quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O alarme que salva vidas

Por Antonio Ribeiro, direto de Paris

Toda primeira quarta-feira do mês, ao meio dia, os habitantes da capital da França escutam o som de sirenes durante um minuto e 41 segundos: três ciclos sucessivos separados por duas pausas. É o teste do Sinal de Alarme Nacional.

Ele foi criado durante a Guerra Fria para avisar a população de eventuais ataques nucleares da Mãe Rússia Soviética. Dura até hoje. É uma espécie de alto-falante de carro que vende pamonha em Areal, cidade da região serrana do Rio de Janeiro onde houve zero mortos apesar da tragédia que matou um em cada dez habitantes nos arredores.



O francês que escuta o alarme quando ele toca ineterrutamente, sabe que está sendo avisado de perigo iminente ou imediato – há 3.800 sistemas iguais ao de Paris na França. Pode ser uma nuvem tóxica, acidente nuclear, tempestade, inundação, ataque aéreo, terremoto e etc.

O cidadão deve ligar o rádio, a TV, para saber de mais detalhes. Ademais, receber instruções do governo de como agir. Depois, ele deve desligar a corrente elétrica e ir buscar um abrigo previamente indicado. Recomenda-se a população ter preparado em casa, um kit de urgência – rádio de pilha, lanterna, cobertores, canivete, água, sanitários e uma maleta com equipamento de primeiros socorros.

Explosão de bomba nuclear em Paris é menos frequente que chuva forte nas escarpas rochosas da Serra do Mar, coberta por uma fina camada de terra porosa, vegetação e construções desordenadas com seres vivos no interior.

Escute abaixo, parte da trilha sonora das primeiras quartas-feiras do mês na capital da França: