segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Espionagem - o preço da política externa do PT

Por Toinho de Vadú (*)


Espionagem - o preço da política externa do PT 
Todos sabem que o governo brasileiro vem sendo espionado pelos EUA mas se pensarmos bem há razões para isso afinal como diz o ditado popular "quem com porcos se mistura, farelo come".




O Brasil há anos vem pleiteando sem sucesso sua inclusão permanente no Conselho de Segurança da Nações Unidas - EUA, Rússia, China, França e Reino Unido - mas está cada dia mais distante de conseguir esse intento afinal desde que o PT assumiu o comando deste país, em 2002, o Brasil passou a andar de braços dados com o que há de mais impróprio - ética e moralmente - dentre os 193 países membros da ONU, abandonando a política externa implantada com sucesso num passado recente.


Quando Mahmoud Ahmadinejad foi empossado presidente do Irã em 2005 os países democráticos questionaram sobre uma possível fraude eleitoreira e nosso presidente de então, o Luiz Inácio Lulla da Silva, saiu imediatamente em sua defesa afirmando que era choro de torcedor que perdeu o jogo. Quando se estudou sanções contra o programa nuclear iraniano, o Brasil foi o único dos emergentes e das democracias ocidentais a defendê-lo e apoiá-lo.


Não esqueçamos também da política torta de direitos humanos nos casos envolvendo os pugilistas cubanos durante o PAN no Rio em 2007 - abandonaram a delegação e pediram asilo político e foram devolvidos/entregues a Cuba de imediato pela (argh!) Polícia Federal -  e da visita recente da cubana Yoani Sanchéz ao nosso país sendo perseguida por todos os cantos pelos "petistas de carteirinha" como se fôssemos país-satélite ou lacaios dos irmãos Castro.



E o que dizer do comportamento de Lulla em sua visita a Cuba (uma dentre inúmeras) em março de 2010 justamente no dia da morte em consequência de greve de fome do preso político Orlando Zapata ao tentar ridicularizar o fato numa resposta a um jornalista: "Quem mandou fazer greve de fome?! Onde já se viu?!"

Ainda no ano de 2010 homenageou o ditador sírio Bashar Al Assad com a comenda da ORDEM DO CRUZEIRO DO SUL, a mais alta honraria concedida por nosso país. Lembro que se Al Assad hoje está sendo acusado pela ONU pelo genocídio de seu povo por uso de armas químicas, há tempos era considerado quase que um pária, governante do quilate de um Kadhafi, ditador líbio e do norte-coreano Kim Jong-um além dos africanos que governavam seus países com mão de ferro por décadas e eram motivo de admiração por nosso ex-presidente.

 

E as relações de vergonhosa subserviência com que os governos do PT - Lulla e Dilma - colocam os interesses de nosso país junto aos dos países latino-americanos  tais como Venezuela, Bolívia (expropriação dos ativos da Petrobrás)  Argentina (criação unilateral de barreiras comerciais), Equador...

Apoiou uma tentativa de golpe de estado em Honduras e quando o Paraguai baseado em sua Constituição e em votação decidida pelo Senado afastou  o então presidente Lugo, o governo do PT juntamente com o Hugo Chávez decidiu pela suspensão do país vizinho no Mercosul, e fez-se de cego quando Daniel Ortega fraudou eleições na Nicarágua em 2008 e de cego-surdo-mudo quando o próprio Chávez mutilou as instituições democráticas da Venezuela.




 Outro ponto foi a atitude de condenação à Colômbia quando esta se aliou aos EUA contra os narcoguerrilheiros das FARC que tinham o apoio, inclusive logístico, do ditador venezuelano Hugo Chávez que por sua vez havia fechado um acordo com a Rússia para fornecimento de armas, submarinos e aviões de combate.

Recentemente ocorreu a saída de Antonio Patriota do comando do Itamaraty - a única substituição sem prévio aviso na chefia do Ministério de Relações Exteriores desde o início dos governos do PT - expondo a falta de sintonia entre o órgão e a presidente Dilma Rousseff demonstrada na transferência para território brasileiro do asilado político boliviano Roger Pinto pelo diplomata  brasileiro Eduardo Sabóia aliás um das poucas situações aplaudidas pelo povo brasileiro mas condenada de imediato pela presidente.


 

Em todos esses anos o governo petista procurou se mostrar solidário aos países que demonstram seguir outras vias que não a Democrática possivelmente para ostentar uma posição de cunho antiamericanista  mas que sobressai apenas como simplória.

No meu entender os fatos acima descritos são suficientes para explicar o porquê da espionagem americana sobre os assuntos governamentais brasileiros como também demonstrar  a perda de prestígio que o Brasil vem alcançando nesses últimos anos.


(*) Toinho de Vadú é um desassuntado que por falta de assunto resolve escrever, coisa que sabidamente ele não sabe.