terça-feira, 8 de dezembro de 2015

O recesso e o impeachment

Por Ricardo Noblat

Se interessar ao governo, à oposição não interessará
A essa altura, está mais para “barata morta” a ideia de suspensão do tradicional recesso do Congresso que se estende de final de dezembro a início de fevereiro.

A ideia foi da oposição. Logo adotada pelo governo. Quanto mais rapidamente acabar o processo de impeachment, melhor para ele. Desde que ganhe, é claro.

A oposição recuou. Primeiro porque depende de multidões nas ruas para reunir no Congresso o necessário número de votos sem o qual não haverá impeachment – e isso exige tempo.

Segundo porque tudo que possa interessar ao governo não interessa a ela.

Arte de CLAUDIO


De resto, só haveria recesso se os presidentes da Câmara e do Senado estivessem de acordo. Não estão.

A suspensão do recesso apressaria o julgamento de Eduardo pelo Conselho de Ética da Câmara. Ele corre o risco de perder ali o mandato por quebra de decoro.

Eduardo quer empurrar seu julgamento com a barriga.