sexta-feira, 25 de outubro de 2013

AU AU AU Criancinhas


Por André Carvalho (*)
Em 22 de outubro de 2013
btreina@yahoo.com.br 

 
AU, AU, AU CRIANCINHAS
Desde que a “presidenta” Rousseff declarou que respeitava muito o ET de Varginha e que o Brasil havia sido inaugurado no Ceará, fiquei com a pulga atrás da orelha pois é sabido que a cidadã não padece do alcoolismo nem mesmo traga, de vez em quando, uma dose qualquer. 
 
Para justificar ideias tão estapafúrdias acredito em um fenômeno maior, que brota de além das esferas terrestres,dos hemisférios cerebrais, dos discursos de campanha ou das asneiras cotidianas.
 
Minha crença ganhou corpo com a entrevista coletiva dada após a abertura da Assembleia Geral da ONU quando a mulher mais poderosa da América Latina assim falou: “Tem uma infraestrutura muito importante para o Brasil, que é também a infraestrutura relacionada ao fato de que nosso país precisa ter um padrão de banda larga compatível com a nossa, e uma infraestrutura de banda larga, tanto backbone como backroll, compatível com a necessidade que nós teremos para entrarmos na economia do conhecimento de termos uma infraestrutura, porque no que se refere a outra condição, que é a educação, eu acho importantíssima a decisão do Congresso Nacional do Brasil em relação aos royalties”.

Isso é conversa de quem foi atirado de um disco voador em redemoinho. É possível que Dona Dilma tenha sido abduzida por alienígenas e retornado da experiência mais desorientada do que seu inventor esteve antes, durante e depois do invento. Com esta viagem “infra-cerebral” me parece óbvio que os tais objetos voadores não identificados - os OVNIS ¬- existem e fazem escala e estripulias no quintal do Palácio da Alvorada.

Talvez o Presidente dos Estados Unidos da América, o Barack Obama,saiba, melhor do que ninguém, o que anda acontecendo de anormal abaixo da linha do equador.

Sempre desconfiei do partido político que tem a cor do demônio, o número do azar, uma estrela de cinco pontas por símbolo e um monte de mulas sem cabeça em seus quadros.

Suponho que, amparado por essas tendências e mobilizado pela onda de manifestações que sacode a nação,os espíritos malévolos resolveram dar as caras, usando como “cavalo” – expressão técnica do candomblé – a Presidente. 
 
É a força do sobrenatural agindo nas portas abertas pelo ilusionismo político criado por marqueteiros. Ela - a força do sobrenatural - se fez presente, animalescamente, nas palavras presidenciais, em um sábado de outubro no Rio Grande do Sul, ocasião em que o Brasil, assombrado, soube das seguintes conjecturas: “Se hoje é o Dia das Crianças, ontem eu disse que criança… o dia da criança é dia da mãe, do pai e das professoras, mas também é o dia dos animais. Sempre que você olha uma criança, há sempre uma figura oculta, que é um cachorro atrás, o que é algo muito importante”.

Confesso que nos últimos dias olhei cada criancinha que passava a minha volta e não consegui enxergar nenhum cachorro oculto atrás delas. O que ví foi um poodle branquinho, branquinho, preso a uma coleira azul comandada por uma garota de não mais que oito anos de idade. 
 
Os poderes sobrenaturais estão se tornando uma constante na vida de Dona Dilma. A mãe do PAC, a exemplo de mãe Diná, vem fazendo profecias e mais profecias que nenhuma outra vivente é capaz de fazer. Quer um exemplo recente? Na segunda-feira, dia 14 de outubro, em Itajubá, sul de Minas Gerais, Mãe Rousseff vaticinou o seguinte: “tudo o que as pessoas que estão pleiteando a Presidência da República querem é ser presidente”. Inacreditável, meus amigos! Liguei para o Eduardo, para a Marina, para o Aécio e o Serra sem contudo obter sucesso. Queria confirmar o importante vaticínio.

A coisa vai num crescendo porque logo no dia seguinte ou dois dias depois o petista Jaques Wagner, governador da Bahia, chamou a “presidenta videnta” sua correligionária, de Fada Madrinha e foi contemplado com algo do gênero, (sic) e você é minha varinha de condão. Mágico, se não fosse trágico!
 
(*) André Carvalho não é jornalista, é "apenas" um cidadão que observa as coisas do dia-a-dia. Um free lancer. Ou segundo sua própria definição: um escrevinhador. Seus sempre saborosos textos circulam pela web via e-mails.