domingo, 14 de fevereiro de 2016

Projeto 10 Medidas Contra a Corrupção aproxima-se de 1,5 milhão de assinaturas



Na reta final para alcançar a marca de 1,5 milhão de assinaturas em apoio ao projeto 10 Medidas contra a Corrupção, a Lava Jato conquistou mais um aliado importante – a ONG Transparência Internacional acaba de declarar publicamente adesão à iniciativa do Ministério Público Federal para agilizar o combate aos malfeitos e desvios de verbas do Tesouro.

Fundada em março de 1993, a Transparência Internacional, sediada em Berlim, é uma organização não governamental que tem como principal objetivo a luta contra a corrupção. É mundialmente conhecida pela produção anual de um relatório no qual se analisam os índices de percepção de corrupção dos países em todo o mundo.


Contagem de assinaturas até 03FEV2016.
  • Região Centro Oeste - 270.240
  • Região NE - 207.063
  • Região N - 131.872
  • Região SE - 452.516
  • Região Sul - 308.476

O 10 Medidas já conta 1,3 milhão de assinaturas conquistadas em meio à explosiva investigação que desmontou sólido esquema de propinas instalado na Petrobrás entre 2004 e 2014.

A campanha é gerenciada pela Câmara de Combate à Corrupção do Ministério Público Federal e foi lançada em 27 de julho de 2015.



Ante a suspeita de que não terão eficácia as pesadas condenações já impostas a doleiros, empreiteiros e políticos – dado o emaranhado de leis, códigos, recursos e afins dos quais habitualmente se valem os réus para escapar da prisão e do confisco de bens – os procuradores da República que compõem a força-tarefa da Operação Lava Jato elaboraram um conjunto de propostas que, em sua visão, poderão alterar o quadro de impunidade que beneficia sobretudo acusados de crimes financeiros, lavagem de dinheiro e ilícitos contra a administração pública.


Contagem de assinaturas por estado


CONTAGEM DE ASSINATURAS
Est
Qtd. Eleitores -TSE
Qtd.  
Assinaturas
AC
510.743
9.512
AL
2.020.696
11.605
AP
462.919
2.495
AM
2.255.270
43.146
BA
10.167.726
37.463
CE
6.269.239
25.166
DF
1.929.808
180.970
ES
2.649.433
33.053
GO
4.354.152
36.890
MA
4.507.203
14.354
MT
2.185.782
14.246
MS
1.809.900
38.134
MG
15.219.585
71.913
PA
5.246.938
42.636
PB
2.836.901
33.201
PR
7.883.569
206.691
PE
6.413.375
37.284
PI
2.350.485
11.275
RJ
12.082.999
102.196
RN
2.343.814
28.024
RS
8.369.739
37.282
RO
1.131.370
18.350
RR
303.174
6.394
SC
4.873.739
64.503
SP
31.962.103
245.354
SE
1.465.805
8.691
TO
996.220
9.339
BR
142.602.687
1.370.167

Fonte - MPF


O leque de medidas contempla metas como a criminalização do enriquecimento ilícito; o aumento das penas e crime hediondo para corrupção de altos valores; a celeridade nas ações de improbidade administrativa; a reforma no sistema de prescrição penal; a responsabilização dos partidos políticos; a criminalização do caixa 2 e outros ajustes.

São necessárias 1,5 milhão de assinaturas para que o projeto possa ser protocolado no Congresso, sob o manto da iniciativa popular, a exemplo do que ocorreu com a Lei da Ficha Limpa.



Na semana passada, o Ministério Público Federal divulgou em seu site que a ONG Transparência Internacional entregou à Instituição carta de apoio à Campanha 10 Medidas contra a Corrupção.

No documento, a organização conclama o Congresso brasileiro a promover alterações estruturais para prevenir e reprimir a corrupção de modo adequado, aprovando, entre outras reformas, as medidas propostas pelo Ministério Público Federal.

O documento é subscrito pelo presidente da entidade, José Ugaz, durante evento sobre o tema no Panamá, em 30 de janeiro.

Transparência Internacional também manifestou apoio ao trabalho daqueles que, no Ministério Público, na Polícia, no Judiciário e em outros órgãos, estão atuando para promover a “justa punição dos indivíduos que cometem crimes de corrupção e para buscar o ressarcimento da sociedade, no caso Lava Jato e em outros casos no país”.



Na carta, Transparência Internacional destaca que foi aberta “uma janela de oportunidade histórica para a promoção de reformas que mudem o sistema jurídico político no país”.

Tal oportunidade, de acordo com o presidente da entidade internacional, “deve ser aproveitada do modo mais amplo e democrático possível, a fim de que a fortuna desviada anualmente em decorrência da corrupção no Brasil possa ser empregada para melhorar as condições de desenvolvimento econômico e social, em proveito de todo brasileiro”.