Por Monica Bérgamo
Charges de Paixão
"Me arruinaram", diz Dirceu
Em meio às notícias de que poderia ser preso na semana passada, José Dirceu desabafava com interlocutores: "Me arruinaram". Afirmava que, depois da Operação Lava Jato, as empresas que ainda mantinham contratos com sua consultoria decidiram interrompê-los.
Dirceu disse a amigos também que, embora poucos acreditem, sua empresa tem hoje cerca de R$ 3 milhões de dívidas de impostos e bancárias, entre outras. E que está se desfazendo de patrimônio para quitá-las.
Nos tempos áureos, o petista chegou a ter, entre seus clientes, a Ambev, a Hypermarcas, o grupo ABC, do publicitário Nizan Guanaes, os bilionários Carlos Slim e Ricardo Salinas, do México, e Gustavo Cisneros, da Venezuela. E também praticamente todas as grandes empreiteiras do país, hoje envolvidas na Lava Jato.
Em prisão domiciliar, ele afirmava que agora se dedica a cuidar de Maria Antonia, a filha de cinco anos. Acabou também de gravar entrevistas para um livro em que relatará seus tempos de prisão na Papuda.
Dirceu admitia a interlocutores também que a tensão que já estava vivendo havia quatro meses, com os boatos de que poderia ser preso a qualquer momento, o deixava "mal".
Amigos afirmam que a depressão seria tal que o petista poderia, caso preso, no limite, aderir a um acordo de colaboração com a Justiça. No fim da semana passada, no entanto, o ex-ministro afirmava: "Eu enfrento qualquer situação".
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Que bom seria para o nosso país que esse corrupto condenado
desse com a língua nos dentes!