sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Ícone na Guerra Fria, moto tcheca volta como objeto de desejo

Transcrito do blog de Flavio Gomes.

Não, não sou um fã enlouquecido de veículos elétricos, embora compreenda que eles são o futuro etc. e tal. Por isso, não considero um crime de lesa-humanidade pegar um ícone da indústria que nasceu com motor dois tempos para transformá-lo em algo que anda sem fazer barulho.



Desta forma, vamos dar as boas-vindas à versão elétrica da Čezeta, a scooter checa que entrou para a história com seu design futurista, tanque de gasolina à frente do piloto, enorme espaço para bagagem debaixo do banco, fabricada de 1957 a 1964 — objeto de desejo de muita gente, eu inclusive, e o Piquet tem uma.



A marca renasceu através de um grupo na República Checa liderado por um inglês que criou os protótipos em cima de scooters antigas. Neil Eamonn Smith se juntou a um uruguaio e a um checo para refundar a Čezeta em Praga, lançando o modelo 506 com o mesmo desenho, preço de 9,9 mil euros e baterias de lítio montadas onde ficava o tanque que dão à lambretinha uma autonomia de 83 km a 60 km/h.



Para dar uma carga completa na bichinha são necessárias quatro horas e meia, mas a empresa trabalha no desenvolvimento de um carregador rápido de meia hora. Elas são feitas a mão, num processo quase artesanal que, caso a coisa prospere, deverá exigir certa paciência dos futuros clientes. A meta para 2016 é produzir apenas 100 unidades.