terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Livre Pensar!


"Já que colocam fotos de gente morta nos maços de cigarros,
 por que não colocar também ...




... de gente obesa em pacotes de batata frita,

... de animais torturados nos cosméticos,

 ... de acidentes de trânsito nas garrafas e latas de bebidas alcoólicas,

 ... de gente sem teto nas contas de água e luz,

 e de políticos corruptos nas guias de recolhimento de impostos ? 

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Recado dos ...

Do Direto ao ponto

Recado dos deuses do futebol
Poderia ter sido qualquer time brasileiro, ou qualquer seleção formada depois de 1982. Mas os deuses dos estádios entenderam que não haveria portador mais credenciado que o Santos para o recado aos habitantes do que foi ─ até perder o rumo e a alma ─ o País do Futebol.




Em 90 minutos (mais de 70 com a bola nos pés, o restante do tempo preparando-se para retomá-la), o campeão do Mundial de Clubes fez, a rigor, o que fizeram Pelé e seus parceiros de espetáculo na seleção de 1958, na seleção de 1970 e no Santos dos anos 60.

Pelo que ouvi do meu pai, os brasileiros jogavam assim”, disse depois da goleada o técnico Pep Guardiola. O Barcelona é a versão moderna daquele Santos que transformou numa forma de arte a velha e brasileiríssima pelada.

O que se viu na manhã de domingo, a rigor, foi uma sublime pelada regida por 11 craques. E os 4 a 0 em Yokohama (que poderiam ter sido 6, 8, 9 a 0) liquidaram muito mais que um adversário sem chances desde o primeiro segundo.




Liquidaram os técnicos medrosos, as táticas retranqueiras, a discurseira defensivista, o cabeça de área, o volante que só desarma, o centroavante de ofício, o chutão do goleiro em direção ao imponderável, o jogo aéreo, o zagueiro que isola a bola, o carrinho por trás, os atacantes que não voltam para marcar, os brucutus que trocam golpes de luta-livre na hora do escanteio.

A superioridade de dimensões amazônicas também desmoralizou os cartolas que desprezam as equipes de base para caçar medalhões em fim de carreira, que demitem o técnico depois de cinco derrotas, que desmontam a equipe vencedora depois do título conquistado, que acham que o importante é ganhar, mesmo com um gol de mão aos 47 do segundo tempo.



E agora, o que têm a dizer os devotos do futebol de resultados? Depois do que se viu no domingo, quem ousará recitar que o futebol bonito é incompatível com o sucesso duradouro? Murici Ramalho vai declamar de novo que quem quer ver espetáculo deve ir ao teatro ou ao circo? Mano Menezes vai continuar murmurando que o Barcelona é de outro planeta?

O recado dos deuses do futebol será certamente ignorado por Ricardo Teixeira: se depender do dono da CBF, os calendários assassinos permanecerão intocados e a seleção seguirá desperdiçando o lhe resta de prestígio no papel de cabo eleitoral do chefe. Para Teixeira e seus comparsas, é irrelevante o que se passa nos gramados. Não lhes interessa sequer ganhar a Copa. Eles só pensam em ganhar com a Copa.



Ou os times brasileiros redescobrem o drible, a finta, a tabelinha, a audácia, o improviso, a fome de gol, o prazer de jogar bola, ou vão acabar perseguindo a pontapés títulos sem importância em arenas entregues ao controle de quadrilhas organizadas às quais interessa a vitória a qualquer preço, se possível com a eliminação física dos inimigos.

O aparecimento de um Neymar só serve para reafirmar, por contraste, o que se perdeu. O futebol brasileiro tornou-se banal, comum, sem brilho, triste. Cada vez mais parecido com Ricardo Teixeira, vai ficando com cara de fraude.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Desejos de um sertanejo... pilordiano!

" Carissimos amigas e amigos,

É provavel que a maioria de vocês conheça as duas maravilhas a seguir. A primeira é a maravilha de releitura do Quadro da Santa Ceia, de Leonardo Da Vinci, feita pelo artista baiano, conquistense, Silvio Jesse, de 2002.

A segunda maravilha é um expressivo poema "sertanejo/tabaréu", de autor desconhecido, o que considero uma pena, pois dele, desejaria muito saber, pelo menos, o nome.

Resolvi juntar os dois e encarrega-los de levar em meu nome e em nome da minha família, a cada um dos seus corações e dos corações de  seus entes queridos, a minha mensagem de NATAL E ANO BOM....."

Sebastião Cunha,
Cidade do Salvador(BA),
DEZ/2011



Nota do Editor: Gilvan, como um estudioso de suas raízes, poderia nos dar maiores informações sobre esse seu conterrâneo, poeta de tão belos versos?

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Brasil diz NÃO ...a tratado mundial anticorrupção!

Com charge de Roque Sponholz

O Brasil ficou de fora do acordo de licitações públicas, considerado pela Organização Mundial do Comércio (OMC) como um tratado "anticorrupção", assinado por países ricos nesta quinta-feira (15).

O pacto garante a abertura do mercado de compras governamentais e estabelece regras para garantir a transparência nos contratos. "Esse acordo é um instrumento contra a corrupção", afirmou o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy.



Para o chanceler brasileiro, Antonio Patriota, o convênio "não era de interesse do Brasil" pela sua natureza, restrita a um grupo pequeno de países.

Ele rejeitou a tese de que isso seria um sinal de que o país não está interessado em medidas que combatam a corrupção. "Mais comprometidos que estamos nisso?", questionou.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Charge de Pelicano


Carnaval do baiano doido...

... mas quem paga a conta é você!


O Ministério da Cultura autorizou uma produtora do Rio de Janeiro a captar, via Lei Rouanet, 1,4 milhões de reais para bancar um trio elétrico com repertório pop-rock no carnaval de Salvador.



Uma banda formada por integrantes do Barão Vermelho e do Kid Abelha vai tocar durante três dias com convidados como Carlinhos Brown, Evandro Mesquita e Pitty.

Por Lauro Jardim

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Dom João

Por André Carvalho (*)
em 29 de novembro de 2011




DOM JOÃO
Desta vez o público, o privado e o mais que privado se emaranharam e compuseram uma das páginas mais escalafobéticas da política baiana. Não há como fugir do arguto Otávio Mangabeira que sentenciou com propriedade: “pense num absurdo. Na Bahia tem precedente”.

O tema do conclave – melhor dizendo, o mexerico da vez – foi uma traição, familiar e política, quesito, este último, em que a Bahia lidera desde que um de seus próceres, famoso e traiçoeiro, aqui fez escola. Para constatar o que digo acerca das traições, compare o cenário político atual ao de cinco, dez anos passados. Tem gente que se sentou no colo do diabo e que hoje incensa deus, ou vice versa, posto ser difícil identificar quem foi ou é deus ou o diabo...

A aleivosia comentada a seguir foi denunciada na sessão ordinária (ordinaríssima, aliás) de 16 de novembro passado da Assembleia Legislativa do Estado e tem um caldo sexo-político-familiar há muito especulado. Vamos ao enredo: uma deputada, até há pouco esposa do prefeito da cidade do Salvador que, registre-se, é irmão de um deputado federal e filho de um senador que já foi governador – lembrou das capitanias hereditárias? – foi à tribuna do plenário da casa, durante a sessão em que se buscava quorum para aprovar a lei orgânica da cultura do Estado, para, num discurso eloquente, capaz de atrair deputados que jaziam nos gabinetes ou se divertiam no cafezinho, anunciar sua separação conjugal.

Preste atenção porque a história é curiosa: diz a nobre deputada que a separação não se deveu, como afirmam os maledicentes, por haver traído o prefeito com um jovem soldado da Polícia Militar lotado no palácio – como os palácios andam lotados, hein? – e sim, por haver sido traída pelo marido prefeito – favor não confundir com perfeito – amasiado há mais de ano com a subsecretária de saúde da prefeitura. Percebeu como a coisa é intra-palaciana além de sexo-político-familiar, mas que não deixa de ser cultural, apesar de não se configurar como lei orgânica?

A história surpreende porque ninguém imaginava que o prefeito João Henrique, com aquele seu jeito biombo de ser – alto, largo, todo por um e desprovido de graciosidade – armasse uma coisa dessas. O interessante é que o povo soteropolitano pode alardear que, ao menos no campo da sexualidade, temos um grande prefeito. Pensando bem, “Joaozão” é um “show” se comparado à Clinton e sua estagiária feiosa, ao Berlusconi e suas caras prostitutas juvenis ou mesmo ao francês do FMI com sua camareira afro-descendente. Penso que “Henricão” só perde para John Kennedy e a bela Marilyn Monroe.

Opa! Esqueci o senador Renan Calheiros e a posuda amante subvencionada por empreiteiros.

Outra coisa: visto sob o prisma estético facial a troca foi vantajosa para o prefeito, apesar de não se poder garantir que a foto da possível amante municipal, divulgada pela imprensa, foi ou não retocada, tanto quanto aquelas que abundam nas revistas masculinas.

A verdade é que num típico figurino novelístico mexicano a suposta do prefeito enverga certo charme cinquentão – pode até não tê-los, os anos – e durante tempos foi sua cardiologista particular. Penso que de tanto auscultá-lo percebeu haver ali, naquele peito, um bom coração, ainda não safenado, mas infeliz e potencialmente traquinado, impudente. Já o Joãozinho, a cada bombada do tensiômetro mágico, inflava veias, artérias e ego, de sorte que foi uma sorte tudo isso acontecer, ao menos para a população de Salvador.

Tá bom, explico mais uma vez: juntos, a deputada e o prefeito angariaram um “estranho” poder se comparado às suas realizações. Talvez o evangelismo de ambos, nem sempre praticado com o recato comum aos crentes, possa explicar tamanho eleitorado. Separados e, ao que tudo indica, inimigos mortais, espero, pelo bem da cidade onde resido, que os dois ou três, ou mesmo quatro, quem sabe cinco personagens da trama, se arrebentem nos quintos dos infernos, ou nos subterrâneos do palácio, ou ainda, nas camas dos motéis.

Se Glauber Rocha estivesse conosco poderia filmar, com trilha sonora do Arrocha, “As deusas e os diabos sob o sol duma terra em transas”.

(*) André Carvalho não é jornalista, é "apenas" um cidadão que observa as coisas do dia-a-dia. Um free lancer. Ou segundo sua própria definição: um escrevinhador. Seus sempre saborosos textos circulam pela web via e-mails.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Cachaça mineira acusada de plágio

Cachaça mineira é acusada de plágio por fabricante do uísque Johnnie Walker
A holding detentora do uísque Johnnie Walker entrou com ação no INPI pedindo que seja cancelada a certificação da cachaça João Andante, de fabricação mineira. A multinacional alega plágio do nome e da marca do destilado escocês na criação da pinga, que seria uma tradução livre de Johnnie Walker.

No último dos 180 dias previstos para que fossem apresentados recursos contra a certificação do produto mineiro, representantes no Brasil da holding Diageo encaminharam notificação extrajudicial dando cinco dias para que o grupo de empresários retirasse o pedido de certificação.


O produto já havia sido registrado no INPI, em 2008, e dessa vez o processo era apenas para revisão da marca.


O escritório que representa a Diageo apresenta como argumento a história de quase dois séculos do uísque, as supostas semelhanças entre as duas marcas e duas citações da internet que associam o produto mineiro ao destilado escocês.



Os sócios se defendem das acusações dizendo que não copiaram a marca da Johnnie Walker e apenas "inspiraram-se" no produto. Alegam que a embalagem da bebida é marrom e redonda, diferentemente do famoso uísque, embalado em caixa quadrada e vermelha.

Fonte Migalhas
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