quinta-feira, 23 de abril de 2015

D bar em bar

Por Aldir Blanc.
Copiado do Bar do Tulípio


Crônica


Ajuste fiscal
Baiano, nosso ministro sem pasta pra sacanagem, deu o alerta:
- Frozô vai aparecer com material novo no pedaço.

Frozô, grande vascaíno e boêmio, cultivava o curioso hábito de exibir mulheres monumentais no buteco onde biritávamos, talvez pelo prazer sádico de nos deixar com água na boca. 



No mesmo buteco, fazia ponto um inimigo mortal do Frozô, o CQ (Come Quieto). Jamais entenderemos porque as mulheres dão pra certos caras! 

CQ, tocava violão e cantava sambas com bastante sutileza, mas era baixinho, feio e sonso. Quando uma das mulheres do Frozô pedia "Toca alguma coisa pra gente", CQ era todo modéstia:
- Mais tarde... mais tarde... aqui só tem cobra criada...

Frozô também odiava o fato de CQ ter vários Palitos de Ouro, não se sabe se ganhos honestamente em campeonatos de purrinha (palitinho) ou mandados fazer de vigarice.



E um dia, Frozô apareceu com uma criatura da gente se atirar aos pés dela pra beijar as sandálias douradas. O inusitado é que CQ, escroto como já dissemos, não a olhou uma única vez. Na hora de ir pra outro programa, Frozô contornou a mesa e tacou a mão no focinho do CQ com tanta força que o cara ficou desacordado. 

Diante da revolta geral, Frozô, com a tetéia recostada em seu amplo colo, justificou o corretivo:
- Pato muito quieto em lagoa tá a fim do c** da gansa.