quarta-feira, 8 de abril de 2015

O assunto é terceirização!

Por Gaudêncio Torquato.

Terceirização
Ontem, abriu-se o debate sobre Terceirização no país, por meio do PL 4.330/04. Trata-se de um instrumento de modernização. O combate à Terceirização é feito por uma visão retrógrada que integra o PT, a CUT e os movimentos radicais. Que defendem relações do trabalho da época dos conflitos entre capital-trabalho.

O mundo do século XXI é outro. O conceito de manufatura não é mais o do século XVIII. A especialização é a ferramenta-mor da produção. Um automóvel é um conjunto de obras especializadas. Cada qual, cada profissional, cada categoria pondo sua força de trabalho na produção dos componentes. 

Terceirização, como bem acentuam o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, e Vander Morales, presidente da Fenaserhtt e do Sindeprestem, é especialização.

Os especialistas são contratados por empresas que os procuram no mercado, observando suas conveniências de produção. Empresas de prestação de serviços são formadas para ajudar as contratantes. 

Aos profissionais terceirizados garantem-se TODOS OS DIREITOS trabalhistas. Sem tirar nem por. Há sindicatos formados para agrupar os terceirizados. Que fazem Convenções Coletivas para garantir pisos de cada categoria e outros direitos. O PL 4.330 tem cerca de 80% seus artigos direcionados à defesa dos terceirizados. Falar sobre precarização do trabalho é balela. É slogan de CUT e radicais. É gritaria de quem quer continuar a abarrotar os cofres com os contingentes efetivos.

Arte de JARBAS


Ora, as Centrais Sindicais preferem trabalhadores efetivos a terceirizados. A razão? Quanto maiores os contingentes, mais grana nos cofres para os sindicatos dos efetivos que trabalham numa empresa. 

O que querem as Centrais? Que uma copeira que trabalha numa metalúrgica, seja metalúrgica e não copeira, fazendo sua contribuição sindical ao sindicato dos metalúrgicos e não ao sindicato de asseio e conservação. Ora, essa copeira será manipulada pelos sindicatos da categoria preponderante para reivindicar o piso de metalúrgica, e mandando para o lixo o piso das copeiras. Ora, as empresas veriam, da noite para o dia, seus cofres estourados. As folhas tornariam insustentável a vida das empresas. Essa é a verdade que se esconde por trás do lero-lero da "precarização do trabalho".