domingo, 1 de julho de 2012

Um tema, dois pensares

  1. Segundo Gaudêncio Torquato, em seu Porandubas Políticas 
Malufismo - Paulo Maluf chega ao paraíso.
Nunca foi tão autossuficiente como nesses dias de confraternização com o PT e Lula.
Acaba de dizer :
"Eu, perto do PT, sou comunista".

O comunista Maluf é apenas uma firula que quer dizer : vocês acreditam sinceramente que o PT ainda é um partido ideológico? Há muito que o PT jogou sua ideologia pelos desvãos da velha cultura política brasileira.
 Todos os partidos se juntam no caldeirão do cozido doutrinário. O malulismomescla do malufismo com o lulismo – constitui a manifestação mais avançada da pasteurização que invade a esfera partidária. Maluf é o profeta desses tempos cada vez mais inacreditáveis.


Ilustração de Paul Kuczynski


2 . Segundo Francisco Petros e Jose Mendonça, em Na Real

Realpolitikagem
Análises, indignações e aplausos de várias tonalidades surgiram desde que Lula cedeu aos encantos de Maluf e foi confraternizar-se com o ex-governador, ex-prefeito e deputado nos jardins de sua casa para angariar minutos eleitorais para a candidatura de Fernando Haddad à prefeitura paulistana. Lula não está sozinho nesses gestos, o dele foi apenas mais descarado.

José Serra carrega nos braços o PR de Valdemar Costa Neto e do DNIT. Gabriel Chalita tem o PMDB e só não pegou ninguém até agora porque está sem charme eleitoral. Luiz Flávio D'Urso, pretenso candidato do PTB, se oferece para vice, pode ser tanto de Haddad como de Serra.

E por aí vai a vergonha partidária nacional. Não é só São Paulo que está nesse caminho. A realidade é que o Brasil vive o auge da "realpolitikagem", extraordinária definição para nossa mancebia política cunhada pelo humorista Luis Fernando Veríssimo. E podem ter certeza de que dias piores virão em outras eleições, pois não há nenhum indício de que o apodrecido sistema eleitoral e partidário brasileiro possa sofrer alterações. Para pior, porque piorar é sempre possível.