto]