terça-feira, 25 de setembro de 2007

Esfinge: CPMF

Artigo escrito por Francisco Marcos, cientista político. Publicado no prosa e politica.

Para decifrar a verdadeira esfinge que é a CPMF, uma aberração, não entendida pelos economistas transnacionais cabe um breve resumo.

Ela foi aprovada em 1993 no governo Itamar ou Pão de Queijo Azedo, segundo seus detratores. Teve vigência em 1994 com término em dezembro, alíquota de 0,25%.
Em 1996 governo FHC ou Príncipe de Higienópolis houve discussão sobre o assunto, destinando a arrecadação para a saúde, mediante alíquota de 0,20%%. A vigência teve início em 1997, em junho de 1999 foi prorrogada até 2002, aumentando-se a alíquota para 0,38%, a elevação era para ajudar a Imprevidência Social.
Em 2001 a alíquota caiu para 0,30, mas em março de 2001 voltou para 0,38%. Tivemos prorrogações em 2002 e 2004, já no governo da esperança.
Em colocações anteriores deixei patente que tucanos e estrelados são vinho da mesma pipa, recentemente Noblat os chama de farinha do mesmo saco. Quero deixar claro que em meu entendimento o desgoverno reinante quer reservas para gastar, notadamente em ano eleitoral.

A dívida externa está controlada, eu sempre me preocupei com a interna, que ano a ano aumenta mais, precatórios não são honrados nos três níveis. Este trio é decididamente caloteiro de marca maior, não é privilégio estrelado.
A tropa de choque, SS ou exército Brancaleone do executivo, estão agindo em todas as frentes, no senado temos a figura de Jucá “negociando” com a oposição? ou a posição. O líder peemedebista e do governo é de passado não muito recomendável, e vive constantemente de para quedas, para poder sempre estar nas cercanias do poder. “Hay gobierno, soy a favor”.

A prorrogação da CPMF na câmara federal é fava contada. Como o parlamento se lixa para a opinião pública não devem estar levando em consideração a ultima pesquisa CNI/IBOPE: 54% dos entrevistados querem a extinção pura e simples da CPMF, ao passo que apenas 5% a aceitam como está.
Cada família brasileira em média colabora com mil reais/ano para a CPMF, portanto quase toda bolsa-esmola é devolvida ao governo. O patético ministro da chácara, fazenda é muito para ele, alega que sem a CPMF será um desastre. Ilustre cara pálida: desastre para quem? Parem com a gastança nos cartões corporativos (invenção de FHC), operações tapa isso ou tapa aquilo. Estes aprendizes de feiticeiro é que acabarão deixando uma herança que maldita soa como elogio, bota maldita nisso.

“Estamos caminhando para a perenização da pobreza, quando o desejável é a perenização das oportunidades”.