Fernando Bittar não é apenas amigo e sócio de Fábio Luís Lula da Silva em três empresas ─ uma delas a Gamecorp, foi presenteada pela Telemar, no primeiro governo do pai de Lulinha, com mais de 15 milhões de reais. Bittar é também o anfitrião mais generoso do Brasil. É o sitiante mais desprendido do planeta.
Proprietário oficial do sítio em Atibaia reformado pela Odebrecht e embelezado pela OAS, foi dispensado de conversar sobre obras e melhorias. Diretores ou engenheiros das duas empresas atoladas no Petrolão trataram de tudo diretamente com a família que se instala todo fim de semana no lugar onde Fernando Bittar nunca deu as caras.
Talvez porque falte espaço para acomodar o dono: nos últimos três anos, Lula, agentes de segurança do ex-presidente, Marisa Letícia, seus filhotes e agregados do clã acamparam no sítio suspeitíssimo nada menos que 111 vezes. O estalajadeiro invisível jamais se queixou dos hóspedes abusados, nunca deu um pio sobre a história mal contada. Refugiou-se na mudez de comparsa obediente.
Os investigadores da Operação Lava Jato precisam devolver-lhe a voz urgentemente. Fernando Bittar sabe muito.
