O PT já prepara novo candidato
Com a queda da popularidade da Dilma e do próprio PT, especialmente a de Lula, o marketing do partido está preparando um novo candidato, Jaques Wagner.
A exemplo do que fez, quando o PT não tinha mais nenhum nome para ser o candidato na sucessão de Lula, criando Dilma Roussef, o ex-governador da Bahia, alçado a Ministro da Casa Civil, está fazendo a “mea culpa” do partido para se apresentar como um pensamento novo, dentro do partido.
É o novo crítico de plantão, querendo “malandramente” se apresentar como um homem de visão, que põe o “dedo na ferida”.
Não foi à toa que declarou à Rádio Metrópole, em Salvador: “Nós perdemos receitas, além de erros que foram cometidos em 2013, 2014, como desoneração exagerada, programas de financiamento que foram feitos num volume muito maior do que a gente aguentava e que, portanto, quando a gente abriu a porta de 2015, você estava com uma situação fiscal… Por isso que o ano foi tão duro…”
E, mais tarde, disse que o PT usou ferramentas usadas como o financiamento privado de campanhas políticas, reproduzindo metodologias (de outros partidos). E completou: “Quem nunca comeu melado, quando come se lambuza.”
O candidato natural do PT, devido à antiga popularidade, seria o presidente Lula. Mas ele mesmo já declarou: “Dilma está no volume morto, o PT está abaixo do volume morto, eu estou no volume morto“.
Ou seja, o PT está vivendo situação idêntica à da sucessão de Lula, quando os candidatos “estrelas” do partido perderam a credibilidade e, até mesmo, os direitos políticos, como Palocci, José Dirceu e José Genoíno.
De certa forma, o posto de sucessor está vago e o ex-governador da Bahia, vendo o cavalo passar encilhado, está querendo montá-lo.
Se não prosperarem as denúncias de Paulo Roberto Costa de que recursos da Petrobrás irrigaram as campanhas eleitorais de Jaques Wagner a governador da Bahia, em 2006 e 2010, ele se apresentará como um homem de “ficha limpa”, que já governou o maior estado do Nordeste, e que tem o bom senso de apontar os erros cometidos pelo partido, os quais não repetirá, etc., etc.
Já vimos esse filme e como diria o ex-jornalista Ibrahim Sued: “Olho vivo que cavalo não desce escada.”