em 01 de janeiro de 2010
btreina@yahoo.com.br
Novos projetos
Tempos atrás afirmei que fundaria uma igreja, a Universal da Graça Negociada e me transformaria em bispo. Aproveitei para detalhar objetivos e estratégias rumo ao sucesso, que sempre imagino e nunca alcanço, em meus empreendimentos.
Num mundo em permanente crise, conforme garantem em contundentes artigos os professores, mestres e doutores economistas, a diversificação é crucial para a sobrevivência dos negócios. Assim, em minha proposta, constava no fundo da igreja um cartório do céu para vender certidões, autenticações e firmas reconhecidas por Deus. Agora me veio mais outra ideia.
Vou contar logo como será meu 2010: penso abrir uma universidade, recheada de cursos especialíssimos, daqueles com ênfase em alguma coisa. Exemplo? Fisioterapia com ênfase nas “partes”; Turismo com ênfase sexual; Comunicação com ênfase em Lula; Contabilidade com ênfase no caixa dois e Dança com ênfase no pagode.
Ensino de primeira, com aulas práticas e laboratoriais capazes de atender as “Geysas” encurraladas em instituições insensíveis às modernidades no trajar e no portar. Falo em portar porque, com o advento do silicone, a “mulherada” tem portado seios cada vez mais volumosos e ”balançativos”, apesar da garantia de rigidez da prótese nos manuais de implantação e uso.
Estou à procura da Jaqueline, lembra-se dela, a professora baiana do pagode todo enfiado? Pois é, pelo conhecimento pedagógico que possui e pelo marketing pessoal, baseado no frenético balançar das ancas, a Jacki é fundamental aos meus planos. Com ela na vice-reitoria e a Geisy Arruda – eh! sobrenome sugestivo – como diretora administrativa, não há o que temer.
Penso, inclusive, em propor a transferência, com bolsa integral, de toda aquela patota da Universidade de Brasília que tirou a roupa num ato de solidariedade a não sei bem o quê. Preciso de docentes e discentes solidários para assegurar a excelência dos princípios que nortearão a universidade.
Em tempos de incertezas é importante contar com um sócio investidor, portanto, ao terminar este arrazoado passarei um e-mail para o Eike Batista propondo sociedade. Certamente ele será majoritário na proporção de noventa para dez. Paciência!!! Domina quem pode, refestela-se quem não tem juízo. É o meu caso. Não vou discutir participação societária com um cara que é a maior fortuna do país e que entende de Luma de Oliveira como ninguém mais entende, exceto o bombeiro carioca.
A propósito, Luma poderia ser a garota propaganda da universidade o que me remete a outro negócio: Por que não fundar também uma escola de samba? Que tal Escola de Samba Grêmio Recreativo e Literário Unidos no Aprender? Ou, Unidos pelas Quotas? Cotas com “Q” só de molecagem!!!
Se torcida de futebol tem escola de samba, bicheiro também, favela e comunidade idem, por que uma universidade não pode ter? Primeiro ano de existência e entro na avenida com um enredo de arrebentar: “de daslú a dilma, a história recente e sem comprovação do Brasil”.
Com a universidade, a igreja e o cartório do céu constituirei uma holding cujo lema será “uma pro santo, uma pro diabo e o resto é meu”.
“Zorra”, esqueci do sócio Batista!!!
(*) André Carvalho não é jornalista, é "apenas" um cidadão que observa as coisas do dia-a-dia. Um free lancer. Ou segundo sua própria definição: um escrevinhador. Seus sempre saborosos textos circulam pela web via e-mails.