sexta-feira, 5 de junho de 2015

Bebendo à luz da lua



Bebendo à luz da lua
(Do poeta Li Po, viveu de 701 a 762)

Um jarro de vinho entre as flores,
bebo sozinho - nenhum amigo me acompanha.
Alço minha taça, convido a lua
e minha sombra - agora somos três.
A lua não bebe
e minha sombra apenas imita meus gestos.

Mesmo assim, são elas as minhas companhias.
É primavera, tempo de festa -
canto, a lua escuta e cintila;
danço, minha sombra se agita, animada.
Enquanto estou sóbrio, juntos estamos os três;
quando me embriago, cada um segue seu rumo.

Selamos uma amizade que nenhum mortal conhece.
E juramos nos encontrar no mundo além das nuvens.

Fonte - Blogstraquis