sábado, 27 de fevereiro de 2016

Notinhas da Folha



Olha o acordão aí 
A cúpula do Senado decidiu fazer operação-padrão para não julgar Delcídio do Amaral ao menos até que o STF se pronuncie sobre a denúncia contra o petista. O plano é enrolar o processo no Conselho de Ética, empurrando com a barriga a nomeação do novo relator do caso e esticando os prazos da comissão. Para os caciques do Senado, prosseguir com os trâmites agora abriria um precedente perigoso para os demais implicados na Lava Jato, entre eles o presidente Renan Calheiros.

Os principais partidos da Casa compartilham o barco da Lava Jato. Estão nele três nomes do PMDB, Renan, Valdir Raupp e Romero Jucá; três do PT, Gleisi Hoffmann, Humberto Costa e Delcídio; dois do PP, Ciro Nogueira e Benedito de Lira, e um do PTB, Fernando Collor.

A oposição também não fica de fora: Aloysio Nunes, do PSDB, é alvo de inquérito desmembrado da operação. José Agripino, do DEM, também tem inquéritos abertos no Supremo, mas fora da Lava Jato.

Em conversas reservadas, Renan tem questionado: se o Supremo ainda não se posicionou sobre o caso de Delcídio do Amaral, por que o Senado teria de se antecipar?

Depois de tanto silêncio do Planalto, o ministro Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) vai procurar o antigo líder do governo para conversar.

Com a prisão pedida pelo Ministério Público, o ex-senador Luiz Estevão vive um duplo drama: ele casa uma de suas filhas neste sábado. “A festa vai acontecer, esteja eu onde estiver. Se, em condições normais, meu desejo é ficar solto, imagine neste dia”, diz ele.