Texto de Lineu Barretto (*)
¡Xaveco a La Española!
¡Hola amigos lectores!
Quando eu falei sobre “las españolas” eu não mencionei que elas são um pouco difíceis para você estabelecer um contato inicial. Elas são muito desconfiadas e não dão bola para estranhos, ainda mais estrangeiros.
Bem, outro dia eu conheci uma espanhola chamada Rocil, que uma amiga minha dona de um bar me apresentou. Ela me disse:
- Lineu, Rocil estuvo en tu tierra y está encantada con las cosas de allá.
Eu olhei aquele mulherão, loira, ollos verdes, 1,70m, uma maravilha (pensei comigo: é essa que eu quero apresentar à sogra dela, minha mãe). E perguntei:
- ¡Hola Rocil! ¿Cuándo estuviste en Brasil y donde te quedaste[1]?
Quando eu falei sobre “las españolas” eu não mencionei que elas são um pouco difíceis para você estabelecer um contato inicial. Elas são muito desconfiadas e não dão bola para estranhos, ainda mais estrangeiros.
Bem, outro dia eu conheci uma espanhola chamada Rocil, que uma amiga minha dona de um bar me apresentou. Ela me disse:
- Lineu, Rocil estuvo en tu tierra y está encantada con las cosas de allá.
Eu olhei aquele mulherão, loira, ollos verdes, 1,70m, uma maravilha (pensei comigo: é essa que eu quero apresentar à sogra dela, minha mãe). E perguntei:
- ¡Hola Rocil! ¿Cuándo estuviste en Brasil y donde te quedaste[1]?
- Estuve en Salvador de Bahia durante el mes de febrero, incluso en el Carnaval.
- ¿Verdad? Pues que yo soy de allá. ¿Has gustado de mi tierra?
- Estoy enamorada. Las personas son mucho animadas y gentiles. Yo hice muchos amigos allí. Yo me quedé en la casa de una tía, hermana de mi padre, en Pituba.
¡Hombre[2]! Donde yo vivía cuando estaba en Salvador.
- Tenia un bar cerca de la casa de mi tía que era llamado de Guadalupe donde conocí mucha gente. Pero que tenía un tío[3] que se llamaba de Ceziña que fuera mi mejor amigo en aquellos días. Fue con él que yo aprendí a xabecar[4].
- Tenia un bar cerca de la casa de mi tía que era llamado de Guadalupe donde conocí mucha gente. Pero que tenía un tío[3] que se llamaba de Ceziña que fuera mi mejor amigo en aquellos días. Fue con él que yo aprendí a xabecar[4].
- ¡Oye! (eu disse). Pero que un xaveco lo dicen los chicos para las chicas.
- ¡Hombre! ¿Y el que tú crees que a mí me gusta?
- ¡Hombre! ¿Y el que tú crees que a mí me gusta?
(Hi! Sujou. - pensei).
- Este tío, xabecaba todas la chicas que pasaban por la calle[5]. Llamaba a ellas de “mi linda”, “princesa” y otras cosas de ese tipo. Incluso, intentó me xabecar pero que yo lo dije de pronto que a mí me gustaba las mismas cosas que él.
Entonces nos quedamos amigos y yo fue aprendiendo los xabecos. Una vez él dijo un xabeco para una chica sin percibir que el novio de ella estaba por detrás de él. Eso tipo tenía case el doble del tamaño de Ceziña y él solo no ha llevado una paliza[6] porque sus amigos han evitado.
Outro dia eu estava na Plaza Mayor cuando Rocil chegou. Convidei-a para sentar e tomar um “caña[7]” comigo. Estavamos conversando, quando três garotas chegaram e sentaram na mesa ao lado. Uma delas tinha um cachorrinho na mão. Ai a Rocil mandou o velho xaveco que já está manjado no Brasil:
-!Oye, chica! ¿Tu perro[8] tiene teléfono?
Pensei – se deu mal. Que nada, a chica deu uma risada e, logo depois, lá estava Rocil na mesa das meninas no maior papo.
¡Opa! Esse xaveco com as espanholas dá certo – pensei comigo.
Mas tarde um pouco, chegaram mais duas gatas e sentaram na mesa ao lado, com uma cadelinha. Estava eu e um amigo brasileiro. Ai eu mandei o xaveco:
¡Hola, chica! ¿La perrita tiene teléfono?
Ela me olhou de cima a baixo e respondeu:
- ¡Hombre! Ella tiene sí, pero que me ha pedido para no darlo a cualquier perro chucho[9] que lo pedirme.
Virou para a amiga e disse:
- Até aqui na Espanha você escuta os mesmos xavecos idiotas.
Elas eram brasileiras. ¡Joder[10], tío!
¡Hasta la vista!
Outro dia eu estava na Plaza Mayor cuando Rocil chegou. Convidei-a para sentar e tomar um “caña[7]” comigo. Estavamos conversando, quando três garotas chegaram e sentaram na mesa ao lado. Uma delas tinha um cachorrinho na mão. Ai a Rocil mandou o velho xaveco que já está manjado no Brasil:
-!Oye, chica! ¿Tu perro[8] tiene teléfono?
Pensei – se deu mal. Que nada, a chica deu uma risada e, logo depois, lá estava Rocil na mesa das meninas no maior papo.
¡Opa! Esse xaveco com as espanholas dá certo – pensei comigo.
Mas tarde um pouco, chegaram mais duas gatas e sentaram na mesa ao lado, com uma cadelinha. Estava eu e um amigo brasileiro. Ai eu mandei o xaveco:
¡Hola, chica! ¿La perrita tiene teléfono?
Ela me olhou de cima a baixo e respondeu:
- ¡Hombre! Ella tiene sí, pero que me ha pedido para no darlo a cualquier perro chucho[9] que lo pedirme.
Virou para a amiga e disse:
- Até aqui na Espanha você escuta os mesmos xavecos idiotas.
Elas eram brasileiras. ¡Joder[10], tío!
¡Hasta la vista!
Tradução do autor:
[1] O verbo quedar, que também existe no portugués, significa: ficar, deter, permanecer, parar, demorar... (...e a cidade apavorada, se quedou paralisada, pronta pra virar geleia... – Geni e o Zeppelin de Chico Buarque).
[1] O verbo quedar, que também existe no portugués, significa: ficar, deter, permanecer, parar, demorar... (...e a cidade apavorada, se quedou paralisada, pronta pra virar geleia... – Geni e o Zeppelin de Chico Buarque).
[2] ¡Hombre! Quando usado como interjeição, não tem sexo (rsss), pode ser dito para homens e mulheres.
[3] “Tio” aquí é como se fosse “un cara”.
[4] Os espanhois fazem a maior confusão com o “b” e o “v”.
(*) Lineu Barretto é baiano de Salvador e atualmente reside em Salamanca/Espanha onde faz doutorado em Economía de la Empresa, na Universidad de Salamanca.
