Por Ralph J. Hofmann
Transcrito do Prosa e Política
Visceral
Num país como o Brasil qualquer papo de aumentar colocar ou recolocar um imposto deveria ter uma resposta visceral. Não!!
Quando foi proposto o CPMF todos sabiam que era mais uma taxa que seria recolhida ao tesouro e seria usada da forma que aprouvesse aos burocratas, inclusive se destinaria a inchar a burocracia.
Quando o CPMF foi extinto ninguém soube citar em sua defesa um só argumento de peso quanto a ter sido usado para a saúde. Os números eram tão pífios que citá-los poderia submeter o defensor da contribuição ao ridículo. Ficaram gaguejando, levantando nuvens de poeira, mas perderam.
Lute
A insistência em trazer este imposto à tona nos leva a pensar que as malandragens perpetradas com este dinheiro devem ser ainda maiores do que achávamos, pois a arrecadação do governo neste período sem CPMF teve acréscimos que mais do que compensariam sua perda.
Num país em que a arrecadação a cada ano quebra recordes em termos percentuais, falar em qualquer tipo novo de arrecadação deveria ser falar da corda na casa do enforcado. E tem mais, muito pouca gente não usa conta bancária hoje. Todos têm ao menos um cartão de débito.
Sinceramente este é um país incompreensível! Por que os governadores que estão repondo o CPMF ainda estão andando com suas duas pernas? Por que os estudantes estão passivos? Por que os sindicatos estão passivos?
Ivan Cabral
É porque este é o país onde nada é o que parece. Se tivesse classe média conforme (diz) Lula, esta classe média estaria defendendo seus vencimentos contra os impostos confiscatórios.
Vamos fazer uma proposta. Volta o CPMF, no mesmo valor original, e os governos, estadual e federal abrem mão de 1/3 do IPI e 1/3 do ICMS. Em compensação os governos municipais recebem o direito de instituir um imposto no valor de 1/10 do ICMS e 1/10 do IPI. Mas ficariam obrigados a gastar em saúde e medicina.
E fica combinado que quem pedir a CPMF ou o imposto que seja sem alguma concessão polpuda ao contribuinte poderá ser fuzilado ou enforcado sem direito a julgamento, assim como era feito com os antigos salteadores de estrada.


