terça-feira, 30 de setembro de 2014

Boazinha, com o pescoço dos outros

Por Carlos Brickman
Fonte Pletz

Boazinha, com o pescoço dos outros
Dilma é mulher e sempre se disse defensora dos direitos humanos. Como a advogada Samira Saleh al-Naimi, de Mosul, Iraque.

Dilma propõe diálogo com o Estado Islâmico, que corta a cabeça de pessoas de outras religiões e trata as mulheres como inferiores. Samira foi assassinada agora pelo Estado Islâmico por defender os direitos humanos. Dilma condenou, em Nova York, quem luta contra o Estado Islâmico. E nem tocou no nome de Samira, vítima da barbárie.



Dilma defendeu os bárbaros, criticou quem luta contra eles e proclamou as excelsas virtudes que enxerga em seu Governo, ao viajar a Nova York para abrir a Assembléia Geral da ONU – tarefa que tradicionalmente cabe ao Brasil.

Lá havia 150 chefes de Estado. No entanto, relata o jornal americano Washington Post, a reunião de cúpula da organização beneficente Clinton Global Initiative, organizada pelo ex-presidente americano Bill Clinton, “ofuscou o encontro da ONU”.



Pergunta o jornal, um dos três mais importantes dos Estados Unidos: “A qual evento você preferiria ir: a um que começa com Leonardo Di Caprio, Eva Longoria e uma banda de rock, ou a um que começa com a presidente brasileira Dilma Rousseff?” Ainda bem que a repercussão foi pequena. Menos vergonhosa.

A má repercussão foi mais forte no Brasil. Tirando os bate-bumbos que acham lindo ser Tiradentes com o pescoço dos outros, Dilma foi muito criticada. Mas não há o que estranhar: a julgar por boa parte dos ministros e auxiliares que escolheu, a presidente não deve acreditar que cabeça seja muito importante.