segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O Brasil, segundo...

... Lauro Jardim

Dilma Rousseff vai imprimir mudanças na política externa. Na entrevista concedida na semana passada ao Washington Post, ela deu o primeiro sinal. Disse que o Brasil errou ao não votar na ONU contra as violações dos direitos humanos pelo Irã. Mas não ficará só nisso.

Sob Dilma, o Brasil será bem menos ostensivo na busca de um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, uma das ideias fixas de Lula. Não foram poucas as besteiras feitas pelo Itamaraty em nome desse objetivo.


Marco Jacobsen


A TV que ninguém vê
Nas comemorações dos três anos da TV Brasil, a diretora Tereza Cruvinel festejou “a conquista a cada dia de mais audiência”. Pura embromação. Em novembro, entre 7 da manhã e meia-noite, de acordo com o Ibope, a TV Brasil registrou 0,4 ponto de audiência no Rio de Janeiro. Há um ano, o índice era o mesmo. Considerando-se o orçamento anual da TV Lula, cada 0,1 ponto de audiência custa cerca de 100 milhões de reais por ano.

 
 
...  Carlos Brickman


Entre as explicações chapa-branca para a alta da inflação, há uma primorosa: a de que não é exatamente a inflação que subiu, mas o grupo Bebidas e Alimentação. Dos 0,83% da inflação mensal, mais da metade - 0,51 pontos percentuais - cabe à comida. Economize, pois: é só parar de comer que fica tudo em ordem.


Tiago Recchia

Boas Festas!
Mas há um grupo que busca resolver o problema de maneira mais ortodoxa: nossos nobres parlamentares, que estudam um reajuste de 61,8%, de maneira a ganhar o mesmo que os ministros do Supremo.

Claro que os ministros do Supremo são onze, e os parlamentares são 594; mas tudo bem, que o bolso do contribuinte, imaginam, é inesgotável. O custo estimado da brincadeira é de R$ 130 milhões por ano - mas a estimativa está errada. O salário dos deputados estaduais e dos vereadores sobe junto com o dos deputados federais. Feliz Natal!